quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fiequimetal declara conclusão do processo de revisão salarial/2014

"No conforto de lucros superiores a mil milhões de euros, EDP apenas atribui aos salários dos trabalhadores um valor médio de 18 euros/mês!
Na derradeira reunião negocial hoje realizada, a CN/EDP, que durante o período negocial e ao longo das últimas seis semanas sempre expressou falta de vontade da administração para revalorizar os salários, fixou a sua posição em 1,17 por cento apesar de já conhecer os resultados económicos de 2013, que ultrapassarão largamente os mil milhões de euros.
Esta dourada realidade, se comparada com a adversa situação vivida pelos trabalhadores, podia e devia levar a um acordo ainda melhor que o verificado, apesar de o considerarmos razoável.
Conclusão do processo de revisão salarial/2014, nos seguintes termos:

  •  Aumento de 1,17% em todas as BR e Letras, com arredondamento ao euro superior;
  •  Aumento de 1,17% sobre a antiguidade, subsídio de alimentação, subsídio de horário especial contínuo, folgas rotativas, turnos e respetivos tetos;
  •  Aumento 1,17% no prémio de assiduidade e no respetivo complemento nas condições definidas anteriormente;
  •  Prémio de produtividade de 175 euros, pago de uma só vez e nas condições anteriormente definidas;
  •  Distribuição de lucros, no mínimo 50% da remuneração/base, desde que o trabalhador tenha um mínimo de seis meses de trabalho efetivo, sem faltas injustificadas e com avaliação de desempenho positiva; "

Leia aqui todo o comunicado e as respetivas tabelas em pdf.

Sindel anuncia acordo na tabela salarial

"O SINDEL chegou hoje a acordo com a EDP na negociação de Tabela Salarial e Cláusulas de Expressão Pecuniária para 2014. Este acordo contempla uma atualização na Tabela Salarial de 1,17%, arredondado ao Euro superior. As restantes cláusulas de expressão pecuniária e os tetos dos subsídios de turnos e folgas rotativas foram atualizadas na mesma percentagem e arredondados ao cêntimo.. Foi igualmente acordada a atribuição de um prémio de produtividade de 175,00 Euros, pago de uma só vez, nos mesmos moldes dos anos anteriores. O SINDEL declarou que este acordo deve ser aplicado a todos os trabalhadores do Grupo EDP, o que foi confirmado pela CN EDP. Não havendo possibilidade de pagar a atualização e os retroativos este mês, os mesmos serão pagos em Março." 
Veja todo o comunicado do Sindel clicando aqui.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Renováveis garantiram 91% da eletricidade consumida em janeiro

expresso.sapo.pt
"No mês de janeiro a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis garantiu 91% do consumo em Portugal Continental.
Os dados hoje revelados pela Associação de Energias Renováveis, que cita o levantamento mensal efetuado pela REN - Redes Energéticas Nacionais, indicam ainda que este é um recorde absoluto, em que os valores ficaram muito acima dos 64% registados em janeiro de 2013.
As barragens foram responsáveis por mais de metade daquele valor (51%) e as eólicas com a percentagem mais elevada de sempre (da ordem dos 35%).
António Sá da Costa, presidente da APREN, destaca o papel da engenharia portuguesa, sobretudo representada na REN, que consguiu prever e gerir grandes quantidades de eletricidade de origem renovável (intermitente por natureza), sem por em causa a segurança do abastecimento de todo o sistema nacional. "Também a este nível Portugal é já uma referência a nível internacional", remata".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/renovaveis-garantiram-91-da-eletricidade-consumida-em-janeiro=f855516#ixzz2tFQ3S5JP


TABELA SALARIAL 2014 – AINDA SEM ACORDO

"Esperava-se na reunião de hoje que a EDP convergisse no sentido do acordo final.
Infelizmente tal não aconteceu!
A EDP reafirmou estar muito próximo dos seus limites e apresentou uma nova proposta de
0,8%. O SINDEL reformulou a sua posição para 2,05%.
Após várias interrupções, a EDP afirmou não ter condições de reformular novamente a sua
proposta.
O SINDEL vê com apreensão o desenrolar do processo. A EDP tem condições, de toda a
ordem, económica, financeira etc. para apresentar os valores que façam convergir as negociações
para um acordo final.
Os trabalhadores da EDP merecem esse esforço por parte da Empresa!"

EDP estreita caminhos de entendimento num "faz-de-conta" negocial.

