A CT da Distribuição tomou uma posição de solidariedade de classe e de mensagem da unidade entre trabalhadores precários e efetivos. Eis o comunicado divulgado hoje nos locais de trabalho:
COMUNICADO DA COMISSÃO DE TRABALHADORES
Realizaram-se, recentemente, protestos públicos de trabalhadores dos call centers que prestam serviço na EDP, na sua maioria jovens e com elevada instrução, reclamam a entrada numa empresa do Grupo EDP.
Estes trabalhadores desempenham um papel muito importante para o Grupo. Muitos estão na primeira linha de contacto com os clientes desempenhando uma tarefa estratégica e vital ao bom desempenho das actividades da EDP.
As suas tarefas são permanentes e são necessárias todos os dias, todos os meses, todos os anos. As suas tarefas são indissociáveis do sucesso da EDP no mercado de energia.
Tarefas estratégicas e permanentes devem ser enquadradas no normal desenvolvimento empresarial da EDP. Assim, faz todo o sentido e plena justificação empresarial e social que estes trabalhadores façam parte de uma empresa do Grupo abrangida pelo nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Tal como muitas outras.
A permanência dos trabalhadores em regime de subcontratação é uma injustiça que urge ser corrigida. A subcontratação submete estes trabalhadores a contratos precários e salários míseros que faz da sua vida uma instabilidade desnecessária da qual a EDP nada beneficia.
O futuro da EDP não pode assentar na injustiça!
Uma empresa que quer ser “socialmente responsável” só pode reconhecer aquilo que é evidente: estes trabalhadores desempenham uma função vital e devem ser integrados no Grupo EDP. Essa sim seria uma justa “prenda de Natal”!
A Comissão de Trabalhadores da EDP Distribuição manifesta publicamente a sua solidariedade com estes trabalhadores.
Lisboa, 20/12/2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
TVI anuncia hoje nova venda de 300 milhões de euros de défice tarifário
imagem site revista visão |
A EDP anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo para a venda de 299,4 milhões de euros do défice tarifário em Portugal.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a elétrica liderada por António Mexia adianta que a EDP Serviço Universal e a EDP Distribuição chegaram hoje a acordo para a venda de um total de 299,4 milhões de euros do défice tarifário em Portugal.
A EDP Serviço Universal fechou acordo para a venda de «uma parcela de 149,6 milhões de euros e respetivos juros, relativa ao défice tarifário de 2012, que resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2012 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2010 e 2011)».
A EDP Distribuição chegou a um entendimento para a venda do «direito a recuperar o valor do ajustamento anual, referente a 2011, da compensação devida pela cessação antecipada dos contratos de aquisição de energia, que foi objeto de diferimento em 2013 para 2014, no montante de 149,8 milhões de euros, acrescido de juros».
A EDP Serviço Universal é um comercializador de último recurso do sistema elétrico português e a EDP Distribuição é concessionária e operadora da Rede Nacional de Distribuição de energia elétrica.
A EDP Serviço Universal e a EDP Distribuição são ambas detidas a 100% pelo grupo EDP."
1.375€ acordo na energia e outras matérias em comunicado da Fiequimetal
" Na reunião negocial de 18/12/2013, no que concerne ao Clausulado Geral do ACT/EDP, a CNS/Fiequimetal deu acordo de princípio à Cláusula 20ª. – Período normal de trabalho; Cláusula 51ª. - Regime [Desempenho temporário de funções]; e à Cláusula 73ª. - Efeitos da cessação do contrato no direito a férias. Neste contexto, estão acordadas 79 das 122 Cláusulas propostas para integrar o novo ACT/EDP.
Relativamente à negociação do benefício no consumo de eletricidade para trabalhadores, reformados e pensionistas, foi possível fazer com que a empresa se aproxima-se satisfatoriamente da posição defendida pela CNS/Fiequimetal, posição enquadrada no espírito de que o substancial do direito prevaleceria neste acordo, o que acaba por se concretizar, no integral respeito pelas opiniões manifestadas pelos trabalhadores que consultamos durante as várias fases da negociação. A empresa passará a conceder aos trabalhadores, reformados e pensionistas um desconto até 80% no valor total da sua fatura de eletricidade, com um limite anual de 1.375,00€. Caso este valor não seja atingido, a diferença não poderá acumular para o ano seguinte.
