Uma explosão num posto de transformação subterrâneo da Praça D. Filipa de Lencastre, entre o Túnel de Ceuta e o Hotel Infante Sagres, no Porto, provocou dois feridos, ambos trabalhadores da EDP, que procediam a trabalhos de manutenção naquela infra-estrutura.
Os dois feridos, um considerado grave, foram socorridos pela equipa de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João e transportados para aquela unidade de saúde. "Um ferido, do sexo masculino e com 38 anos, apresenta queimaduras em 20% do corpo, predominantemente na face e no pescoço", adianta João Marques, da assessoria de imprensa do INEM, aonde o alerta chegou às 17h43. E acrescenta: "Essa vítima teve necessidade de ser entubada e ventilada".
O outro ferido é um trabalhador de 36 anos, que sofreu queimaduras de 1.º grau ao nível da face.
A explosão terá ocorrido durante trabalhos de manutenção no posto de alta tensão, com seis metros de profundidade, onde os funcionários procediam à colocação de tubagens novas. A explosão foi sentida na praça onde, cerca de uma hora depois, persistiam o fumo e um forte cheiro a queimado.
João Noverça Trindade, gerente do restaurante Reco da Baixa, veio para a rua quando ouviu a explosão e viu dois trabalhadores sairem do posto pelo seu pé. "Um deles tinha a roupa destruída e um grande papo no tronco", contou ao PÚBLICO.
Joaquim Teixeira, chefe do Batalhão de Sapadores do Porto, explica que, quando os bombeiros chegaram ao local, os feridos já se encontravam à superfície. Os socorristas tiveram que esperar que uma equipa da EDP assegurasse que tinha cortado a corrente no local para poderem intervir. Foram utilizadas mangueiras de ventilação "para desfumar o poço" e, uma vez lá em baixo, os bombeiros encontraram "um resquício de incêndio", que extinguiram. Joaquim Teixeira considera provável que tenha ocorrido um curto-circuito quando os trabalhadores no interior do posto de transformação ligaram a corrente.
Estiveram no local quatro viaturas dos Sapadores do Porto e um total de 17 homens.
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