"Decorreu hoje, 12 de fevereiro, a 5.ª sessão negocial para a tabela salarial/2014, na qual participou a CNS/Fiequimetal.
A "evolução" da parte da CN/EDP foi praticamente insignificante - apenas um irrisório décimo -, tendo-se já verificado idêntica posição na reunião anterior.
A Empresa continua a procurar justificar esta posição dizendo estar condicionada pelo valor demasiado alto que a CNS/Fiequimetal tem à Mesa e que, a manter-se a situação neste enquadramento, não tem condições para evoluir, apesar de estar já muito no seu limite.
A CNS/Fiequimetal contra-argumentou que a Empresa apenas tem como condicionamento a sua vontade de ir mais longe, pois ao nível das possibilidades todos sabem que a EDP não tem qualquer tipo de impossibilidade.
O que se nota nesta negociação é que a EDP, com a sua postura, está, sim, a condicionar o direito à negociação entre as Partes, e a condicionar com isso o direito dos trabalhadores a verem melhorados os seus salários.
Não se compreende esta falta de entendimento e abertura da Empresa para uma divisão mais equilibrada, que atenda à proporcionalidade na divisão de resultados, que sabemos altamente positivos.
Contudo, para dar alento à progressão da CN/EDP, a CNS/Fiequimetal situou a sua posição em 2,05%, exigindo que a Empresa reconheça este esforço e valorize a sua posição.
A CN/EDP, depois de realizar um conjunto de consultas, acabou por dar por encerrada a reunião, informando que a mesma continua no próximo dia 19 de fevereiro (quarta feira), ficando aprazado para o mesmo dia mais uma sessão de negociação do ACT/EDP."

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Saída relâmpago da Iberdrola do capital da EDP !

Notícia do Jornal Expresso
"Em apenas dois dias Iberdrola 'desfaz-se' da EDP.
Depois de ontem ter anunciado a venda de 4,57% do capital da EDP, a espanhola Iberdrola, anuncia uma nova venda de ações e fica com uma participação residual na elétrica portuguesa.
Ontem, a elétrica espanhola Iberdrola anunciava a venda de 4,57% do capital da EDP, onde detinha, até então, 6,6%.
Um dia depois, ou seja, hoje ao final da tarde, a Iberdrola voltou a fazer um novo anúncio em comunicado divulgado na Comisión Nacional del Mercado de Valores, em Espanha, para dizer que tinha acabado de encarregar a UBS Limited para a venda de mais um lote de 1,97% de ações da EDP.
Quando esta operação estiver concretizada, a Iberdrola ficará com uma posição acionista na elétrica portuguesa, liderada por António Mexia, de 0,13%.
Fontes do sector elétrico espanhol asseguram que no final destas duas operações de desinvestimento na EDP, a Iberdrola poderá ter acumulado um encaixe próximo dos 440 milhões de euros.
Recorde-se que a Iberdrola entrou no capital da EDP em 1998, numa das fases de reprivatização da empresa, tendo chegado a deter, oito anos mais tarde, uma posição de 9,5% do seu capital.
Já em 2010, e depois de alguns anos de desconforto evidente entre os conselhos de administração das duas companhias, a Iberdrola reduziu pela primeira vez a sua posição acionista, com a venda de 2,71% do capital.
Os espanhóis nunca chegaram a estar representados no Conselho Geral de Supervisão da EDP."
Ler mais clicando aqui

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sobre os direitos no consumo de eletricidade

Informação enviada pelo SIESI:
"A empresa passará a conceder aos trabalhadores, reformados e pensionistas um desconto até 80% no valor total da sua fatura de eletricidade, com um limite anual de 1.375,00€. Caso este valor não seja atingido, a diferença não poderá acumular para o ano seguinte. 
O local de consumo terá que ser a morada de residência dos beneficiários, que deverão figurar no contrato de fornecimento como outorgante-consumidor, e cuja potência contratada não pode ser superior a 20,7 KvA. O período anual de consumo a considerar será o da faturação de janeiro a dezembro. 
Na reunião de 08/01/2014 foi assinado o protocolo de aplicação do referido acordo, que vigorará a partir de Janeiro de 2014. 
A empresa ficou de proceder ao levantamento de situações de trabalhadores que durante o ano de 2013 viram impossibilitado o acesso ao usufruto do direito em causa no sentido de se proceder ao justo processamento do valor em causa. 
Independentemente dessa ação, o SIESI sugere a todos os envolvidos nestas situações que enviem à empresa a informação de que o direito não está a ser atribuído e desde quando e local a que se refere". 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Castelo de Bode descarrega "à força toda"


Segundo o blogue "barragem de Castelo Bode" esta está com o descarregador de superfície aberto. "A barragem de Castelo do Bode tem neste momento todos os seus meios de descarga a funcionar, as duas descargas de fundo e o descarregador de superficie. Com mais de 500m3/s a chegar à albufeira de Castelo do Bode, a abertura dos descarregadores permite a manutenção da quantidade de água armazenada em Castelo do Bode, numa altura em que se prevê precipitação intensa para os próximos dias.
A cota da albufeira continua abaixo dos 120m."