O local de consumo terá que ser a morada de residência dos beneficiários, que deverão figurar no contrato de fornecimento como outorgante-consumidor, e cuja potência contratada não pode ser superior a 20,7 KvA. O período anual de consumo a considerar será o da faturação de janeiro a dezembro.
Por imperativo colocado pela CNS/Fiequimetal, no sentido de manter o valor real do benefício, a EDP aceita adotar um mecanismo de atualização agregado ao Índice de Preços ao Consumidor, emitido pelo INE.
No seu interesse, os trabalhadores devem enviar a leitura dos contadores até ao dia 27 de dezembro, através do número de suporte existente para o efeito: 800507507.
Respondendo ao interesse de um vasto número de beneficiários com o direito relativo à energia elétrica suspenso, por variadas situações, a CNS/Fiequimetal apresentou à EDP uma proposta de solução para estes casos, que passa pela reposição do direito aos interessados, que deverão retomar a aplicação do beneficio à data em que o mesmo foi suspenso. A empresa comprometeu-se a ter em boa conta o assunto.
Pelo interesse do assunto abordado nesta nota, brevemente emitiremos informação mais detalhada. Para responder às questões que os trabalhadores pretendam ver melhor esclarecidas, sobretudo energia e tabela salarial/2014, realizaremos plenários e visitas aos locais de trabalho nas primeiras semanas de 2014.
A próxima reunião de negociações do ACT/EDP realiza-se em 8 de janeiro, de 2014.
Face à época festiva que se aproxima, a CNS/Fiequimetal deseja a todos os trabalhadores do Grupo EDP,
Boas Festas e um Bom Ano de 2014.
Lisboa, 18 dezembro.2013
A CNS/Fiequimetal "
Comunicadodo Sindel sobre acordo na energia
" Na reunião Plenária de hoje, dia 18/12/2013, foi finalmente alcançado um acordo sobre a nova forma da concessão da energia elétrica a preços reduzidos que, pela urgência, será aplicado a partir de Janeiro de 2014, através de protocolo, mas que será consagrada nos acordos de princípio da negociação do novo ACT para o Grupo EDP.
Este acordo abrange somente os trabalhadores com ACT, mantendo o SINDEL a sua posição da necessidade de atualização do valor máximo anual também para os trabalhadores do PlanoFlex.
O acordo foi alcançado com um limite anual (ano civil) de 1.375,00 Euros... "
(Clique aqui e leia todo o comunicado do Sindel)
Este acordo abrange somente os trabalhadores com ACT, mantendo o SINDEL a sua posição da necessidade de atualização do valor máximo anual também para os trabalhadores do PlanoFlex.
O acordo foi alcançado com um limite anual (ano civil) de 1.375,00 Euros... "
(Clique aqui e leia todo o comunicado do Sindel)
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Trabalhadores de call centers que servem a EDP reclamam integração na empresa
Notícia Jornal Público
Toda a informação no site da Comissão Sindical da Randstad
" São “a voz da EDP” no atendimento aos clientes e por um dia saíram à rua para “dar a cara” por melhores condições laborais. Os trabalhadores de trêscall centers que prestam serviço à eléctrica portuguesa manifestaram-se nesta segunda-feira em frente à sede da EDP, em Lisboa, para reclamar a integração no grupo liderado por António Mexia e exigir “estabilidade e direitos no trabalho”.
Em causa estão os trabalhadores de três centros de atendimento (Lisboa, Odivelas e Seia – os dois primeiros da empresa Tempo Team/Randstad e o terceiro da Redware/Reditus).
