quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A rodar, "sempre entre os mesmos"...

O coordenador do programa eleitoral do PSD, nas últimas eleições legislativas, Nogueira Leite, foi agora nomeado para administrador da EDP Renováveis e comissão de nomeações e retribuições.
O "homem" de Passos Coelho "foi também já administrador na Bolsa de Valores de Lisboa, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do XIV Governo Constitucional e, por inerência de funções, governador (suplente) do Banco Europeu de Investimentos.
Desempenhou ainda funções de administrador executivo da CUF, da José de Mello Saúde, da EFACEC, da Brisa e da Quimigal, para além de ter sido vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank".
Notícia completa, DN, clicando aqui.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

EDP, Galp e Iberdrola ganham clientes no mercado livre. Endesa segue a perder.

Notícia site Dinheiro Vivo
"A EDP continua a ser a empresa com mais clientes no mercado livre, mas a Galp e a espanhola Iberdrola estão a crescer cada vez mais. De acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em janeiro deste ano, a EDP viu a sua base de clientes subir 24%, tendo agora uma quota de 81,8%, mas a Galp cresceu 21% e a Iberdrola deu um salto de 42%.
No entanto, enquanto a Iberdrola passou a ter 2,2% do mercado, assumindo-se como o quarto maior operador em número de clientes liberalizados, a Galp manteve a sua quota de 5,5%. Ainda assim, diz a ERSE no seu relatório, "a evolução da Galp nos últimos meses explicita uma aposta deste comercializador no segmento doméstico, através de uma oferta conjunta de gás natural e eletricidade".
Segundo os dados do regulador, a Galp detém agora 4,6% dos consumos domésticos e é já o terceiro operador do mercado livre neste segmento.
A espanhola Endesa é que segue a perder expressão no mercado livre. Em janeiro, viu a sua quota de mercado cair 1,8 pontos percentuais, de 12% para 10,2%. Há um ano, tinha 17,7% dos clientes no mercado livre.
A empresa liderada por Nuno Ribeiro da Silva em Portugal está também a perder quota nos consumos abastecidos no mercado livre. Há um ano tinha 26,6% e agora tem 23,5% dos consumos.
No que respeita a consumos, em janeiro de 2013, a Galp foi a que teve um crescimento mais expressivo, passando a ter 4,4% de quota. Até a EDP perdeu presença em termos de consumos, caindo 0,4 pontos percentuais e ficando agora com uma quota de 41,7%."

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Impasse consertado, comunicado sinergia


"O impasse a que se chegou, hoje, em termos de negociação da tabela salarial na EDP, é mais do mesmo de um filme, já visto e revisto ao longo dos anos.
O SINERGIA face ao desenvolvimento destas negociações e conhecendo a opinião da grande maioria dos trabalhadores, viu defraudada a expectativa gerada relativamente a um acordo mais célere e favorável para o aumento deste ano.
Reflexo da postura antagónica a esta estratégia, algumas Comissões Negociadoras bloqueram o processo. . .Já se conhece o 'rato que a montanha vai parir' e escusado será dizer quem vai assinar o acordo de aumento salarial e quem não assinará (sem contudo deixarem de o receber!).
O SINERGIA em caso algum deixara de defender o melhor possivel para os trabalhadores, mas no contexto presente tambem não deseja um inoportuno 'acto de gestão'.
NOTA: A Administração das Soluções Comerciais informou que estará presente numa das próximas reuniões para responder as questões levantadas pelo SINERGIA sobre o momento na empresa. Próxima reunião a 27 de Fevereiro.
Mantem-te informado. Confia no SINERGIA. "

Reunião de hoje, ACT e Tabela, comunicado FIEQUIMETAL

“Na reunião de hoje (20/02/2013) foi efectuado o ponto da situação sobre o trabalho realizado nas reuniões informais intercalares.
A CNS/FIEQUIMETAL enunciou os elementos que trabalhou e deu o acordo de principio para o Anexo II, aos artigos 1º, 3º, 5º, 7º, 9º e 11º, assim como aos modelos de cessão da posição contratual laboral e acordo de cedência ocasional.
Na continuidade do trabalho que vem realizando sobre o Anexo VI (Regulamento Disciplinar), foi dado o acordo de principio para os artigos 8º, 14º, e 15º.
Os três anexos que vem sendo trabalhados pela CNS/FIEQUIMETAL (Anexo II, Anexo IV e Anexo VI), todos continuam em negociação.
A próxima reunião sobre o ACT será no dia 06 de Março de 2013.”
Tabela
“Na reunião de hoje não se registou qualquer alteração.
Tendo em conta o facto de a CNS/FIEQUIMETAL ter comunicado que vai realizar o Plenário Nacional de Delegados, remeteu para a próxima reunião uma tomada de posição quanto ao processo de revisão salarial que, pretende tenha um desfecho que corresponda aos interesses dos trabalhadores.
A próxima reunião sobre a Tabela Salarial será no dia 27 de Fevereiro de 2013.”

