"No passado dia 6 de Março, realizou-se em Lisboa, uma reunião entre a Comissão de Trabalhadores (CT) e o Conselho de Administração da EDP Distribuição (CA), onde foram colocados diversos assuntos, sendo os mais relevantes:
EDP – OPERAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO A empresa informou a Comissão de Trabalhadores sobre a constituição de uma nova empresa denominada EDP OD - EDP Operações da Distribuição.
Na apresentação feita esta empresa visaria assegurar a manutenção do conhecimento no âmbito da empresa, sendo o seu objetivo a realização de atividades "core".
A base laboral desta nova empresa seria trabalhadores técnicos AT/MT nas áreas geográficas onde se regista escassez de recursos para a realização dessas atividades.
As admissões a serem efetuadas no período 2013/2015 serão feitas, na generalidade, por essa empresa, em condições desconhecidas ainda que com a intenção de virem a aderir a um futuro ACT a sair das negociações em curso.
A Comissão de Trabalhadores considera que a criação desta empresa aparece como uma forma de admitir trabalhadores fora das condições do atual ACT, muito pior remunerados e com menos direitos, o que merece a nossa condenação.
O quadro de condições vigentes foi o que permitiu à EDP atingir a qualidade que conhecemos e só a sua manutenção permitirá manter os objetivos de qualidade da empresa.
Considera ainda a CT que as atividades desta "nova empresa" são de facto atividades normais da EDP e por tal devem nela estar incluídas.
IMPACTO DA TEMPESTADE EM JANEIRO A Empresa fez um relato das situações vividas durante o temporal registado em Janeiro e das questões que envolveram os trabalhos necessários para ultrapassar os seus efeitos. A empresa saudou os trabalhadores envolvidos nestes trabalhos que mostraram a sua vontade e qualidade em preservar a qualidade do serviço prestado aos consumidores.
A CT considera que, sendo verdade que as condições atmosféricas registadas atingiram situações gravidade superior, não se deixaram de registar nesta ocorrência algumas situações que são consequência de opções de gestão adotadas e que merecem a nossa crítica e a necessidade da sua alteração por parte da empresa:
A política de recurso aos PSE’s mostrou que não atinge nestes casos a capacidade de resposta demonstrada pelos trabalhadores EDP, já bem registada em situações anteriores semelhantes.
A decisão unilateral assumida pela EDP de diminuir o pagamento do tempo de trabalho suplementar foi motivo de desmotivação bem patente nesta ocorrência.
O sistema de comunicações falhou gravemente e veio demonstrar a razão que assistia a esta CT nas críticas já em devido tempo colocadas.
A CT espera que as reflexões e suas conclusões feitas acerca deste incidente venham pela parte da EDP a ser assumidas e traduzidas em práticas que propiciem ser possível alcançar melhores resultados em futuros incidentes do tipo.
A próxima reunião da CT com o CA está agendada para o dia 16 de Maio.
Lisboa, 30/04/2013 "
terça-feira, 30 de abril de 2013
Viva a crise: "Accionistas da REN votam política que pode duplicar remuneração dos gestores "
Foto e notícia do Jornal de Negócios:
Assembleia-Geral, com o Estado incluído, irá analisar proposta que já começou a ser aplicada parcialmente em 2012.
A REN - Redes Energéticas Nacionais, a State Grid e o China Development Bank celebraram esta segunda-feira um primeiro empréstimo de 400 milhões de euros, num ambiente de sintonia corporizando a ideia da "família feliz". Esta terça-feira, a REN e o seu maior accionista voltam a sentar-se à mesa, numa assembleia geral condimentada, entre outros pontos, pela aprovação da política remuneratória da REN, que poderá este ano duplicar os rendimentos dos gestores.
Os accionistas da REN, incluindo o Estado (11,1%), irão votar, no Ponto 6, a declaração da comissão de vencimentos sobre a política remuneratória dos órgãos sociais para 2012-2014. Essa declaração difere da aprovada há um ano: nessa altura, ainda com a privatização por concluir, previa-se uma componente variável, mas não aplicável em 2012, dada a proibição desse pagamento em empresas estatais.
A ambiguidade da situação da REN (já cotada em bolsa e com um acordo que deixaria o Estado com apenas 11,1%) levou a que a empresa fizesse em 2012 um regime remuneratório misto. Até Maio a empresa não pagou prémios. A partir de 1 de Junho seguiu as directrizes da nova política, prevendo uma componente variável de curto prazo e outra de médio prazo.