Em greve nesta segunda-feira, contestam o facto de não estarem vinculados à EDP, mas a empresas prestadoras de serviço, que dizem ser intermediárias na operação. “Não compreendemos por que é que a EDP não pode assumir este serviço como permanente e adstrito a si”, diz ao PÚBLICO Anna Catarino, trabalhadora da Tempo Team/Randstad e representante do Sindicato das Industrias Eléctricas do Sul e das Ilhas (SIEDI). Questionada sobre a adesão à greve, Anna Catarino disse não ter informações disponíveis.
A concentração juntou algumas dezenas de trabalhadores dos três call centers, que distribuíam panfletos com as suas reivindicações a quem passava junto à sede da empresa. “Sem nós a EDP não poderia cumprir as suas obrigações para com os clientes. O que significa que somos imprescindíveis para a sua actividade. Mas estamos afastados dos quadros da EDP e dos direitos daí emergentes. Somos subcontratados. Somos ‘a rapaziada das empresas dos call centers’. Uma espécie de meras mercadorias…”, afirmam nesse texto.
Para a representante sindical, a EDP deve assumir “estes postos de trabalho como efectivos, como seus”. Uma posição enfatizada pelo secretário-geral da CGTP, presente na concentração. Ao PÚBLICO, Arménio Carlos referiu que são “mais de dois mil” os trabalhadores que, muitos deles a contrato a termo certo ou incerto, dão a voz pela EDP, mas que não pertencem à empresa. “Todos os dias são solicitados a fazer o seu melhor para prestigiar a EDP. Como é que se justifica que, perante isto, a empresa não os integre nos seus quadros?”.“Em vez de pagar aos trabalhadores e trabalhadoras salários idênticos àqueles que paga na EDP, [as prestadoras de serviços] pagam-lhes 485 euros ou 600 euros… Isto é inadmissível”, afirmou, considerando que a eléctrica portuguesa está a apostar num “modelo de baixo valor acrescentado”.
“Catroga, Mexia, suga a nossa energia”, “Porquê, porquê, não somos EDP?” eram as palavras de ordem que se repetiam entre os apupos e gritos que, por momentos, abafavam o pára-arranca dos carros a circular na rotunda do Marquês de Pombal. Numa lona virada para a sede da eléctrica podia ler-se: “EDP-Randstad fomenta a precariedade através da entrega de actividade a prestadores de serviços”. Lá atrás, uma mensagem em folhas A4 coladas nas costas de alguns trabalhadores: “Sinta a nossa ironia”.
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Toda a informação no site da Comissão Sindical da Randstad
" São “a voz da EDP” no atendimento aos clientes e por um dia saíram à rua para “dar a cara” por melhores condições laborais. Os trabalhadores de trêscall centers que prestam serviço à eléctrica portuguesa manifestaram-se nesta segunda-feira em frente à sede da EDP, em Lisboa, para reclamar a integração no grupo liderado por António Mexia e exigir “estabilidade e direitos no trabalho”.
Em causa estão os trabalhadores de três centros de atendimento (Lisboa, Odivelas e Seia – os dois primeiros da empresa Tempo Team/Randstad e o terceiro da Redware/Reditus).
Em greve nesta segunda-feira, contestam o facto de não estarem vinculados à EDP, mas a empresas prestadoras de serviço, que dizem ser intermediárias na operação. “Não compreendemos por que é que a EDP não pode assumir este serviço como permanente e adstrito a si”, diz ao PÚBLICO Anna Catarino, trabalhadora da Tempo Team/Randstad e representante do Sindicato das Industrias Eléctricas do Sul e das Ilhas (SIEDI). Questionada sobre a adesão à greve, Anna Catarino disse não ter informações disponíveis.
A concentração juntou algumas dezenas de trabalhadores dos três call centers, que distribuíam panfletos com as suas reivindicações a quem passava junto à sede da empresa. “Sem nós a EDP não poderia cumprir as suas obrigações para com os clientes. O que significa que somos imprescindíveis para a sua actividade. Mas estamos afastados dos quadros da EDP e dos direitos daí emergentes. Somos subcontratados. Somos ‘a rapaziada das empresas dos call centers’. Uma espécie de meras mercadorias…”, afirmam nesse texto.
