Notícia Dinheiro Vivo
A polémica estalou com a entrevista de Abebe Selassie, na segunda-feira. Olhando para Portugal, o chefe de missão do FMI disse estar "desapontado" com os preços da luz e das telecomunicações, acrescentando à Lusa: "Se não responderem às condições económicas, teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas."
A resposta veio rápida: em comunicado conjunto, as operadoras de telecomunicações acusaram o FMI de desconhecer o mercado, garantindo, pela voz da sua associação, a Apritel, que os preços estavam abaixo da média europeia (ver quadro). "Só um profundo desconhecimento deste sector em Portugal pode justificar a ligeireza das afirmações proferidas, o que constitui um motivo de preocupação para a Apritel não só do ponto de vista do sector como do país, tendo em conta outros desafios que Portugal enfrenta", reagiu Ana Paula Marques, presidente da associação.
Agora, e em resposta a um pedido de esclarecimento do Dinheiro Vivo, o FMI tira as dúvidas: baixar o preço destes serviços é essencial para o programa de reformas em Portugal.
"A competitividade é um elemento essencial no programa de reformas", garante fonte oficial do Fundo Monetário Internacional, "incluindo o esforço de cortar custos em indústrias de rede como a energia e as telecomunicações". Por isso, e apesar das críticas das operadoras, o assunto estará presente no relatório da sétima avaliação, que está a ser finalizada pela troika, em que estarão as prioridades de reforma para os próximos trimestres. "Teremos a oportunidade de voltar a discutir o assunto", diz o Fundo Monetário Internacional ".
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