Foto e notícia Lusa / Jornal Público de hoje:
"Pai do secretário de Estado da Energia é consultor da EDP desde 2013
Denúncia feita por Manuel Champalimaud foi confirmada por fonte oficial da eléctrica
Artur Trindade assumiu a pasta da Energia em Abril de 2012
O pai do secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, é consultor da EDP desde 2013, confirmou à Lusa fonte oficial da elétrica, na sequência de uma denúncia feita pelo empresário Manuel Champalimaud.
Confrontado com esta informação, o governante recusou fazer comentários, enquanto o pai remeteu esclarecimentos para mais tarde.
Fonte oficial da EDP confirmou que o pai do secretário de Estado da Energia, que também se chama Artur Trindade, é consultor externo da EDP desde 2013, no âmbito de comité de autarquias, órgão criado em 2012.
"A EDP considera que a sua longa experiência autárquica é uma mais-valia no estabelecimento de relações de longo prazo entre as autarquias e o grupo", adianta fonte oficial da eléctrica liderada por António Mexia.
Manuel Champalimaud afirmou hoje que a EDP soube defender-se "politicamente" da contribuição extraordinária do sector energético (CESE), exemplificando com o facto de a empresa ter contratado "recentemente" o pai do secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.
Artur Trindade assumiu a pasta da Energia em Abril de 2012, sucedendo a Henrique Gomes, cuja saída foi explicada pela determinação do governante em rever as rendas às produtoras de electricidade, em especial à EDP.
O pai de Artur Trindade foi presidente da Câmara de Porto de Mós, eleito pelo PSD, e secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), cargo que deixou no final de 2013.
Manuel Champalimaud afirmou hoje que "a EDP soube defender-se politicamente", referindo que "o pai do senhor secretário de Estado que manda nesta coisa é director recente na EDP".
No final da assembleia-geral da REN, em que os accionistas aprovaram as contas de 2014, a aplicação dos resultados e os novos órgãos sociais, Manuel Champalimaud criticou que o Governo tenha alargado a contribuição extraordinária sobre o sector electroprodutor ao sector energético, penalizando empresas como a REN que não podem reflectir este imposto nos preços."
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