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

SIESI: sobre a Greve no dia de Carnaval/Feriado

"Adesão confirma justeza da luta e seu crescimento
Os trabalhadores dos Regimes Especiais de Trabalho (turnos) continuam em luta contra o ataque da EDP aos seus direitos, nomeadamente na redução violenta do pagamento o trabalho suplementar e na anulação quase total do descanso compensatório.
Assim, no passado dia 12 de Fevereiro, terça-feira de Carnaval, os trabalhadores deram mais uma resposta clara da sua determinação, com uma expressão particular na Central de Sines, Despacho/Lisboa e Piquetes, onde os níveis de adesão atingiram novos máximos.
Esta determinação, própria de quem luta com a razão e de quem está a ser atingido no pagamento do seu trabalho e a ver agravadas as suas condições de vida, continua a contrastar com as lamentáveis actuações de procura de esconder – vá lá saber-se porquê – dos seus efeitos, recorrendo a acções que colocam em causa a segurança das instalações, como foi o caso, mais uma vez, de Sines, e à continuada onda de pressões e intimidações na Distribuição, exercidas pelos cantos dos gabinetes.
Todas estas situações terão as respostas ajustadas, lamentando-se que a EDP apenas se preocupe em tentar “salvar a pele” das suas hierarquias que reiteradamente afrontam direitos e a dignidade de quem trabalha e exerce direitos, ao invés de encontrar uma resolução para o problema e conflito que criou por sua única e exclusiva responsabilidade.
A responsabilidade dos trabalhadores em greve está sobejamente demonstrada. Os trabalhadores não necessitam de louvores nas situações de “calças na mão”. Todos os dias fazem o seu melhor, independentemente de sentirem que a empresa apenas reconhece, com as múltiplas mordomias e benesses, quem se pavoneia na sua montra de vaidades.
Percebe-se o que alguns pretendem. Um grupo de soldadinhos de chumbo que marche a compasso e de preferência mudos. Mas, enganem-se. Quem assim luta tem a convicção de que tem um passado e um presente que comprova o seu profissionalismo e que não precisa de outros para que possam mostrar algo. Não vivem à conta de ninguém!
A luta vai continuar e a EDP só tem um caminho: repor o quadro de direitos dos trabalhadores!
18 de Fevereiro de 2013
A Direcção "

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Negócio do BES com ações da EDP sob investigação

Venda de ações da EDP detidas pelo BES Vida ao BES foi feita dias antes do conselho executivo da EDP ter aprovado a dispersão em bolsa da EDP Renováveis.

A venda de ações da EDP detidas pelo BES Vida ao BES em 2008 sob investigação por suspeita de abuso de informação privilegiada foi feita dias antes do conselho executivo da EDP ter aprovado a dispersão em bolsa da EDP Renováveis e horas depois do conselho superior da eléctrica o ter aprovado, e onde o presidente do BES Investimento tinha assento.
O BESI foi o banco que ficou responsável pela operação, na altura. Cinco anos depois e no âmbito da investigação foram constituídos dois arguidos, José Maria Ricciardi, presidente do BESI e Amilcar Morais Pires, administrador do BES para a área financeira.
O responsáveis dizem estar tranquilos e o banco garante que as operações foram realizadas segundo as normais regras de gestão.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/negocio-do-bes-com-acoes-da-edp-sob-investigacao=f787463#ixzz2LHzkWycy

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A luz ao fundo do túnel? comunicado Sinergia

" Realizou-se hoje a reunião semanal referente à negociação para a actualização da tabela salarial 2013 na EDP.
A Comissão Negociadora da EDP deu mais um passo, pequeno é certo, para um fecho digno de negociação apresentando uma proposta de 1,4% de aumento, afirmando que está perto do limite possível para este ano.
O SINERGIA, face à proposta da Empresa, ajustou a sua para 2,0%, pretendendo ainda que o aumento afecte todas as matérias de expressão pecuniária.
Continuamos empenhados num acordo digno para ambas as partes e que possa atenuar parcialmente o decréscimo do rendimento líquido dos trabalhadores.
Próxima reunião dia 20 de Fevereiro. "

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tabela, lojas, vestuário, comunicado Sindel

