sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Comunicado Sindel: SUBSÍDIO DE ESTUDO A DESCENDENTES 45% DOS TRABALHADORES FICAM DE FORA…

Enquanto no Auditório da nova sede decorria uma conferência sobre o país do maior acionista da empresa, tinha lugar (numa sala de reuniões em que não cabem, em condições de conforto, todos os elementos que compõem as comissões dos vários sindicatos) mais uma reunião plenária para negociação do subsídio de estudo para descendentes.
Foi ontem, dia 26 de outubro de 2016, um dia que para nós fica na História (e que triste História): a EDP, claramente imbuída já do espírito do centralismo
maoísta, tomou a posição surpreendente de apresentar uma proposta final (não muito diferente da sua proposta anterior, já rejeitada pelo SINDEL) e declarar que a negociação não só não passava deste dia como, se os Sindicatos não aceitassem a sua proposta, a Empresa aplicaria por ato de gestão o que está no
ACT, mesmo com o reconhecido texto indevidamente publicado e incompleto! O que, na prática, retira a 45% dos trabalhadores elegíveis o direito ao benefício contratual do Subsídio de Estudo.
OBVIAMENTE QUE O SINDEL REJEITOU esta posição unilateral da EDP! Porque é injusta; e porque não houve um único associado do SINDEL que nos transmitisse uma opinião positiva sobre esta proposta!
O que se passou nesta reunião não é para esquecer mas é indigno de ser relatado. No entanto – e já que o clima está alterado – abramos uma exceção e contrariemos os nossos princípios.
Para vos dizer, caros associados, da arrogância e prepotência; do desprezo pelas posições e pelas intervenções dos representantes dos trabalhadores – que mais não fazem do que veicular a opinião destes;
da imposição pura e simples de condições; da clara manifestação de um repentino ataque de surdez profunda… Um comportamento intolerável, que vai contra todos os modelos que devem nortear o relacionamento entre uma empresa e os seus trabalhadores!
Perante isto, a delegação do SINDEL levantou-se. Mas ainda ficou na sala o tempo necessário para confirmar que – após uma hora de silêncios e discórdias – o que nesse preciso momento se iniciava era mesmo o sinal de que os “ventos de mudança” sopram arrasadores. As voltas que a vida (e a postura nela) dá…
Ao que julgamos saber a maioria dos restantes sindicatos presentes deu o acordo à proposta da EDP.

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