Parece que temos “vírus” na relação entre as Comissões Negociadores Sindicais e a EDP. É que, tal como na questão
do benefício dos trabalhadores na concessão de energia elétrica, também em outras matérias a EDP negoceia com os
Sindicatos e depois existem alguns “franco-interpretadores” que, tendo a mania que são os DDT (“Donos Disto Tudo”),
à revelia do acordado em sede própria querem impor as suas posições, decorrentes de leituras muito pessoais –
diríamos, mesmo, sui generis – do Acordo Coletivo de Trabalho.
São decerto os mesmos que durante anos lutaram para que o ACT não se aplicasse a todos os trabalhadores do Grupo
EDP. Serão igualmente aqueles que inventaram a fórmula do desconto na energia, que impede o cumprimento
integral do ACT. Para eles, constitui hobby “furar” o que está estabelecido e, “mais papistas que o Papa” – numa
atitude nada “religiosa”, aliás – parecem querer, a qual preço (será que há um preço?), prejudicar os trabalhadores do
Grupo.
Mas enfim, como acontece com muitos outros “DDT”, hão-de ver o seu projeto por terra; a razão e a legalidade vão
prevalecer e o ACT vai ser cumprido. A bem ou a mal.
Vêm estas nossas palavras a propósito das regras impostas pelo prestador do serviço complementar de saúde
constante no anexo VIII do ACT, ao impedir os beneficiários que têm outro subsistema de saúde de acederem aos
descontos nos medicamentos. Nas negociações do novo ACT este assunto nunca esteve em cima da mesa; o ACT
não diz isso e na Comissão de Acompanhamento este assunto nunca foi falado.
Mais uma vez, alguém achando-se mais competente que o Conselho de Administração Executivo – para todos os
efeitos o interlocutor dos Sindicatos nestas matérias – quer impor as suas regras e, unilateralmente, tenta sobrepor-se
ao decidido pelos parceiros no decurso da negociação.
O SINDEL não vai deixar que tal postura frutifique! Somos respeitadores dos acordos firmados. Exigimos que a outra
parte – a EDP – faça o mesmo! E acreditamos que o fará, desmascarando aqueles que abusivamente interpretam o
acordado em prejuízo dos trabalhadores!
Nesse sentido já solicitámos uma reunião com caráter urgente ao Presidente do Conselho de Administração Executivo,
Dr. António Mexia, a fim de discutirmos de uma vez por todas estas questões – que não são mais nem menos do que
atropelos puros ao ACT.
Brevemente daremos notícias dos resultados dessa reunião!
Lisboa 21 de dezembro de 2015
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