" Mais uma reunião de negociações com alterações de posições, depois de audições individuais com cada CNS, tendo a EDP apresentado uma proposta de 1,4%.
A CNS SINDEL/FETESE, considerando esta posição da Empresa uma resposta ao desafio formulado desde o inicio do processo, alterou a sua posição para 2,05% e afirmou esperar que, na próxima reunião (20/2/2013), a EDP apresentasse números que pudessem perspectivar um acordo.
INFORMAÇÕES
No inicio da reunião, o SINDEL, colocou 2 questões à EDP, relativas aos trabalhadores da EDP Soluções Comerciais:
- Questão do trabalho suplementar nas lojas
A EDP não nos pôde responder a esta questão por não se ter ainda realizado a reunião já marcada para esclarecer, entre outros, este assunto. Ficamos à espera de uma solução que respeite os direitos dos trabalhadores.
- Vestuário de Serviço EDP, Lojas e Agentes - Regras de Utilização
Por nos parecer que esta directiva, não discutida com nenhuma Estrutura Representativa dos Trabalhadores, contêm disposições de legalidade duvidosa e pode ferir direitos de personalidade e de não descriminação, questionámos a EDP, tendo-nos sido afirmado o desconhecimento do mesmo (entregámos cópia à EDP e às restantes Estruturas…).
Aguardamos também resposta da EDP a este assunto, sendo que o SINDEL não deixará cair esta matéria no esquecimento."

Administração sobe para 1,4%, comunicado FIEQUIMETAL

" Na reunião de hoje (13/2/13) a CN/EDP fez um ponto de situação das negociações, tendo de seguida tomado a iniciativa de ouvir individualmente cada uma das CNS, após o que se passou a sua proposta para 1,4%.
A CNS/FIEQUIMETAL, demonstrando a sua intenção negocial e empenho na procura de um acordo, alterou a sua proposta para 3,2%.
A CN/EDP referiu não ter hoje capacidade para reformular de novo a sua proposta, continuando as negociações na próxima semana.
PLENARIO NACIONAL DE DELEGADOS SINDICAIS
No próximo dia 21 realizaremos o Plenário Nacional de Delegados Sindicais, tendo como principal objetivo, analisar e decidir sobre o processo de revisão salarial/2013.
A próxima reunião de negociação será no dia 20/02/13 "

Comunicado da Asosi, tabela, ACT e sub. refeição

" Tabela salarial 2013
A CN/EDP ALTERA PROPOSTA PARA: 1,2%. O aumento da produtividade e a boa rentabilidade no grupo EDP justificam, que as boas práticas de gestão manifestem também uma melhoria da condição económica dos trabalhadores. A CN/EDP com esta proposta de 1,2% ainda não percorreu o caminho para um acordo justo, o qual se justifica dada a boa sustentabilidade do grupo. A CNS/ASOSI alterou a sua proposta para 2,3%. Próxima reunião dia 13-02-2013
NEGOCIAÇÃO ACT
A CNS/ASOSI deu o seu acordo de princípio a certos textos do acordo, os quais não alteram a essência dos direitos dos trabalhadores inscritos no atual ACT.
SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO
A CN/EDP informou que tem estado em contato com empresas no sentido de implementar um CARTÃO VALE DE REFEIÇÃO, que funcionará como um cartão multibanco em qualquer estabelecimento na área alimentar desde que tenha sistema multibanco.
Fez uma apresentação acerca do custo/benefício, tendo em conta as recentes alterações ao Orçamento de Estado para 2013, citando um ganho médio de mais de 200 euros/ano por trabalhador, relativamente à imputação do imposto.
A empresa manifestou estar em condições de proceder brevemente a esta implementação, embora exista a possibilidade de o trabalhador optar por continuar a receber em dinheiro. "

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

sobre o pagamento do sub. almoço com "Cartão Refeição"

Este comunicado, feito pelo SINTTAV, para os seus associados (PT, RTP...) vale a pena ser lido, pelo que ficam alguns extratos:


"Numa fase de constante agravamento de impostos sobre o rendimento do trabalho, é natural que a preocupação dos trabalhadores se concentre na possibilidade de evitar encargos e/ou despesas, mesmos que nalgumas opções a fazer  implique ficar menos protegido ou até comprometer direitos e outras condições futuras, facto que não deixa de ser verdadeiramente preocupante.


Também está a ser natural que a pretexto da “crise”, o oportunismo  seja uma faceta sempre em evidencia de quem procura obter grandes dividendos, afinal sempre à conta de uma “crise” que, como todos sabemos, continua a estar muito longe de atingir alguns, como por exemplo, aqueles que vêm dizer para a comunicação social de que o “zépovo” tem que aguentar “ ai aguentam… aguentam…”

A entidade patronal sabe que o momento é propicio ao “salve-se quem puder” , e com o argumento de que estão a procurar minimizar os agravamentos (para nós são ROUBOS) de que os trabalhadores estão atualmente a ser vitimas, as empresas, em matéria fiscal, sempre atentas ao lema do menor esforço, procuram faturar benefícios bem vantajosos e absolutamente inigualáveis com os ditos “benefícios” que dizem que os trabalhadores conseguem na opção desta ou doutra situação, neste caso concreto do sub. alimentação a ser pago através de cartão.

É um facto que o subsidio a ser pago através de cartão, resultará numa redução do valor a tributar para IRS e TSU, isto é, serão umas esfarelas a adicionar ao farelo a receber mensalmente e que se diluem numa crise que está para nos roubar todos os dias.

