quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Espanha "privatiza o sol" !

Querido leitor, pasme: o sol espanhol foi “privatizado”. A partir de agora, o cidadão daquele país que for pego instalando placas fotovoltaicas – equipamentos que geram energia elétrica por meio da luz solar – poderá receber uma multa de até 30 milhões de euros.
Só o desespero e/ou a corrupção, inimigos número 1 de uma inteligência integral e sustentável, é q podem justificar uma coisa dessas. Se incentivada, a microgeração energética limpa, como essa que está sendo proibida na Espanha, tem o potencial de matar alguns coelhos numa cajadada só:
1.                Primeiramente está a questão mais óbvia, q é a do consumo de energia. A microgeração difusa sacia a necessidade energética daqueles que investem na tecnologia. Portanto, o consumidor fica blindado contra ocasionais falhas na distribuição de eletricidade
2.                Isso causa um belo de um impacto positivo para o governo, que poderá ter a demanda por investimentos em novas usinas diminuída.
3.                Esse ponto ganharia um reforço extra se as placas fotovoltaicas estivessem ligadas à rede de distribuição. Assim, a geração extra do sistema doméstico poderia ser compartilhada com outros usuários.
4.                Olhando sob a ótica do desenvolvimento sustentável, há também grande vantagem, pois a energia solar é limpa e infinita. Usada em larga escala, diminui a dependência por fontes sujas, como o carvão, grande emissor de CO2, o principal gás causador do aquecimento global
5.                O aspecto do aquecimento da economia também teria sua fatia de ganho: incentivando esse mercado, haveria o aumentando na demanda por placas foltovoltaicas, portanto os investidores teriam seus lucros; haveria mais investimentos em pesquisas para o desenvolvimento de equipamentos mais eficazes; linhas de crédito seriam criadas para a compra desses equipamentos, gerando lucro também para os bancos; e novos empregos seriam criados.
Por outro lado, esse tipo de iniciativa ameaça o controle de um mercado com grande potencial de crescimento: o das energias limpas. Tornar os consumidores independentes de um provedor acaba com a possibilidade de apenas um grande jogador abocanhar sozinho todo o pote de ouro. Nós brasileiros sabemos muito bem como essas coisas funcionam. E são modelos mentais ultrapassados como esse que justificam investimentos como o de Belo Monte e a “privatização do sol” espanhol.
artigo recebido por e-mail e referenciado no site: http://mercadoetico.terra.com.br/

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