quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lucro da EDP cai 1% para 786 milhões de euros no terceiro trimestre

Notícia Jornal Público
"O lucro da EDP caiu 1% no final do terceiro trimestre para 786 milhões de euros. O resultado líquido da empresa mantive assim a tendência de queda e voltou a ser pressionado pelo menor contributo do negócio do Brasil e as alterações regulatórias no sector das renováveis em Espanha.

Também pesaram nas contas os efeitos cambiais da depreciação do real e do dólar face ao euro e a contribuição extraordinária do sector energético prevista no Orçamento do Estado de 2014, que atingiu 15 milhões no trimestre.

O presidente da empresa, António Mexia, prefere falar antes na “manutenção dos resultados”, no “primeiro ano em que se está a fazer sentir o impacto das alterações regulatórias em Portugal e em Espanha” e no segundo ano consecutivo de seca no Brasil, onde “os reservatórios estão aos níveis de 2001”.

Em declarações ao PÚBLICO, o gestor classificou os resultados como “muito positivos”, dizendo que “mostram a resiliência da empresa” e foram conseguidos graças a uma estratégia de “gestão de energia e apertado controlo de custos”. O presidente da EDP disse ainda que “a empresa está confortável” com o consenso dos analistas de mercado, que antecipam que a eléctrica apresente resultados líquidos na ordem dos 900 milhões de euros no final do ano.

Como consequência da seca no Brasil as receitas das vendas de electricidade caíram e o contributo deste mercado para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da EDP recuou 29%, para 374 milhões de euros. O EBITDA consolidado caiu 3% face a Setembro de 2013, para 2715 milhões de euros, apesar de um impacto positivo de 131 milhões de euros com a mais-valia da venda de 50% da barragem brasileira de Jari à China Tree Gorges (CTG), que tem 21% do capital da EDP.

A dívida líquida interrompeu a trajectória descendente (em Junho estava nos 16,8 mil milhões de euros), para chegar aos 17,5 mil milhões no final de Setembro (acima dos 17 mil milhões do período homólogo de 2013). Segundo Mexia, este aumento deveu-se essencialmente a impactos cambiais de cerca de 330 milhões de euros. A expectativa é que esteja “perto dos 17 mil milhões no final do ano”, disse.

Questionado sobre a proposta da ERSE que antecipa uma redução da taxa de remuneração dos activos regulados da EDP no período de 2015 e 2017 (que segundo alguns analistas terá um impacto de 40 milhões nas contas da empresa), António Mexia respondeu que não comenta a regulação “quando ela está em discussão [no conselho tarifário do regulador]”.

Ainda assim, não deixou de dizer que a proposta da ERSE “está relacionada com a redução do risco Portugal” e que, de um modo global, os impactos das medidas de regulação são “perfeitamente razoáveis”. Mas, no que toca a medidas excepcionais, como a contribuição extraordinária sobre o sector energético (que este ano já custou 46 milhões de euros à EDP), a opinião do gestor é a de que “é preciso que sejam assumidas como temporárias”, ainda por cima, quando “inexplicavelmente só são aplicadas a este sector”.

Terá esta contribuição extraordinária sido motivo de conversa no encontro que o presidente da CTG teve esta semana com o primeiro-ministro? “Quanto ao Orçamento para 2015, não há qualquer novidade, a contribuição já estava assumida”, respondeu o gestor. “O que reforçamos é que o que é extraordinário e temporário, deve ser extraordinário e temporário”, concluiu."

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

EDP perde quota no mercado residencial

Notícia http://www.jornaldenegocios.pt/
"No mesmo mês em que a Goldenergy adquiriu uma quota de 0,6% no abastecimento de electricidade às famílias portuguesas a EDP viu a sua posição no segmento residencial descer, segundo o último relatório da ERSE.
O mês de Setembro no mercado liberalizado em Portugal ficou marcado pela entrada da Goldenergy, do grupo Dourogás, para a lista dos principais fornecedores de electricidade, tendo ganho uma posição equivalente à que a EDP Comercial perdeu no segmento de consumo doméstico.

O relatório mensal do mercado livre de electricidade, publicado esta terça-feira, 28 de Outubro, pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, revela que a quota da EDP no fornecimento às famílias desceu de 82,3% em Agosto para 81,7% em Setembro. No mesmo período a Goldenergy adquiriu uma quota de 0,6% no segmento doméstico, sendo o sexto maior operador nesta classe de consumo.