Agora esse novo modelo terá de ser formalmente aprovado pelos accionistas, podendo traduzir-se numa duplicação dos gastos da REN em remunerações com os seus gestores. A declaração a validar nesta assembleia geral estipula uma componente fixa (de valor não especificado) e uma variável. Esta terá um valor situado entre 20% e 120% da remuneração fixa (consoante os gestores cumpram 80% a 120% dos objectivos), mas poderá também ser nula (caso os administradores executem menos de 80% das metas).
Em 2012 a REN gastou mais de um milhão de euros com a sua comissão executiva, de acordo com o Relatório e Contas anual. Em 2013, se o desempenho da empresa for plenamente satisfatório pelos critérios da comissão de vencimentos, a empresa poderá despender mais de dois milhões com os seus três administradores executivos.
Os indicadores de que depende a remuneração variável de Rui Cartaxo, Gonçalo Morais Soares e João Conceição são o custo da dívida, o retorno do capital investido, o EBITDA internacional, o crescimento do EBITDA e o lucro por acção. O modelo que esta terça-feira será votado pelos accionistas inspirou-se em cinco empresas: Red Eléctrica de España, National Grid (Reino Unido), Dong (Dinamarca), EDP Renováveis e Brisa.
O último ano com remunerações variáveis foi 2008, ainda era a REN presidida por José Penedos. Nesse ano, os executivos da REN receberam prémios de 1,4 milhões, numa remuneração total de 3,2 milhões.
Os accionistas da REN, incluindo o Estado (11,1%), irão votar, no Ponto 6, a declaração da comissão de vencimentos sobre a política remuneratória dos órgãos sociais para 2012-2014. Essa declaração difere da aprovada há um ano: nessa altura, ainda com a privatização por concluir, previa-se uma componente variável, mas não aplicável em 2012, dada a proibição desse pagamento em empresas estatais.
A ambiguidade da situação da REN (já cotada em bolsa e com um acordo que deixaria o Estado com apenas 11,1%) levou a que a empresa fizesse em 2012 um regime remuneratório misto. Até Maio a empresa não pagou prémios. A partir de 1 de Junho seguiu as directrizes da nova política, prevendo uma componente variável de curto prazo e outra de médio prazo.
Agora esse novo modelo terá de ser formalmente aprovado pelos accionistas, podendo traduzir-se numa duplicação dos gastos da REN em remunerações com os seus gestores. A declaração a validar nesta assembleia geral estipula uma componente fixa (de valor não especificado) e uma variável. Esta terá um valor situado entre 20% e 120% da remuneração fixa (consoante os gestores cumpram 80% a 120% dos objectivos), mas poderá também ser nula (caso os administradores executem menos de 80% das metas).
Em 2012 a REN gastou mais de um milhão de euros com a sua comissão executiva, de acordo com o Relatório e Contas anual. Em 2013, se o desempenho da empresa for plenamente satisfatório pelos critérios da comissão de vencimentos, a empresa poderá despender mais de dois milhões com os seus três administradores executivos.
Os indicadores de que depende a remuneração variável de Rui Cartaxo, Gonçalo Morais Soares e João Conceição são o custo da dívida, o retorno do capital investido, o EBITDA internacional, o crescimento do EBITDA e o lucro por acção. O modelo que esta terça-feira será votado pelos accionistas inspirou-se em cinco empresas: Red Eléctrica de España, National Grid (Reino Unido), Dong (Dinamarca), EDP Renováveis e Brisa.
O último ano com remunerações variáveis foi 2008, ainda era a REN presidida por José Penedos. Nesse ano, os executivos da REN receberam prémios de 1,4 milhões, numa remuneração total de 3,2 milhões.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Aos trabalhadores da EDPD e EDPP
"Tendo em conta todas as realidades e novas situações, entre as quais a última greve (EDPD) ter sido alvo de despacho de serviços mínimos do Governo, embora este se manifeste com necessidades de correcções e clarificações, o facto é que deixou a nu que as investidas da empresa, numa autêntica "caça às bruxas", se confinam a profundas azias e ao recurso ao que de mais se pode condenar nas relações de trabalho: pressão, discriminação, intimidação!
Esperamos bom senso. No entanto estaremos sempre preparados para a devida resposta nos locais de trabalho, comunicação social, órgãos do poder e por todos os outros que se mostrem como necessários. A curto prazo iremos realizar reuniões de trabalhadores, ao nível dos locais de trabalho ou seu conjunto, para se fazer uma análise profunda do processo e seu desenvolvimento, pelo que, desde já, apelamos à participação de todos. O futuro depende de nós! "
Leia todo o comunicado clicando aqui.
sábado, 27 de abril de 2013
Passos não desmente. Lobby do sector eléctrico despediu secretário de Estado da Energia
Notícia Jornal i, online, António Ribeiro Ferreira.