ELES NÃO ESTÃO PREOCUPADOS COM AS DIFICULDADES DOS TRABALHADORES

Este processo de pagamento do subsidio de alimentação em cartões, como o “La Card” ou Ticket Restaurante, está já a ser motivo de perturbação laboral em muitas empresas, particularmente na forma em como  o estão a implementar, facto que tem levado o SINTTAV a intervir até às ultimas consequências, como é exemplo de uma ação judicial que corre atualmente no Tribunal do Trabalho do Porto com julgamento para muito breve.


SÃO PERTINENTES ALGUMAS QUESTÕES DE  PORMENOR COM AS CONDIÇÕES DE ADESÃO E UTILIZAÇÃO DESTES CARTÕES

Quais os dados pessoais fornecidos pelas empresas à entidade bancária responsável pela emissão dos cartões e de que forma obteve autorização para tal, dado que as/os colaboradoras/es não foram consultados para o efeito?

É que os dados pessoais dos trabalhadores são para uso exclusivo dos serviços internos das empresas e não para entidades externas.

Qual o nível de acesso das empresas às movimentações feitas com os cartões "à la card" de que é detentora e que atribui às/aos suas/seus colaboradoras/es?
Estes cartões terão em conta as necessidades alimentares especiais (de diferentes naturezas) de alguns trabalhadores/as, e neste sentido questiona-se se têm informação quanto à aceitação do cartão “à la card” em herbanários ou farmácias/para-farmácias?
Dado que alguns estabelecimentos não têm terminais POS próprios, mas alugados a entidades bancárias ou a empresas de telecomunicações, qual o procedimento a seguir para que o pagamento com cartão seja aceite?
De que forma poderá ser creditado ao/à trabalhador/a os montantes gastos em alimentação em dia efetivo de trabalho em empresas (comercial tradicional, fast-food, máquinas de vending) não aderentes à rede Visa/Visa Electron (i.e., que não aceitam pagamento com cartão de débito)?
NORMALMENTE OS TRABALHADORES NÃO CHEGAM A CONHECER OS PORMENORES DO REGULAMENTO DAS CONDIÇÕES
Do regulamento consta que:
(…)
“ o BES pode, por alterações de circunstancias, nomeadamente variações de mercado, alterações legais ou outras, modificar as taxas e os encargos devidos pela titularidade e/ou utilização do Cartão Refeição”.
“ Ao montante correspondente a cada transação efetuada com base na Conta Cartão Refeição, poderão acrescer taxas ou comissões cobradas por terceiros cujo valor será debitado na Conta Cartão Refeição”.  

REDUZIR DESCONTOS PARA A S. SOCIAL É BENEFICO PARA O TRABALHADOR?

ESTÁ CLARO QUE NÃO É se tivermos em conta que esta particular pretensão das empresas em substituir o pagamento do subsidio de alimentação em numerário por um carregamento num cartão-refeição, é uma medida que fomenta a delapidação da Segurança Social dos trabalhadores e contribui para a redução da proteção social e das pensões de reforma de amanhã.

As empresas não estão preocupadas com as dificuldades dos trabalhadores se pagam muito ou pouco de impostos.

O que está verdadeiramente em causa está muito fácil de ver, é que com este sistema de “cartão refeição” lucram muitos milhões com a diminuição significativa das contribuições (23,75%) para a Segurança Social que deixam de ser pagas pelas empresas em prejuízo dos trabalhadores, o qual se vai refletir em diversas situações, como: - baixa médica por doença; acidente de trabalho; licença de maternidade e de paternidade; subsidio de desemprego e pensão de reforma.

OS TRABALHADORES VÃO TER A OPORTUNIDADE DE OPÇÃO DE ESCOLHA E DEVEM-NO FAZER CONSCIENTE DO QUE TEM MAIS VALOR PARA A SUA VIDA COMO TRABALHADOR. "
Comunicado completo clicando aqui

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Negociações de hoje, comunicado do Sindel


Comunicado do Sindel
" Na reunião de hoje, a CNS SINDEL/FESTESE deu o seu acordo de princípio ao Anexo VII – COMPLEMENTOS DOS BENEFÍCIOS DA SEGURANÇA SOCIAL, por não ter alterações de substância no seu conteúdo, no entanto, salvaguardou remissões para o clausulado geral às quais ainda não foi dado acordo de princípio.
Próxima reunião Plenária dia 20/2/2013.
REVISÃO SALARIAL 2013
Respondendo ao desafio do SINDEL/FETESE, a EDP alterou a sua proposta inicial para 1,1%, tendo reconsiderado e finalizando em 1,2%.
O SINDEL/FETESE afirmou estar numa posição em que os limites estão prestes a ser atingidos, reforçando a vontade em chegar a acordo, não estando porém na disposição de o conseguir a qualquer preço.
Perante a mudança de posição da empresa, o SINDEL/FESTESE alterou a sua posição para 2,3%, tornando a afirmar que a base de início das negociações por parte da empresa, não permitia maiores evoluções, esperando assim propostas mais satisfatórias.
Próxima reunião dia 13/2/2013.
INFORMAÇÔES GERAIS
Foi novamente colocada a questão da atribuição de CARTÃO VALE DE REFEIÇÃO, tendo sido apresentada a relação custo/benefício, tendo em conta as recentes alterações ao Orçamento de Estado para 2013. A empresa manifestou estar na disposição de proceder brevemente a esta implementação, tendo o SINDEL/FETESE sublinhado não acordar esta matéria sem prévia auscultação aos seus associados. "