No abastecimento de electricidade às famílias portuguesas o segundo maior fornecedor continuou a ser a Iberdrola, apesar de uma redução de 5,2% para 5% da sua quota. Em terceiro lugar está a Galp (4,6%), seguida da Endesa (4,1%), Gas Natural Fenosa (3,4%) e Goldenergy (0,6%).

Considerando todos os segmentos de consumo, a quota global da EDP ascendeu a 45,2%, tendo a Endesa conservado a segunda posição, apesar de uma queda de 19,4% para 19,2%. O terceiro maior fornecedor do mercado liberalizado é a Iberdrola, cuja quota baixou de 18,8% para 18,5% entre Agosto e Setembro. Seguem-se a Galp (6,5%), Gas Natural Fenosa (4,3%), Fortia (3,6%) e Goldenergy (0,2% de todo o consumo no mercado livre).

De acordo com a ERSE, no final de Setembro Portugal tinha 3,18 milhões de clientes no mercado liberalizado, contra 2,9 milhões que permanecem nas tarifas transitórias (reguladas). Em termos de peso no consumo total de electricidade no País, a quota do mercado livre passou de 79,7% em Agosto para 80,5% em Setembro, segundo a mesma fonte."

terça-feira, 21 de outubro de 2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bruxelas quer mais medidas para eliminar défice tarifário da electricidade

Notícia Jornal Público
" Apesar de reconhecer as medidas já aplicadas pelo Governo para reduzir os custos excessivos do sector energético, Bruxelas considera que o objectivo português de eliminar o o défice tarifário na electricidade até 2020 “será um grande desafio”. É por isso “crucial que as autoridades portuguesas implementem todas as reformas que já anunciaram e continuem a envidar esforços para identificar potenciais novas medidas de poupança nos custos do sector energético”, sustentam os técnicos da Comissão Europeia no relatório sobre o Programa de Ajustamento português.
A dívida tarifária da electricidade já supera os 4400 milhões de euros. O Governo prevê que a criação de superávites tarifários anuais a partir de 2016 contribua para a redução sustentada do défice até 2020, altura em que a dívida acumulada deverá rondar os 600 milhões de euros.
Segundo o Governo, após 2015 não está prevista a criação de novo défice tarifário e, em 2016, o défice tarifário será zero, pelo que a partir desse momento haverá uma redução progressiva da dívida. Até essa data serão expectáveis aumentos anuais dos preços da electricidade entre 1,5 a 2% acima da taxa de inflação, de acordo com o plano de recuperação da dívida tarifária desenhado pelo executivo.
Com as medidas que já anunciou desde 2012, o Governo estima que os cortes de custos do sector energético totalizem 4400 milhões de euros, incluindo as medidas aplicáveis também ao sector do gás, como a negociação com a Galp das mais-valias obtidas pela empresa com a comercialização de gás natural, que o Ministério de Energia quer ver traduzido em reduções dos preços do gás.
“O maior impacto em termos de potencial redução de custos” do sector energético virá da negociação com a Galp e do alargamento do espectro de beneficiários das tarifas sociais de electricidade (cujo financiamento a EDP está a contestar em tribunal), diz a Comissão Europeia nesta avaliação final ao programa de ajustamento português. Já da contribuição extraordinária do sector energético deverão vir 50 milhões de euros para a redução da dívida tarifária, refere Bruxelas.
Porém, estas medidas, bem como a revisão das tarifas especiais para os produtores de electricidade na cogeração e nas energias renováveis, não são suficientes para garantir o plano de eliminação do défice tarifário. Por isso, a Comissão Europeia quer que o Governo continue à procura de novos mecanismos de redução de custos."

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Tarifa social: Se EDP colocar mais ações judiciais "paciência", diz Governo

Notícia do site "dinheiro vivo"
O Governo aprovou, no passado dia 2, "novas regras para a tarifa social e com elas arrisca mais ações judiciais da EDP. Contudo, tanto o Executivo como o secretário de Estado da Energia - a quem são dirigidas as ações - não estão nada preocupados com essa possibilidade. "Paciência", disse ao Dinheiro Vivo o secretário de Estado, Artur Trindade. "Não vamos alterar nada", acrescentou.
Em causa está o facto da EDP não concordar com a forma de financiamento definida pelo Governo para comparticipar a tarifa social.
Esta incide sobre as centrais de produção de eletricidade que têm contratos com tarifas - ou rendas - fixas, mas a empresa sugeriu já por várias vezes que incidisse sobre as centrais que estão no mercado livre sem tarifas fixas.