Foi preciso mais de um ano para o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter revelado esta semana que o seu primeiro secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, foi demitido por pressões do lobby da energia quando já tinha elaborado um relatório sobre os cortes das rendas excessivas no sector eléctrico, previstos no Memorando de entendimento.
A demissão foi anunciada no dia 12 de Março de 2012, mas o pedido de demissão de Henrique Gomes já tinha sido formulado uma semana antes, quando foi impedido de fazer uma intervenção no ISEG sobre a matéria. Já depois da demissão, Henrique Gomes veio a públidenunciar um acontecimento grave. O seu relatório, com as propostas de cortes e a imposição de um imposto especial sobre as rendas excessivas, foi enviado para o gabinete do primeiro-ministro Passos Coelho e uma hora depois já estava na posse da administração da EDP, liderada por António Mexia. Mais ainda. Henrique Gomes afirmou também que o anúncio da sua demissão foi festejado com champanhe numa empresa do sector, leia-se, a EDP.
Todos estes factos nunca foram desmentidos e só agora, depois da apresentação do memorando para o crescimento, é que o ministro da Economia, numa entrevista à SIC Notícias, esclareceu as verdadeiras razões da demissão de Henrique Gomes. Facto que levou Pacheco Pereira, no programa Quadratura do Círculo, quinta-feira à noite, na SIC Notícias, a voltar ao tema de uma forma contundente: “O ministro Álvaro Santos Pereira disse uma coisa que teria provocado imediatamente uma enorme discussão pública se vivêssemos num país a sério: até um dos meus colaboradores foi afastado e provocou por parte de certas pessoas a abertura de garrafas de champanhe. O que é que ele está falar? Do afastamento do seu secretário de Estado, o engenheiro Henrique Gomes e obviamente está a falar do CEO da EDP António Mexia. Está a dizer que o afastamento de um colaborador seu se deveu a um mecanismo de interesses que levou a esse afastamento e que esses interesses festejaram a saída de um membro seu”. E Pacheco Pereira recordou que Henrique Gomes entendia que as rendas que a EDP recebe eram excessivas, fez um relatório e propôs ao ministro uma taxação, um imposto sobre essas rendas. Entregou o relatório ao ministro que mandou ao primeiro-ministro e uma hora depois já era do conhecimento de António Mexia. Ou seja, adianta Pacheco Pereira, “o que ele está a dizer foi que do gabinete do primeiro-ministro foi passado um documento confidencial que se destinava a propor uma política a uma das partes e essa parte moveu as suas influências no sentido em que fosse afastado do governo”.
E a verdade é que o processo das rendas excessivas foi dado por concluído pelo novo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade. Um corte de 1800 milhões de euros que deixou a EDP de António Mexia, já vendida aos chineses, praticamente ilesa.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
As críticas, a TAP, a EDP e a ameixa
A propósito de críticas que recentemente recebemos, trazemos ao conhecimento de todas e todos os colegas um comunicado conjunto feito por 12 SINDICATOS da TAP.
A lição para os sindicatos, principalmente depois de terem recebido uma petição com 1250 assinaturas, devia ser óbvia.
A lição, para todos nós trabalhadores, na EDP, é de que quando as e os trabalhadores exigem e participam - como aconteceu na TAP - é possível conseguir avanços e defender os nossos direitos.
RIFÃO QUOTIDIANO
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia.
Chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a.
É o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
Poema de Mário Henrique Leiria.
Clica aqui e vê dito por Mário Viegas.
Clica aqui e vê o documento da TAP assinado pelos 12 sindicatos.
A lição para os sindicatos, principalmente depois de terem recebido uma petição com 1250 assinaturas, devia ser óbvia.
A lição, para todos nós trabalhadores, na EDP, é de que quando as e os trabalhadores exigem e participam - como aconteceu na TAP - é possível conseguir avanços e defender os nossos direitos.
RIFÃO QUOTIDIANO
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia.
Chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a.
É o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
Poema de Mário Henrique Leiria.
Clica aqui e vê dito por Mário Viegas.
Clica aqui e vê o documento da TAP assinado pelos 12 sindicatos.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
ACT: INFORMAÇÃO N.º 14 da FIEQUIMETAL
O trabalho negocial continua nas reuniões informais preparatórias.