Reunião de hoje sobre tabela salarial e ACT


Comunicado da Fiequimetal
"ACT
Na reunião de hoje (6/2/2013) realizada, a CNS/FIEQUIMETAL deu acordo para os artigos 3º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º do Anexo IV – Regulamento de Segurança, higiene e Saúde no Trabalho e aos artigos 1º, 3º, 6º 7º, 10º, 11º, 12º, 15º, 17º, 18º, 19º, 20º e 21º do Anexo VI – Regulamento Disciplinar, ambos os anexos continuam em negociação.
A CNS/FIEQUIMETAL entregou a CN/EDP uma contraproposta sobre o Anexo I – Enquadramento e Carreiras Profissionais, respeitando as posições expressas pelos trabalhadores. A referida contraproposta, tem por base a manutenção dos automatismos, que nuncaimpediram a EDP de acelerar carreiras ou promover trabalhadores, tem ainda por objectivo destamponar as carreiras dos trabalhadores.
Quanto aos perfis continuamos a discutir com os trabalhadores a fim de podermos apresentar contrapropostas.
A próxima reunião sobre o ACT será no dia 20 de Fevereiro de 2013.
REVISÃO SALARIAL/2013
Informação nº 4
Em duas reformulações a CN/EDP passou a sua contraproposta para 1,2%, tendo a CNS/FIEQUIMETAL respondido com uma contraproposta de 3,6%.
A elevada produtividade existente e a enorme disparidade na distribuição da riqueza produzida justifica maiores aumentos salariais.
A “crise” não existe na EDP que vai superar novamente os mil milhões de euros nos resultados 2012.
Fora da ordem de trabalhos a EDP apresentou um estudo sobre a eventual introdução do pagamento do subsidio de refeição através de um cartão de debito.
A CNS/FIEQUIMETAL vai avaliar este assunto, não prescindindo do direito de opção individual.
A próxima reunião sobre a Tabela Salarial será no dia 13 de Fevereiro de 2013.
Lisboa, 06/Fevereiro/2013
A CNS/FIEQUIMETAL "

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Jornal i: EDP. Os critérios nunca revelados de uma operação que está a ser investigada pelo DCIAP

[ todos os artigos clicando no texto ]
"António Mexia também vai à sede da empresa alemã, gerando rumores sobre alegadas preferências do gestor por um grupo que lhe poderia abrir a porta a uma carreira num dos maiores player mundiais. O lado chinês, que poucos contactos fez com o governo português, não gostou e fez constar que se ganhasse não manteria Mexia. Mas o presidente da EDP sobreviveu".
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EDP. Os critérios nunca revelados de uma operação que está a ser investigada pelo DCIAP

Por Carlos Diogo Santos e Luís Rosa, publicado em 2 Fev 2013 - 16:22 

O governo continua a manter em segredo muitosdos pormenores da operação de venda da EDP