Para a representante sindical, a EDP deve assumir “estes postos de trabalho como efectivos, como seus”. Uma posição enfatizada pelo secretário-geral da CGTP, presente na concentração. Ao PÚBLICO, Arménio Carlos referiu que são “mais de dois mil” os trabalhadores que, muitos deles a contrato a termo certo ou incerto, dão a voz pela EDP, mas que não pertencem à empresa. “Todos os dias são solicitados a fazer o seu melhor para prestigiar a EDP. Como é que se justifica que, perante isto, a empresa não os integre nos seus quadros?”.“Em vez de pagar aos trabalhadores e trabalhadoras salários idênticos àqueles que paga na EDP, [as prestadoras de serviços] pagam-lhes 485 euros ou 600 euros… Isto é inadmissível”, afirmou, considerando que a eléctrica portuguesa está a apostar num “modelo de baixo valor acrescentado”.
“Catroga, Mexia, suga a nossa energia”, “Porquê, porquê, não somos EDP?” eram as palavras de ordem que se repetiam entre os apupos e gritos que, por momentos, abafavam o pára-arranca dos carros a circular na rotunda do Marquês de Pombal. Numa lona virada para a sede da eléctrica podia ler-se: “EDP-Randstad fomenta a precariedade através da entrega de actividade a prestadores de serviços”. Lá atrás, uma mensagem em folhas A4 coladas nas costas de alguns trabalhadores: “Sinta a nossa ironia”.
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sábado, 14 de dezembro de 2013
EDP entre as elétricas obrigadas a assumir défice tarifário em Espanha
Notícia site expresso:
"A decisão é do Supremo Tribunal espanhol. O défice tarifário das cinco maiores fornecedoras do mercado ascende a 26 mil milhões.
Vítor Andrade
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Eletricidade aumenta 2,8% - mais um passo na destruição do serviço público de energia
Notícia site dinheirovivo.pt:
Está confirmado. O preço da luz vai mesmo subir 2,8% em janeiro de 2014, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Está assim aprovada, pelo conselho tarifário, a proposta do regulador apresentada a 15 de outubro e que se reflete em mais 1,21 euros por mês numa conta média mensal de 46,5 euros (já com IVA a 23%).Este aumento abrange apenas os consumidores que estão no mercado regulado - cerca de quatro milhões que são clientes da EDP Serviço Universal - e que neste momento têm já as chamadas tarifas transitórias que são temporárias porque vão acabar de vez em 2016, quanto todos os consumidores estiverem no mercado livre.
Por serem transitórias estas tarifas são também revistas trimestralmente e a cada revisão podem subir, ficar iguais ou descer, ao longo do ano. Até agora, a eletricidade subiu apenas em janeiro e o preço manteve-se em todas revisões trimestrais.
A ERSE confirmou também o aumento de 1% da tarifa social para os consumidores domésticos com menos rendimentos, ou seja, mais 23 cêntimos por mês numa fatura mensal de 23,5 euros (já com o IVA a 23% incluído). Contudo, esta tarifa não é transitória e, por isso, mantém-se o ano inteiro.
A ERSE publicou hoje as tarifas finais de eletricidade para o próximo ano, confirmando a proposta já divulgada a 15 de outubro
Notícia site dinheirovivo.pt:
Está confirmado. O preço da luz vai mesmo subir 2,8% em janeiro de 2014, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Está assim aprovada, pelo conselho tarifário, a proposta do regulador apresentada a 15 de outubro e que se reflete em mais 1,21 euros por mês numa conta média mensal de 46,5 euros (já com IVA a 23%).Este aumento abrange apenas os consumidores que estão no mercado regulado - cerca de quatro milhões que são clientes da EDP Serviço Universal - e que neste momento têm já as chamadas tarifas transitórias que são temporárias porque vão acabar de vez em 2016, quanto todos os consumidores estiverem no mercado livre.
Por serem transitórias estas tarifas são também revistas trimestralmente e a cada revisão podem subir, ficar iguais ou descer, ao longo do ano. Até agora, a eletricidade subiu apenas em janeiro e o preço manteve-se em todas revisões trimestrais.