Só assim conseguirá que a tarifa social dê descontos de 34% na fatura a 500 mil consumidores portugueses como está presvisto no alargamento do regime hoje aprovado."

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ACT publicado no Boletim de Trabalho e Emprego



O ACT foi publicado no Boletim de Trabalho e Emprego, nº 37, de hoje 8/10/2014.
O Acordo Coletivo de Trabalho, que a empresa irá distribuir em papel, pode ser descarregado clicando aqui.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Aprovada nova tarifa social de eletricidade.



O ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva
D.R
Notícia e foto do site  Dinheiro Vivo

" O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, o alargamento da tarifa social de eletricidade. Não só o desconto na fatura mensal passa de 20% para 34% como o regime irá abranger 500 mil consumidores em vez dos atuais 60 mil.

"Decidimos alargar o âmbito da tarifa para que não se repita o que aconteceu antes [ter poucos beneficiários da tarifa social] e agora temos condições para chegar a mais pessoas além de que ter um desconto de 34% na tarifa chamará mais portugueses a aderir", disse o ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva, no briefing após o reunião.
Aliás, acrescentou ainda o governante, se os critérios que foram agora definidos não forem suficientes para chegar aos 500 mil consumidores abrangidos por esta tarifa social eles poderão ser alargados novamente.
Assim, a partir de agora, além dos consumidores que beneficiam do apoio social para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio de desemprego e da pensão social de invalidez, passam também a ser elegíveis para ter acesso à tarifa social de eletricidade os consumidores que estejam nos três escalões do abono de família e os que recebam a pensão social de velhice.
Além disso, passam a ser também elegíveis os consumidores sem qualquer apoio social mas cujo agregado familiar tenha um rendimento anual inferior a 4800 euros. Um valor que "poderá ser revisto semestralmente para assegurar que, de facto, pelo menos 500 mil consumidores beneficiam do desconto", reparou então o ministro.
O financiamento da tarifa mantém-se, ou seja, são os produtores de eletricidade a comparticipar os descontos, mas em vez dos 900 mil euros que pagavam agora vão passar a pagar 24 milhões de euros.
Segundo o ministro, este montante "incide sobre os CMEC, CAE e garantia de potência", ou seja, sobre os contratos de energia que o Governo tem com empresas como a EDP ou a Endesa, o que até já originou que a EDP colocasse várias ações em tribunal contra esta forma de pagamento."

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Renováveis vende parques eólicos em França.

Notícia DN
"A EDP Renováveis anunciou hoje ter chegado a acordo com um fundo liderado pelo banco de investimento EFG Hermes para a venda de 49% de um conjunto de parques eólicos situados em França.

Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de energias renováveis refere que o acordo visa a venda de "uma participação acionista representativa de 49% do capital e respetivos empréstimos acionistas referente a um portfólio de parques eólicos em operação com 270 MW líquidos".
De acordo com a EDP Renováveis, o negócio permite um encaixe financeiro de 160 milhões de euros, o que leva a empresa a somar 1,038 mil milhões com venda de participações minoritárias em parques eólicos nos EUA e na Europa.
O fundo comprador é liderado pelo banco de investimento EFG Hermes, um dos maiores da zona do Médio Oriente e Norte de África, mas inclui também investidores do Conselho de Cooperação do Golfo.
Segundo o comunicado da EDP Renováveis, a venda da participação compreende 33 parques eólicos com 5 anos de vida média "que atualmente beneficiam de uma remuneração em regime de "feed-in-tariff", ou seja, de um mecanismo que permite que a quem produza energia possa receber dinheiro da parte do fornecedor.
A empresa adianta ainda que está a executar uma estratégia de autofinanciamento "ao cristalizar o valor do "cash-flow" futuro dos projetos", reinvestindo-o no desenvolvimento de outros objetivos de valor acrescentado.
"Incluindo a presente transação, a EDPR já executou cerca de 60% do seu objetivo cumulativo de 700 milhões de euros de rotação de ativos para o período de 2014-2017, encontrando-se bem posicionada para alcançar esse objetivo", acrescenta. "