As funções de topo das empresas - administradores, diretores gerais - são as que este ano estão a ter maiores subidas de salários. A perder poder de compra estão os comerciais e os operários, revela o estudo Mercer Total Compesation Portugal 2014.
Ao contrário dos anos anteriores, os administradores, diretores gerais e diretores de 1ª linha viram o nível salarial aumentar em 2014 (entre 3,31% e 1,64%). A exceção vai para os comerciais e operários, que apresentam uma variação negativa de -0,14% e -1,41% respetivamente, indica o estudo "Mercer Total Compesation Portugal 2014", elaborado pela consultora Mercer.
A generalidade das famílias analisadas pelo estudo beneficiou de ligeiros incrementos salariais (entre 1,18% e 1,56%), tendo sido superiores aos observados em 2013 (entre 1,09 e 1,24%). Para 2015, a Mercer perspetiva que essa variação positiva se mantenha entre 1,23% e 1,40%.
A recuperação salarial das profissões de topo costuma acontecer, segundo Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer, em períodos de recuperação da atividade económica e verifica-se uma tendência para uma maior penalização dos níveis funcionais com maior responsabilidade em períodos de crise.
O mesmo estudo da Mercer revela que 19% das empresas preveem aumentar o número de trabalhadores e que 8% preveem diminuir. Mas a grande maioria, 73% das organizações, afirma que irá manter o número de colaboradores em 2014. Para 2015, estima-se que o número de empresas que pretendem aumentar o seu quadro de pessoal mantenha a tendência deste ano (19%).
Para este estudo foram analisados 106.445 postos de trabalho em 302 empresas do mercado português. A amostra é constituída por empresas multinacionais (60%), empresas nacionais privadas (39%) e uma minoria de empresas públicas (1%).
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