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Tabela e ACT, comunicado Fiequimetal

(o que queremos do lado sindical na mesa das negociações)
Na sessão negocial de hoje, 05 de fevereiro'14, a CN/EDP aludiu razões de ordem económica desfavoráveis, que consideramos desculpas de mau pagador, para justificar a sua falta de abertura para promover uma revisão salarial que faça sentido para os trabalhadores.
Nesse contexto, informando que está muito perto do seu limite, reformulou a sua anterior posição, de 0,6 para 0,7%. Ou seja: a EDP evoluiu um desconcertante décimo de ponto percentual (!).
A CNS/Fiequimetal, antes de reformular a sua posição para 2,5%, criticou a postura severa da Empresa, que não se compreende, já que a EDP anunciará brevemente lucros colossais se comparados com o valor irrisório destinado aos seus trabalhadores. Não é com esta postura que se reconhece o esforço coletivo na obtenção de tão elevados resultados.
CNS/Fiequimetal continua a trabalhar para obter um bom ACT!
A CNS/Fiequimetal tem vindo a trabalhar na elaboração de propostas que possam contribuir para a formação de um ACT de qualidade para o futuro, que sirva os principais destinatários: os trabalhadores.
Com esse propósito, vamos realizar um Plenário de Delegados Sindicais da EDP e REN em 18 de fevereiro, onde se discutirão os assuntos referidos na presente informação e se aquilatará das posições auscultadas junto dos trabalhadores.
A próxima reunião de negociações ficou agendada para 12 de fevereiro'14.

ACT e Tabela, comunicado do SINDEL

(o que queremos do lado sindical na mesa das negociações)
NEGOCIAÇÕES DO NOVO ACT e TABELA SALARIAL 2014
ACT
Foram estabelecidos mais acordos de princípio no Clausulado Geral e no Anexo VI – Regulamento Disciplinar, mas ainda sem chegarmos aos temas nucleares do novo ACT.
No final do presente mês decorrem 18 meses da denuncia do ACT, por parte da EDP. Como no inicio, continuamos empenhados na negociação e na existência de um ACT para todos os trabalhadores do Grupo EDP. Estamos certos de que o vamos conseguir assim exista vontade de todas as partes em encontrar os consensos necessários para tal. O SINDEL já tem equipas no terreno a realizar Plenários e visitas aos locais de trabalho, para dar a conhecer a todos os trabalhadores o ponto das negociações e as saídas para o acordo final.

TABELA SALARIAL 2014
Na reunião de hoje poucos avanços houve no caminho do acordo. A EDP reformulou a sua proposta para 0,7% e o SINDEL para 2,5%.
A EDP afirmou estar muito próximo dos seus limites e o SINDEL afirmou estar convicto de que na atual conjuntura será possível, e necessário, um acordo com valores superiores aos apontados pela EDP. Esperamos que na próxima reunião seja possível encontrar esse valor!

Questão: Concessão de Energia Elétrica
O SINDEL colocou um ponto prévio sobre a concessão de energia, pedindo esclarecimentos sobre a forma de processamento da passagem dos trabalhadores para o novo modelo e alertando para a falta de informação por parte da EDP Valor. Questionámos também sobre a forma de ressarcimento dos valores retroativos para quem já perdeu a concessão.
Resposta: A EDP informou que disponibilizou o protocolo às empresas envolvidas no processo, EDP SU e EDP Soluções Comerciais, tendo reunido com as mesmas e pedindo a identificação dos trabalhadores para em colaboração com os RH, cruzarem os elementos. Também informou que os sistemas informáticos não estão ainda operacionais para este efeito, devido ao facto de se tratarem de sistemas diferentes. Espera ter tudo resolvido no final do corrente mês.

Questão: Problemas no quiosque e nos recibos de vencimento!

Resposta: Quanto ao problema no quiosque, ele deve-se também ao facto da mudança de sistema informático. Quanto às anomalias no envio dos recibos de vencimento via email, para quem tem um endereço que não seja “*.edp.pt” , continuam a receber da mesma forma, os restantes têm que aceder aos recibos pelo quiosque.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Leilão da DECO não evitou aumentos e tarifas altas de eletricidade

A promessa era de que haveria estabilidade da conta de luz durante 12 meses; mas os consumidores que participaram do leilão da DECO em maio de 2013 e se tornaram clientes da Endesa tiveram um aumento já este mês e constatam que lhes são cobradas tarifas das mais altas do mercado.