Os processos de privatização do governo de Passos Coelho têm uma característica comum: são secretos. Informações básicas como os critérios de selecção dos interessados em comprar acções de sociedades privadas detidas pelo Estado, os nomes e os valores das propostas apresentadas pelos concorrentes, quase que têm estatuto de segredo de Estado.
Foi esta confidencialidade que o i tentou quebrar com uma investigação jornalística ao primeiro grande processo de privatização: o da EDP.
A venda da eléctrica nacional, tal como a da REN, está a ser investigada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) por suspeitas dos crimes de abuso de informação privilegiada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. No centro da investigação está o Banco Espírito Santo Investimento (BESI), tal como o i já noticiou.
O BESI, cujo chairman é Ricardo Salgado, começou por participar no processo como assessor do Estado na definição do valor da EDP. O objectivo de José Maria Ricciardi, presidente executivo do BESI, seria continuar a assessorar o governo durante o próprio processo de privatização, mas o Ministério das Finanças tinha outras ideias e deu ordens à Parpública e à Caixa Banco Investimento (as duas instituições do Estado que operacionalizaram a venda de 21,35% do capital social da EDP) para contratar a sociedade norte-americana Perella.
Foi assim que, em Agosto de 2011, o BESI passou a querer assessorar uma empresa interessada na compra da EDP. Na posse de uma release letter (autorização do vendedor, a Parpública, para passar a trabalhar do lado do comprador), José Maria Ricciardi encentou, sem sucesso, contactos com a brasileira Eletrobras, as francesas EDF e GDF Suez e ainda a indiana Aditya Birla.
Quando os diálogos pareciam ter esgotado, e já em cima do início da operação de privatização, o Departamento Internacional do BES tem conhecimento de que um concorrente chinês procurava contratar um assessor português com forte conhecimento da EDP e do sector da energia. A ponte entre o BESI e a China Three Gorges (CTG) foi feita pelo China Development Bank, entidade com que o banco de Ricardo Salgado mantinha uma estreita relação.
A assessoria financeira do BESI começou a ser discutida com a CTG a 17 de Outubro de 2011 e oito dias depois assinaram o mandato.
Entretanto, a 21 de Outubro, seis entidades já tinham entregue propostas não vinculativas: as brasileiras Eletrobras e CEMIG, a chinesa CTG, a alemã E.ON, a indiana Aditya Birla e a japonesa Marubeni.
Cinco dias depois foi publicada a lei que regulava a 8ª fase do processo de reprivatização da EDP, mediante uma operação de venda directa, no dia 8 do mês seguinte é aprovado pelo Estado o caderno de encargos da operação, onde constavam os critérios de selecção das empresas interessadas. Destes destacam-se o preço vinculativo apresentado, a quantidade de acções pretendidas, a salvaguarda dos interesses do Estado e a adequação do projecto estratégico à realidade da EDP. Outros requisitos passavam pela contribuição que cada concorrente pretendia dar à identidade empresarial da EDP, ao reforço da capacidade económico-financeira e à promoção da competitividade do sector energético. A idoneidade, capacidade financeira, técnica e de execução dos investidores, bem como a aposta no desenvolvimento da economia nacional também contavam para a selecção das propostas.
Poucos dias passaram até que uma resolução pelo Conselho de Ministros deixou de fora do processo dois dos concorrentes – a Aditya Birla e a Marubeni - por não cumprirem tais critérios. Ao contrário das restantes quatro, que, além disso, tinham propostas superiores aos 2,85 euros/acção – valor mínimo estabelecido pelo governo.
As reuniões entre a Parpública, a EDP e os potenciais compradores foram várias no período que separou a entrega das propostas não vinculativas e a data limite para a entrega das propostas vinculativas: 9 de Dezembro. Nesta fase – que a EDP reconheceu ser de grande competitividade – os assessores da CTG, o BESI e o Credit Suisse, efectuaram contactos com os assessores do Estado. O BESI focou-se no diálogo com o Caixa BI e o Credit Suisse mais centrado nas negociações com os norte-americanos da Perella, a outra entidade que assessorava a Parpública.
INVESTIGAÇÃO DCIAP Como o i já noticiou, o DCIAP está a investigar indícios da prática de crime de abuso de informação por parte de alguns administradores do BESI, pois a investigação tem a convicção de que estes terão adquirido acções da EDP através de off shores disponibilizadas pela empresa suíça Akoya Asset Managment. O procurador Rosário Teixeira, responsável pelo inquérito criminal, está também concentrado em perceber por que razão os chineses baixaram as suas propostas da 1.ª fase (onde as propostas são meramente indicativas) para a fase final (onde todas as propostas são vinculativas).
No caso da EDP, e segundo indícios recolhidos pelos investigadores, o BESI terá apresentado um primeiro parecer à CTG que apontava para um preço que variava entre os 3,5 euros e os 3,75 euros por acção, cujo ponto médio era de 3,625 euros. Contudo, a proposta final da CTG acabou por ser de 3,45 euros por acção. Esta poupança de 17,5 cêntimos poderá ter levado a uma poupança de mais de 117 milhões de euros por parte da CTG – valor que, segundo o DCIAP, quantifica igualmente a perda patrimonial do Estado, como a revista “Sábado” já noticiou.
Segundo o i apurou, o BESI defende-se alegando a sua intervenção na elaboração da proposta vinculativa se resumiu a duas reuniões com a CTG. Segundo fontes da defesa, a 6 de Dezembro, o BESI esteve representado no Hotel Altis Suites pelos administradores Rafael Valverde, Paulo Martins, Luís Vasconcelos e Miguel Patrício, enquanto que a CTG era representada por Guangjing Cao, chairman da empresa, e Chuxue Lin, vice-presidente executivo. Foi neste primeiro encontro que o BESI deu conta da forte competição e recomendou que a CTG apresentasse uma proposta entre os 3,5 euros e os 3,75 euros por acção, com o referido ponto médio nos 3,625 euros. Ao que o i apurou, os gestores do BESI terão ainda manifestado preocupação com as condições de financiamento da EDP que seriam apresentadas, pelo que terá aconselhado os chineses a insistir com o China Development Bank, para que este se comprometesse a financiar a EDP a uma taxa de juro muito competitiva.
Mas as recomendações não se ficavam por aqui. No dia seguinte os mesmos responsáveis da CTG deslocaram-se à sede do BESI, onde estiveram reunidos com José Maria Ricciardi, Paulo Martins e Luís Vasconcelos. Ricciardi foi ainda mais longe e sugeriu que, para diminuir os riscos, que a proposta deveria ser superior ao ponto médio recomendado um dia antes.
Porém, dois dias depois a CTG apresenta uma proposta muito inferior: 3,45 euros. O BESI garante que só teve acesso a esta oferta depois de ela ter sido entregue, durante uma reunião que aconteceu no final do dia 9 de Dezembro no Hotel Altis Prime.
INCONGRUÊNCIA Segundo fonte oficial do BES, os chineses da CTG ficaram mesmo insatisfeitos com os serviços do BESI e recusam-se a pagar a comissão discricionária prevista no contrato de prestação de serviços.
Contudo, e ao que o i apurou junto de fontes do mercado, terão sido os chineses da CTG que, satisfeitos com os seus serviços, aconselharam o BESI aos igualmente chineses State Grid que viriam a vencer a privatização da REN em circunstâncias idênticas: Uma proposta inferior à aconselhada pelo BESI.
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EDP. Movimentações, cumplicidades e reuniões da privatização
Por Ana Suspiro, publicado em 2 Fev 2013 - 16:26 | Actualizado há 8 horas 28 minutos
O primeiro grande teste de Portugal junto dos investidores na era da troika contou com a intervenção de Passos Coelho e Vítor Gaspar