A ERSE confirmou também o aumento de 1% da tarifa social para os consumidores domésticos com menos rendimentos, ou seja, mais 23 cêntimos por mês numa fatura mensal de 23,5 euros (já com o IVA a 23% incluído). Contudo, esta tarifa não é transitória e, por isso, mantém-se o ano inteiro.
A ERSE publicou hoje as tarifas finais de eletricidade para o próximo ano, confirmando a proposta já divulgada a 15 de outubro
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Interessante iniciativa de diminuição de risco em subida de postes
A Distribuição lançou uma interessante iniciativa para melhorar a segurança de subida de postes de grande dimensão.
Este problema, que cada vez se coloca mais a nós trabalhadores da rede e aos dos PSE, tem aqui um contributo positivo para a melhoria da segurança no trabalho.
O filme está na intranet encontra-se neste link, aceda-o clicando aqui.
Este problema, que cada vez se coloca mais a nós trabalhadores da rede e aos dos PSE, tem aqui um contributo positivo para a melhoria da segurança no trabalho.
O filme está na intranet encontra-se neste link, aceda-o clicando aqui.
domingo, 8 de dezembro de 2013
electricistas vão restaurando, ilegalmente, a energia em muitas casas...
O caso da Grécia está a ser dramático, clique aqui e leia a página que o Jornal Público publica aqui hoje sobre o caso. Temos que pensar sobre isto...
"Kostas Ioannidis, que deve um total de 2700 euros, e não consegue pagar os 150 euros negociados com a companhia de electricidade — está desempregado e o único rendimento da família são 250 euros da reforma da mãe e da pensão de invalidez da mulher. Já teve a luz cortada duas vezes. Da última, decidiu voltar a ligá-la. Fê-lo sozinho, e como não conseguiu disfarçar a manobra ilegal no contador, espera uma pena pesada caso seja descoberto. “O próximo passo é a prisão”, diz. "
"Kostas Ioannidis, que deve um total de 2700 euros, e não consegue pagar os 150 euros negociados com a companhia de electricidade — está desempregado e o único rendimento da família são 250 euros da reforma da mãe e da pensão de invalidez da mulher. Já teve a luz cortada duas vezes. Da última, decidiu voltar a ligá-la. Fê-lo sozinho, e como não conseguiu disfarçar a manobra ilegal no contador, espera uma pena pesada caso seja descoberto. “O próximo passo é a prisão”, diz. "
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Tugaleaks denuncia "ilegalidades" várias nos callcenters da EDP
Segundo o site Tugaleaks, " nos callcenters da EDP existe precariedade, pressões e ilegalidades laborais
Autor: Rui Cruz
Na EDP o slogan é “a nossa energia”. Embora a energia seja chinesa em mais de 20%, os trabalhadores são Portugueses e queixam-se de graves irregularidades laborais.
Ao Tugaleaks chegaram várias denúncias nas últimas semanas sobre a EDP e o seu serviço de apoio ao cliente. Já no passado havia sido reportado que o mercado liberalizado da EDP tinha efectuado contratos sem a assinatura dos interessados, com vista a alterar do mercado de preço fixo para o mercado liberalizado alguns clientes insatisfeitos., mas o problema parece estender-se para lá desta situação.
Em Lisboa existem vários callcenters da EDP, alguns com equipas de backoffice que tratam e outros com atendimento ao cliente. Os callcenters em Lisboa situam-se em Odivelas (com promessa de se mudarem para a Expo há um ano, segundo fontes informaram ao Tugaleaks) e o da Quinta das Conchas. Existe ainda um Callcenter em Seia.
Todos estes callcenters trabalham com empresas de trabalho temporário, empregando centenas, se não milhares, de empregadores precário. Pela “nossa energia” empresas como a Randstad e Reditus contratam e seleccionam pessoas em nome da EDP para os seus callcenters.
