O ex. deputado Luís Fazenda teceu fortes críticas a António Mexia em artigo publicado no portal esquerda.net:
"O Mexia remexe sem pudor
António Mexia, vibrante membro do PSD, foi aumentado este ano corrente para 6.800 euros por dia, vai receber 2,58 milhões de euros ao ano. É este burguês que acha que pode falar de justiça.
6 de Maio, 2016 - 23:49h
Luís Fazenda
Diz Mexia, presidente da EDP, que "é injusto" a EDP, os acionistas, terem de pagar a totalidade da tarifa social da energia e, crueldade, só pode ser, pagar a contribuição extraordinária de energia. A invocação de um critério de injustiça, mesmo que comparativamente aos acionistas de outras empresas, é a obscenidade como crime de catálogo.
António Mexia, vibrante membro do PSD, foi aumentado este ano corrente para 6.800 euros por dia, vai receber 2,58 milhões de euros ao ano. É este burguês que acha que pode falar de justiça, ainda por cima acerca do bónus do preço da energia dos pobres dos pobres. Não vale a pena argumentar demais sobre o que é agressão social, a codícia insaciável dos imensamente ricos. Sobre a extorsão mais infra humana da pessoa pela pessoa, a esquerda tem todo latim, por isso mais amplificado por um Papa do sul, como um libelo geral e sem perdão.
O Mexia, ministro de Santana e condecorado em fim de mandato por Cavaco, quer que o Bloco remeta para os contribuintes aquilo que os acionistas não querem pagar. Diz que é europeu. Ai, Portugal não fica noutra geografia, que se saiba! Decidimos em Portugal. O parlamento tem soberania,não vale a ameaça,ainda por cima acerca de assuntos que nem são de competência da maquineta europeia.
Mexia remexe, e sobe de tom na ameaça:os patrões chineses da EDP não estão a gostar da coisa e estão a sentir-se prejudicados. Que o pseudo-comunismo chinês aperte o pescoço ao governo português, clamando por recuperação de lucros, num momento em que a conjuntura é marcada por recuperação de rendimentos populares, mostra não apenas o desdém dos investidores mas a cara do imperialismo de Pequim. À atenção do PCP, com o devido respeito.
O "camarada Mexia" representa o Comité Central do Partido Comunista da China,o conluio da Comissão europeia e, em menor grau a burguesia portuguesa. Parece uma história à antiga,mas não,é a novela da vida real.
Cabe à esquerda social e política, partidos e sindicatos, politizar este conflito. Não é conversa de gabinetes. As conquistas como a amplitude da tarifa social da energia valorizam-se quando o povo percebe quem as quer anular e tira a fotografia aos donos disto tudo.
Mexia, a fazer de excêntrico todos os dias, como diz um célebre anúncio, é uma voz a ser desautorizada na opinião pública. Basta em português, não precisa de ser em mandarim.
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