A próxima reunião plenária ACT será no dia 08 de Maio de 2013.
Lisboa, 24/Abril/2013 A CNS/FIEQUIMETAL "
terça-feira, 23 de abril de 2013
Pagamento de subsídios de refeição em cartão, prós e contras.
O pagamento do subsídio de refeição por cartão sugere algumas perguntas:
- Porque é que as empresas que estão a cortar custos nos salários e nos pagamentos de horas, denunciaram o ACT, etc, oferecem agora um “benefício” aos seus trabalhadores?
- Porque é que as empresas que estão a promover este cartão não divulgam os milhões que vão ganhar, pois elas deixam de pagar 23,75% sobre o valor que o trabalhador deixa de pagar 11% ?
- Porque é que os bancos, conhecidos beneméritos dos pobres, BES e outros, estão tão interessados na promoção deste cartão?
- Já pensaste que daqui a um ou dois anos te vão dizer que houve um rombo na segurança social e que a idade de reforma tem que subir?
- Não nos estão a "dar um chouriço para mais tarde tirar um porco"?
Devido a fraca informação disponível fizemos uma pequena colectânea de informação, pró e contra, que te permitirão teres uma opinião própria mais informada.
Informação da TVI sobre a posição da CGTP
Subsídio de refeição em cartão é «grande negócio para a banca»
A CGTP considera que o pagamento de subsídios de refeição em cartão ou em tickets é «um grande negócio para o lobby da banca e para as empresas comercializadoras detickets» e aconselha os trabalhadores a recusarem esta modalidade.
A central sindical acusa o Governo de «propiciar mais uma área de negócio altamente rentável» no Orçamento do Estado de 2013.
«No momento em que o Governo desfere um feroz ataque às funções sociais do Estado, invocando dificuldades financeiras, é incompreensível que o Governo seja o mentor de medidas que agravam o défice do Orçamento de Estado», refere.
Segurança Social e apoios sociais saem prejudicados
«Ao reduzir para 4,27 euros o valor do subsídio isento de tributação quando é pago em numerário, enquanto a isenção é 6,83 euros no caso de ser pago em cartão ou ticket, o Governo quer fazer crer que é uma medida com igual vantagem para trabalhadores e empresas. Nada mais falso!», continua a CGTP em comunicado.
«O cartão-refeição fomenta a delapidação da Segurança Social dos trabalhadores e contribui para a redução da proteção social e das pensões de reforma de amanhã», alerta.
Sublinhando que o pagamento através de ticket ou cartão «comporta inconvenientes e limitações, sobre as quais muitos trabalhadores não foram devidamente informados ou esclarecidos», a intersindical lembra que, para as empresas, esta modalidade de pagamento «significa ganhos financeiros imediatos, com poupanças de milhares de euros, em benefício próprio e sem quaisquer prejuízos no futuro».
«Para os trabalhadores já não é assim. O cartão-refeição, ou o ticket, condiciona os trabalhadores no uso do que é seu, porque não têm aceitação universal e são menos seguros. Por outro lado, contribui para descapitalizar a Segurança Social dos trabalhadores ao reduzir os impostos cobrados (com a parte de leão a incidir na diminuição das contribuições que deixam de ser pagas pelas empresas: 23,75%), provocando a redução das prestações e montantes a receber pelos trabalhadores em diversas situações, tais como de baixa médica por doença, acidente de trabalho, licença de maternidade e de paternidade, subsídio de desemprego e pensão de reforma», alega.
...
Links para noticias da DECO, CT da PT, Jornal i, STPT, Jornal de Negócios:
EDP: Cortes nas eólicas em Espanha têm mais impacto que medidas da troika em Portugal
Notícia "Dinheiro Vivo":
Os cortes que o governo espanhol tem vindo a aplicar na produção de energia e nas renováveis vai ter mais impacto nas contas da EDP do que os cortes feitos em Portugal no âmbito do acordo com a troika. O CEO da EDP apenas refere o fim da garantia de potência em Portugal como mais penalizador que os impostos aplicados em Espanha.
"O impacto é suficientemente grande. E é maior que em Portugal, quanto mais não seja porque temos mais eólicas em Espanha. É o segundo país onde temos mais renováveis a seguir aos EUA", disse o presidente executivo da EDP, António Mexia, num encontro com jornalistas em Bilbau, por ocasião da inauguração da nova sede. A EDP tem 2.300 MW eólicos em Espanha e 600 MW em Portugal.
