Notícia Jornal Público
" A associação de defesa do consumidor recebeu confirmação de 40 mil inscritos, de um universo total de mais de 580 mil
Num cenário em que os 40 mil consumidores acabem por fechar acordo com a Endesa, o número de adesões fica muito aquém dos 100 mil novos contratos necessários para a Deco cobrir os custos de montagem da operação.
Rita Rodrigues faz, no entanto, um balanço "muito positivo" da operação, garantindo que a Deco não lançou o projecto com metas sobre o número de adesões - "Não era nem nunca foi objectivo principal deste leilão", diz -, mas com o objectivo de "mexer com o mercado de electricidade". E a prova, contrapõe, está no facto de a EDP, a Galp e a Iberdrola terem lançado campanhas promocionais depois do leilão. "As respostas que vieram a seguir de uma maneira concertada e articulada claramente foram uma resposta directa ao leilão", diz.
Segundo cálculos da Deco, os consumidores terão conseguido - não apenas com o leilão, mas também as campanhas que se seguiram - uma poupança acumulada acima de cinco milhões de euros.
O valor resulta de uma poupança média anual de 18 euros por consumidor.
Das 40 mil potenciais adesões à Endesa, 40 a 50% serão de associados da Deco, diz Rita Rodrigues.
Tal como foi decidido nas negociações que antecederam o leilão, a Deco vai receber da Endesa cinco euros por cada cliente angariado, um tema que fez correr tinta quando se soube que chegou a ser ponderada uma comissão de angariação de 15 euros.
A Deco compromete-se a entregar o valor da comissão aos associados (o montante será descontado na factura da electricidade). Em relação aos restantes consumidores (não-filiados na Deco), o montante da comissão será entregue pela Endesa à associação de defesa do consumidor.
Tendo em conta o número de clientes que aderiram, o valor a receber pela Deco não cobrirá os custos de montagem da operação, que Rita Rodrigues diz serem superiores a 250 mil euros. Para isso, seriam precisos 100 mil novos contratos, o que está longe de se concretizar.
Com isto, de fora fica a hipótese, admitida em Maio pelo presidente da Deco, Vasco Colaço, de a Deco restituir aos associados o eventual remanescente que viesse a ser conseguido em comissões, uma vez que os valores estimados não serão alcançados. "
" A associação de defesa do consumidor recebeu confirmação de 40 mil inscritos, de um universo total de mais de 580 mil
Dos 587 mil consumidores que se candidataram ao leilão de electricidade da Deco, ganho em Maio pela Endesa, só cerca de 7% formalizaram a adesão ao tarifário proposto por esta operadora de electricidade. Ao todo, são cerca de 40 mil os novos contratos que, segundo a Deco, a Endesa deverá angariar.
O número de contratos de fornecimento de electricidade efectivamente conseguidos pela operadora ainda não é certo (e só será conhecido em Setembro, quando o processo já estiver concluído). Os dados que a Deco divulgou ontem, referindo um universo de 40 mil adesões, dizem apenas respeito aos clientes que sinalizaram a intenção de optar pela tarifa, mas é esse o volume de contratos que a associação prevê que sejam formalizados, avançou ao PÚBLICO a responsável da Deco pelo leilão, Rita Rodrigues.Num cenário em que os 40 mil consumidores acabem por fechar acordo com a Endesa, o número de adesões fica muito aquém dos 100 mil novos contratos necessários para a Deco cobrir os custos de montagem da operação.
Rita Rodrigues faz, no entanto, um balanço "muito positivo" da operação, garantindo que a Deco não lançou o projecto com metas sobre o número de adesões - "Não era nem nunca foi objectivo principal deste leilão", diz -, mas com o objectivo de "mexer com o mercado de electricidade". E a prova, contrapõe, está no facto de a EDP, a Galp e a Iberdrola terem lançado campanhas promocionais depois do leilão. "As respostas que vieram a seguir de uma maneira concertada e articulada claramente foram uma resposta directa ao leilão", diz.
Segundo cálculos da Deco, os consumidores terão conseguido - não apenas com o leilão, mas também as campanhas que se seguiram - uma poupança acumulada acima de cinco milhões de euros.
O valor resulta de uma poupança média anual de 18 euros por consumidor.
Das 40 mil potenciais adesões à Endesa, 40 a 50% serão de associados da Deco, diz Rita Rodrigues.
Tal como foi decidido nas negociações que antecederam o leilão, a Deco vai receber da Endesa cinco euros por cada cliente angariado, um tema que fez correr tinta quando se soube que chegou a ser ponderada uma comissão de angariação de 15 euros.
A Deco compromete-se a entregar o valor da comissão aos associados (o montante será descontado na factura da electricidade). Em relação aos restantes consumidores (não-filiados na Deco), o montante da comissão será entregue pela Endesa à associação de defesa do consumidor.
Tendo em conta o número de clientes que aderiram, o valor a receber pela Deco não cobrirá os custos de montagem da operação, que Rita Rodrigues diz serem superiores a 250 mil euros. Para isso, seriam precisos 100 mil novos contratos, o que está longe de se concretizar.
Com isto, de fora fica a hipótese, admitida em Maio pelo presidente da Deco, Vasco Colaço, de a Deco restituir aos associados o eventual remanescente que viesse a ser conseguido em comissões, uma vez que os valores estimados não serão alcançados. "
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