O resultado das privatizações da energia foi bom. Deu um encaixe de 3,3 mil milhões de euros, muito acima do preço de mercado da EDP e da REN (Redes Energéticas Nacionais) mas o processo foi pouco transparente desde o início.
O programa da era da troika é o mais ambicioso desde os anos 90, mas arranca com a extinção dos órgãos de fiscalização das privatizações: a Comissão Permanente de Acompanhamento das Privatizações e a sessão especializada de apoio ao Ministério das Finanças.
O governo cria comissões adhoc para cada processo e escolhe figuras independentes para fiscalizar o rigor das operações e produzir relatórios públicos. Mas as comissões são nomeadas em cima da decisão final e os relatórios – o da EDP foi entregue em Agosto de 2012 – continuam sem ver a luz do dia. O processo prossegue com a contratação por ajuste directo da desconhecida, em Portugal, Perella Weinberg, alegadamente por ordem de Vítor Gaspar. A decisão é contestada na banca, em particular pelo BESI (BES Investimento) cujo presidente, José Maria Ricciardi, telefona ao primeiro-ministro a queixar-se da escolha.
A venda de 21,35% da EDP era um teste decisivo sobre a capacidade de Portugal atrair investidores internacionais para uma grande operação, meses após o pedido de resgate. Estava muito em jogo, o que explica o envolvimento pessoal do primeiro-ministro e de Vítor Gaspar. O papel do gabinete de Passos Coelho passa ainda pelo secretário de Estado Adjunto Carlos Moedas e a sua equipa técnica.
Mais dois ministros acompanharam de perto as operações da energia: Paulo Portas e Miguel Relvas. Este chega a fazer contactos com investidores, sendo associado aos interesses brasileiros, muitos fortes na EDP. Apesar de vistos por alguns como favorita e de ter o apoio financeiro do banco público BNDES, a Electrobrás coloca-se fora da corrida. A sua oferta é considerada inaceitável ao nível das regras de governo e não passou no Conselho Geral da EDP – este órgão da eléctrica só valida as propostas da E.ON e da China Three Gorges. O desinteresse de Dilma Roussef em Portugal é apontado como factor de arrefecimento do investimento brasileiro. A Petrobrás já tinha desistido da Galp no início do mandato da nova presidente do Brasil.
No terreno, a Perella, que muitos ligam a António Borges pela amizade com o partner Paulo Pereira, tem um papel mais decisivo do que a Caixa BI, o adviser financeiro que contratou a empresa americana como consultora. No Ministério da Economia, o secretário de Estado da Obras Pública, Sérgio Monteiro, fica com a missão das privatizações, apesar da delegação de competências atribuir a função accionista na EDP e REN ao secretário de Estado da Energia. Henrique Gomes fica com as matéria de mercado, que vão entrar em rota de colisão com a privatização.
PRIVATIZAÇÃO VERSUS RENDAS Gomes quer impor uma taxa sobre as produtoras de energia que tiraria 250 milhões de euros ao valor da EDP. A proposta é trabalhada no Verão para ser aprovada em Outubro, antes de começar o processo formal de privatização. Mas o processo informal já estava em marcha. Desde Agosto que os consultores do governo procuravam investidores para a EDP e a redução das rendas “excessivas” não fazia parte do dote da noiva. A gestão de António Mexia lança uma ofensiva junto do governo: tudo o que retirar valor à EDP é ameaça à privatização. O gabinete de Carlos Moedas terá sido a principal porta de entrada destes argumentos.
Henrique Gomes invoca o risco do défice tarifário para os investidores na EDP, e numa reunião em Setembro, com Gaspar, Moedas e Santos Pereira, o secretário de Estado joga a carta mais forte. Baixar as rendas é a única medida ao alcance do governo com efeito positivo nas empresas e famílias, argumenta. Seria uma decisão política apoiada por todos. Mas se o argumento é político, o sucesso da privatização da EDP está em primeiro lugar, terá respondido o ministro das Finanças. O negócio contaminou a política de energia e os compromissos assumidos com os compradores da EDP tornaram-se óbvios quando Henrique Gomes bate com a porta em Janeiro.
O DUELO ENTRE CHINESES E ALEMÃES De início, Passos Coelho, talvez por influência de Gaspar, estaria convencido das vantagens de um comprador alemão para fortalecer a posição de Portugal no quadro da crise do euro. O envolvimento político dá-se ao mais alto nível e foi intenso na véspera da entrega das ofertas vinculativas. O “Financial Times” noticia a intervenção directa de Angela Merkel junto de Passos Coelho. O primeiro-ministro recebe o presidente da E.ON, numa viagem a Alemanha.
António Mexia também vai à sede da empresa alemã, gerando rumores sobre alegadas preferências do gestor por um grupo que lhe poderia abrir a porta a uma carreira num dos maiores player mundiais. O lado chinês, que poucos contactos fez com o governo português, não gostou e fez constar que se ganhasse não manteria Mexia. Mas o presidente da EDP sobreviveu. Até Vítor Gaspar terá transmitido pessoalmente a boa vontade de Lisboa para o investimento alemão, desde que o preço fosse competitivo. A conversa terá ocorrido quando se sabia que os chineses ofereciam mais.
Não seria sustentável escolher uma oferta muito inferior ao melhor preço, apesar do relatório de avaliação da Parpública ter deixado o caminho aberto a qualquer decisão, ao não fazer recomendação. Mais do que a diferença de preços, o acesso ao financiamento chinês a custos baixos foi decisivo. Ainda assim, Gaspar defendeu a proposta alemã na reunião do Conselho de Ministros que escolheu o vencedor. O ministro das Finanças começou por passar a palavra aos consultores que fizeram a sua apresentação, mas Passos Coelho rapidamente os terá mandado sair, deixando Gaspar sozinho a explicar os seus argumentos.
Apesar de algum desconforto no governo perante a ofensiva chinesa, que transpareceu numa entrevista de Pedro Passos Coelho, preterir a oferta financeira mais alta teria consequências negativas em outras privatizações, designadamente na REN (ver página do lado).