Em detalhado artigo, os autores Luis Leiria e Rita Gorgulho, dizem que os cerca de 40 mil clientes da Endesa que assinaram com a empresa de eletricidade um contrato em junho-julho do ano passado, na sequência de um leilão organizado pela DECO, estão a ter uma má surpresa ao receber a primeira conta de luz do ano: um aumento de cerca de 5%.
“Há sempre aumentos no início do ano, mas pelo menos em relação à conta de luz estava descansado, porque a DECO disse claramente que haveria uma estabilidade do preço por um período de 12 meses”, disse ao Esquerda.net Paulo Sousa, um dos consumidores que trocou a EDP pela empresa elétrica espanhola, atraído pelas vantagens anunciadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Escandalizado, o funcionário público, casado e pai de dois filhos, foi comparar e verificou que a tarifa de eletricidade que está neste momento a pagar é das mais altas que são cobradas aos clientes domésticos pelas principais empresas concorrentes no chamado “mercado liberalizado”: EDP, Galp Energia e Iberdrola. E isto apenas oito meses depois de realizado o leilão – apresentado então como pioneiro e definido pela DECO como “uma verdadeira campanha de informação e mobilização dos consumidores e das famílias”. Mais incrível ainda, quem queira agora tornar-se cliente da Endesa e invocar o protocolo da DECO (que ainda está em vigor para novos clientes), terá a oferta de tarifas mais baixas do que os clientes que participaram no leilão e assinaram contrato no ano passado.

Leilão “pioneiro”
O leilão, realizado pela DECO em 2 de maio do ano passado, foi apresentado como uma iniciativa inovadora para “mexer o mercado” de eletricidade, juntando o maior número possível de consumidores domésticos para estimular a concorrência entre os fornecedores. A ideia era de que quanto mais consumidores participassem, maior seria a sua força e melhores seriam as condições obtidas. O vencedor teria de aceitar as condições contratuais apresentadas pela DECO, que asseguravam um preço válido por um ano e um contrato que permitisse ao cliente sair antecipadamente sem penalização, isto é, sem fidelização. Atraídos por estas condições, quase 600 mil consumidores inscreveram-se para participar no leilão.
No dia marcado, porém, quando se anunciou a “vitória” da Endesa, também se ficou a saber que a elétrica espanhola (cujo maior acionista atual é italiano) acabara por ser a única a apresentar uma proposta – todas as restantes empresas haviam desistido. Isto é: a “concorrência” não tinha funcionado como se esperaria.
A DECO, mesmo assim, comemorou: agradeceu aos consumidores “a confiança nela depositada, que se traduziu na adesão de mais de meio milhão de subscritores ao leilão online”, ao mesmo tempo que se congratulava “pela forma aberta e equilibrada como este projeto pioneiro foi abordado pelos meios de comunicação nacionais, transformando-o numa verdadeira campanha de informação e mobilização dos consumidores e das famílias”.
No mesmo comunicado, a associação reafirmava que os consumidores participantes no leilão que contratassem a Endesa teriam a “estabilidade do preço por um período de 12 meses”.
Dias depois, a 7 de maio, a DECO voltava a insistir na estabilidade do preço: “Além da poupança monetária, o tarifário vencedor garante a estabilidade do preço por um período de 12 meses, por estar isento das revisões trimestrais praticadas pela ERSE e não incluir custos com serviços associados à tarifa de eletricidade”. (o sublinhado é nosso).

Todos ganharam?
Parecia uma história de final feliz para todos – Endesa, DECO e consumidores. A Endesa porque aumentou a quota de mercado. Em maio, a empresa era a que mais tinha perdido espaço no mercado liberalizado; em junho a sua parcela do mercado era de 7,8% dos clientes do mercado livre doméstico e no mês seguinte subira já para 8,6%, ainda assim longe dos 16,4% em junho de 2012.
A DECO recebeu da Endesa uma comissão de 5 euros por cada contrato efetuado, isto é, cerca de 200 mil euros, que a associação anunciou pretender investir no gabinete de apoio ao sobreendividamento.
Os consumidores ganharam um desconto de 5% na tarifa e a garantia de que não haveria aumento durante 12 meses. Só que... apenas seis meses depois da assinatura do contrato, a conta da luz aumentou.