Horas extra sob pressão em “ticket”
Quem faz horas extra na EDP não as vê no seu ordenado. Quando existem tempestades, o volume de trabalho aumenta devido às avarias. Existem pessoas deslocadas de outras linhas que atendem habitualmente para atender as avarias. A estas pessoas são propostas horas de trabalho em Ticket Restaurant, que não entra para os descontos. As pessoas que se recusam a fazer horas são abordadas pela chefia com informações de que “só faz quem quer, mas na altura da renovação de contrato a empresa dá privilégio a quem colabora mais”.
São por vezes ultrapassadas as 10 horas legais, no entanto como são pagas em Ticket Restaurant nunca são visíveis na folha de vencimento.
Existem pessoas casadas e com filhos a ultrapassar as 10 horas diárias.
São por vezes ultrapassadas as 10 horas legais, no entanto como são pagas em Ticket Restaurant nunca são visíveis na folha de vencimento.
Existem pessoas casadas e com filhos a ultrapassar as 10 horas diárias.
Abdicar da hora de refeição e intervalos escassos
No Callcenter de Odivelas e possivelmente outros é frequente pedirem para “abdicar da hora de refeição” quando existe um fluxo maior de chamadas ao mesmo tempo que pedem mais horas. Para os intervalos existe sempre uma fila bastante grande de pessoas em que apenas uma ou duas pode ir ao intervalo ao mesmo tempo.
Há mesmo relatos de pessoas menstruadas com fluxo elevado em que, quando finalmente podem ir a intervalo e se levantam, encontram quase que uma “poça” de sangue na cadeira.
Há mesmo relatos de pessoas menstruadas com fluxo elevado em que, quando finalmente podem ir a intervalo e se levantam, encontram quase que uma “poça” de sangue na cadeira.
Posto de trabalho
O posto de trabalho em si é feito com uma grande pressão. Quando o telefone “toca”, a pessoa tem apenas dois segundos para atender o telefone. O tempo médio de uma chamada de uma avaria, independentemente do problema, da idade da pessoa ou do nível de compreensão desta, é de cerca de três minutos. A isto chama-se TMA (Tempo Médio de Atendimento).
Quando a média de chamadas é superior ao máximo exigido pela EDP, as pessoas não um prémio no vencimento, seja por culpa do cliente ou do operador.
Quando ligar para a EDP, lembre-se de ser breve, ou pode estar a prejudicar uma pessoa sem sequer se aperceber.
O Tugaleaks contactou a EDP para obter comentários sobre as condições de trabalho da empresa, nomeadamente quantas pessoas estão efectivas na EDP nos seus callcenters e quantos empregados existem actualmente por empresas de trabalho temporário, mas até ao moento não foram obtidas respostas. "
Quando a média de chamadas é superior ao máximo exigido pela EDP, as pessoas não um prémio no vencimento, seja por culpa do cliente ou do operador.
Quando ligar para a EDP, lembre-se de ser breve, ou pode estar a prejudicar uma pessoa sem sequer se aperceber.
Reformas antecipada, comunicado do SIESI
Ataque do Governo às pensões de reforma aconselha que não sejam solicitadas, sem informação do Sindicato, passagens à reforma antecipada, ao abrigo disposto no ACT
O governo aprovou na Assembleia da República uma alteração à lei de bases da segurança social que põe em causa a segurança do cálculo do valor das pensões de reforma, ao mesmo tempo que lhe possibilita a qualquer momento alterar a idade de acesso à reforma.
Na sua fúria de tornar os trabalhadores nos pagadores da crise, o governo procura desta forma cortar os direitos que fomos constituindo ao longo dos anos através das nossas contribuições para a Segurança Social e que nos permitiam assegurar o nosso período de reforma.
Na sua proposta (em debate na Concertação Social), o governo prevê a hipótese de um aumento da idade de reforma, e uma nova fórmula do cálculo do fator de sustentabilidade.
Estas medidas, quando aplicadas aos trabalhadores que solicitem a sua passagem à situação de reforma antecipada, ao abrigo do ACT EDP/REN (cláusula 112ª), podem lesar severamente o valor total líquido da pensão de reforma dos trabalhadores.