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REN. Processo de venda esteve por um fio

Por Ana Suspiro, publicado em 2 Fev 2013 - 03:10 | Actualizado há 21 horas 49 minutos
Uma derrota chinesa na EDP poderia ter custado a privatização da REN
As operações na energia eram o teste fundamental para o sucesso do programa de privatizações, mas a venda da REN esteve por um fio. Havia duas teses: A de que os chineses não podiam ganhar as duas empresas e outra que apostava que se fossem afastados da EDP, não avançariam para a REN.

A venda de 40% da Redes Energéticas Nacionais atraiu menos interessados que a EDP e vários ficaram pelo caminho. Os colombianos da ISA eram bem vistos do ponto de vista estratégico, mas na reunião decisiva o representante do Estado vetou a apresentação de uma oferta vinculativa para a REN para evitar a exposição à crise do Euro. Esta foi a razão apontada para a desistência da National Grid, mas outros afirmam que os ingleses queriam o controlo e por isso não entregaram oferta.
Ficaram os chineses da State Grid e a Oman Oil, que tinha interesse financeiro e só quis 15% A State Grid, muito maior que a China Three Gorges, já cooperava com a REN, tal como a empresa colombiana. Os dois eram vistos como preferidos pela gestão REN, face aos ingleses.
O gigante das redes chinesas era um candidato forte que oferecia um bom prémio, mas tinha ambições dificilmente aceitáveis para Portugal. A State Grid queria mais do que os 25% de capital disponíveis e quando não conseguiu, exigiu que este tecto, imposto a accionistas da energia, fosse estendido a todos os investidores. A governance da REN, uma empresa com vários “pequenos grandes” accionistas, era já um problema e os chineses sabendo-se sozinhos quiseram nomear o administrador financeiro (CF) e ter quadros seus em chefias técnicas da REN, obrigando a negociações delicadas que chegaram a bom porto em Fevereiro.