sábado, 27 de agosto de 2016

A Central Termoelétrica de Sines é a unidade que mais polui o ar em Portugal


Notícia TSF

A Central Termoelétrica de Sines é a unidade que mais polui o ar em Portugal, enquanto a poluição dos recursos hídricos é liderada pela estação de tratamento de águas residuais de Matosinhos, segundo a Zero.

A Associação Sistema Terrestre Sustentável - Zero analisou os dados reunidos pela Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês) para as instalações em Portugal e fez dois 'rankings'.
Nas emissões atmosféricas, a lista tinha 280 instalações e um total de 29 poluentes, e no meio aquático, foram avaliados dados de 56 instalações para 27 poluentes.

De acordo com Francisco Ferreira, presidente da Associação ZERO, no que respeita ao ar, as cinco primeiras instalações têm na primeira posição a Central Termoelétrica de Sines, da EDP, seguida de duas fábricas de pasta de papel, da Portucel, em Setúbal e Cacia, respetivamente, depois a Unicer, em Leça do Balio, e em quinto lugar uma cimenteira, da Cimpor, em Alhandra.

Ainda na poluição atmosférica, seguem-se outras indústrias na área da refinação -a Petrogal-, novamente a pasta de papel, madeiras e alimentação animal.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

EDP tem luz verde para comprar pontos de abastecimento de gás da Repsol

"Operação está avaliada em 116 milhões de euros e vai permitir à EDP aumentar a rede de distribuição de gás em Espanha em 9%
A Autoridade da Concorrência espanhola (CNMC, na sigla em castelhano) deu autorização à EDP para avançar com o acordo, estabelecido em janeiro, para a aquisição de pontos de abastecimento de gás que a Repsol detém em Espanha. “A CNMC autorizou, sem condições, que a EDP adquira os 82.000 pontos de abastecimento de gás propano liquefeito (GPL) que a Repsol tem nas áreas onde aquela energética é incumbente no mercado do gás: País Basco, Astúrias e Cantábria”, refere o regulador, citado pelo jornal espanhol Cinco Días.
A operação está avaliada em 116 milhões de euros e deverá representar um contributo de 13 milhões de euros para o EBITDA (lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da EDP Espanha. Por outro lado, a operação vai permitir à EDP aumentar a sua rede de distribuição de gás em Espanha em 9%, totalizando cerca de um milhão de pontos de abastecimento."

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Acordo à esquerda para cortar fatura da energia já tem quatro projetos que afetam EDP, REN e ERSE

Notícia e foto Jornal Expresso:

"O grupo de trabalho do BE, PS e Governo para reduzir a fatura energética das famílias portuguesas já identificou vários projetos comuns com pernas para andar. Na sua maioria, as iniciativas visam intervir em áreas e rendas criadas pelo próprio PS, na era de José Sócrates. Um pormenor incómodo?

“Não temos nenhum complexo nesta matéria. O que estamos a fazer é afinar as medidas implementadas, algumas delas criadas pelo PS”, comenta o deputado socialista Carlos Pereira. E para o Bloco como é atacar rendas criadas no passado pelo agora seu parceiro de trabalho? “A obrigação dos deputados do BE é responder agora aos problemas de agora. O grupo não se fez para fazer o balanço de governos anteriores”, afirma o deputado Jorge Costa, do Bloco.

Os benefícios dos vários projetos não são fáceis de contabilizar. Mas o grupo de trabalho está otimista. “A satisfação é grande, porque houve um esforço significativo de fazermos um trabalho sério, com conhecimento das questões essenciais no quadro da energia”, comenta Carlos Pereira. “Os projetos são difíceis porque exigem medidas audaciosas, porque interferem com interesses instalados na economia”, acrescenta Jorge Costa.

Há para já quatro iniciativas que nos próximos meses serão trabalhadas. Um primeiro projeto é acabar com a atribuição direta dos contratos de garantia de potência (a EDP é o maior beneficiário) e sujeitá-los a um processo de leilão, que minimize o custo para o sistema elétrico (e, por conseguinte, para os consumidores). É um regime criado em 2007 e entrou em vigor em 2010.

Bloco e PS querem ainda que os planos de investimento da REN e da EDP para a rede elétrica sejam “apresentados pelo Governo ao Parlamento e ali escrutinados”. Hoje, esses planos são avaliados pelo Governo, após parecer da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), sem discussão parlamentar. Estes planos estão previstos desde 2006.

Outro ponto de sintonia é criar na ERSE uma equipa especializada para auditar os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), uma renda recebida desde 2007 pela EDP nas suas centrais elétricas. Essa equipa deverá gerir em 2017 o processo de cálculo das parcelas finais de acerto destes contratos. Este regime foi criado em 2004 (no Governo de Santana Lopes), mas os contornos finais foram definidos em 2007 (com Sócrates como primeiro-ministro).

Um quarto ponto de entendimento Bloco-PS é, como o Expresso já noticiou, rever o regime de interruptibilidade (que atribui a grandes indústrias um desconto na fatura elétrica como compensação para estarem disponíveis para cortes no abastecimento). Este subsídio foi criado em 2010, no segundo Governo de Sócrates. Bloco e PS estimam conseguir aqui poupar €60 milhões por ano, sem pôr em causa a segurança de abastecimento de consumidores intensivos de energia, como a Siderurgia Nacional."