Nesse sentido, o Sindicato exige que se faça um debate sério sobre a questão das reformas e do futuro da Segurança Social, tal como o exigiram os milhares de trabalhadores que subscreveram o Abaixo-assinado recentemente entregue na Assembleia da Republica.
Estamos atentos ao desenvolver de mais esta tentativa de diminuição dos rendimentos dos trabalhadores e irá debater com TODOS as implicações que possam advir de qualquer modificação do quadro legal em vigor.
O Sindicato aconselha que, neste contexto, nenhum trabalhador faça o seu pedido de passagem à Reforma Antecipada sem antes contactar o Sindicato, para possibilitar o seu completo esclarecimento à luz dos dados conhecidos.
Esta matéria terá, em tempo útil, debate em sede da revisão do ACT em curso, considerando as implicações que pode trazer, também, para os trabalhadores que já estão na situação de Pré-Reforma/Reforma Antecipada.
Logo que existam desenvolvimentos que permitam uma informação com todos os elementos disponíveis será emitido novo comunicado.
OS NOSSOS DIREITOS TÊM DE SER RESPEITADOS!
Para o esclarecimento de qualquer dúvida contacta o Sindicato ou o Dirigente/Delegado que acompanha o teu local de trabalho.
5 de Dezembro de 2013
A Direcção
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Valores de eletricidade entre 1250 e 1500 euros
Denúncia e negociação do ACT/EDP |
Na reunião negocial do ACT/EDP, ocorrida hoje (04/12/2013), a CNS/Fiequimetal deu acordo à Cláusula 31ª. – Trabalho a meio tempo e tempo parcial; à Cláusula 82ª. – Efeitos das faltas justificadas; e à Cláusula 89ª. - Sanções disciplinares. No conjunto das 122 Cláusulas do ACT em negociação, até este momento demos acordo a 76 Cláusulas, significando que há ainda 46 sem acordo por, manifestamente, comportarem maior diferença entre posições.
No reatamento da negociação dos valores de eletricidade, a EDP disse esperar que os sindicatos renovassem as suas posições, uma vez que as mesmas ainda estavam muito afastadas da realidade desejável para enquadrar o direito em apreço. Lembrou ainda que a resposta das organizações sindicais à sua reformulação não foram equilibradas e não tiveram em consideração o esforço da empresa.
Na resposta, a CNS/Fiequimetal não desconsidera "o esforço da empresa" , mas entende que a mesma está ainda afastada dos valores desejáveis e possíveis, o que deve motivar a CN/EDP a evoluir para uma posição consentânea com a que a CNS/Fiequimetal tem demonstrado à Mesa, possibilitando um entendimento justo sobre o direito em negociação.
A CN/EDP reconsiderou a sua posição e, desafiando os sindicatos a evoluírem num valor idêntico àquele que iria anunciar, subiu dos 1.100 para 1.200 Euros. Disse ainda estar muito próxima do valor que considera ajustado, tendo em conta o histórico de consumos.
A CNS/Fiequimetal, ciente da importância de manter a linha de negociação num patamar de reciprocidade, evoluiu a sua posição para 1.550 Euros. Disse ainda que tem condições de evoluir um pouco mais caso a empresa também tenha abertura para o fazer.
A CN/EDP, depois de repetir o apelo de que estava muito perto do consumo considerado adequado às necessidades dos trabalhadores, reformulou a sua posição para 1.250 Euros.
A CNS/Fiequimetal, seguida da generalidade das organizações presentes, colocou a sua posição nos 1.500 Euros, aguardando resposta da empresa.
A CN/EDP informou não ter por hoje mais espaço para continuar a negociação e encerrou a sessão, prosseguindo a mesma no dia 18/12/2013, pelas 14,30 horas.
Esta fase da negociação, que sabemos difícil, deve merecer um acompanhamento mais atento dos trabalhadores, que resulte num apoio mais efetivo à CNS/Fiequimetal para, assim, evitarmos que direitos fundamentais sejam reduzidos ou mesmo eliminados. Todos ganharemos com o reforço de participação dos trabalhadores da EDP no processo negocial do ACT! Lisboa, 04 dezembro 2013
A CNS/Fiequimetal
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