Aliás, segundo Mexia, que se escusou a precisar as consequências destes cortes no EBITDA, "o impacto da redução da procura chega mesmo a ser menor que as alterações legislativas" impostas pelo Governo espanhol, principalmente a mais recente que baixa a tarifa paga às renováveis, mesmo aos projetos já em operação, e que a EDP considera ilegal.
"Não concordamos que, nas renováveis, se alterem as regras a meio do jogo. O que faz sentido para nós é limitar estas medidas no tempo. Pode haver uma extensão no regime eólico. Isto é que é eficaz e justo, porque as renováveis são dos poucos investimentos que têm impacto no preço da eletricidade", disse Mexia.
É por isso que a EDP está já em conversações com o Governo espanhol e apesar de Mexia considerar que existe abertura, não coloca de parte a possibilidade de uma ação legal. Ainda assim, comenta, "como somos de base não espanhola temos mais capacidade de pressão".
A preocupação da EDP com estes cortes não é vão. "O negócio em Espanha representa 17% do EBITDA e as Renováveis pesam 18%, ou seja, 25%. Quase mil milhões do EBITDA vem de Espanha", repara Mexia, acrescentando que é lá que a empresa têm também um forte negócio de comercialização de eletricidade e gás natural, contando já com dois milhões de clientes, dos quais 65% estão no mercado livre e 55% são duais, ou seja, têm luz e gás na mesma conta.
Em Espanha têm ainda perto de dois mil trabalhadores, já contando com as Renováveis, 5% de toda a geração de energia e 10% das eólicas do país.
De acordo com o administrador da EDP com o pelouro da comercialização, não existe um objetivo de crescer em número de clientes em Espanha, mas mais de manter e melhorar a qualidade do serviço que prestam para fidelizar mais os consumidores, principalmente os empresariais onde abastecem 20 TW. Além disso, têm vindo a angariar clientes fora das zonas históricas - neste caso, as Astúrias e o País Basco - estando já a operar em Madrid e a entrar em Barcelona.
O Governo espanhol tem feito vários cortes nas remunerações dos investimentos em renováveis, o último dos quais a EDO considera ilegal
Despacho sobre serviços mínimos
" Complementarmente à
informação anterior, junto enviamos Despacho sobre serviços Mínimos para a
greve de 23 e 24 de Abril de 2013, agradecendo que seja afixado nos locais em
que exista placard de informação aos trabalhadores, dado que a EDP assim não
procedeu.
Esta informação é urgente para os trabalhadores dos regimes especiais de trabalho: turnos (com ou sem disponibilidade), folgas rotativas (com e sem disponibilidade) e horário normal com disponibilidade, dos serviços afectos à reparação de avarias (Despachos, Piquetes, etc.).
Todos na luta. Temos razão e apenas lutamos pelo que nos é devido! "
Esta informação é urgente para os trabalhadores dos regimes especiais de trabalho: turnos (com ou sem disponibilidade), folgas rotativas (com e sem disponibilidade) e horário normal com disponibilidade, dos serviços afectos à reparação de avarias (Despachos, Piquetes, etc.).
Todos na luta. Temos razão e apenas lutamos pelo que nos é devido! "
Notícia a partir de e-mail enviado pelo SIESI
segunda-feira, 22 de abril de 2013
"Com toda a firmeza e determinação continuamos a lutar pelos direitos"
Comunicado SIESI:
"Regimes Especiais de Trabalho (Turnos, folgas rotativas e h. normal com disponibilidade)
Comunicado sobre greve de 23 e 24
As razões que decorrem da luta que os trabalhadores dos regimes especiais de trabalho têm travado são indiscutíveis e a empresa continua, pura e simplesmente, a procurar esconder o seu acto de desrespeito por quem trabalha.
Todo o diálogo que temos procurado esbarra num silêncio confrangedor e revelador de que apenas se procura o conflito. Tudo tentámos, mas a EDP, particularmente a Distribuição, sempre esteve mais interessada em calar as vozes e não em as ouvir.
Sempre assumimos as responsabilidades que decorrem do exercício da greve. Por sua vez, a empresa atuou sempre na procura de intimidar e reprimir, argumentando sem razão e principalmente sem sustentação.
A greve de dia 23 e 24 de Abril (terça e quarta-feira), por todas as razões conhecidas não permitiu um acordo quanto aos serviços mínimos. Assim, de acordo com a lei, os serviços mínimos foram alvo de Despacho do Governo.
Este contém determinações com as quais não concordamos e que terão de ser alvo de tratamento. No entanto, deitam por terra o estafado argumento da EDP de que é tudo e que tem sustentado uma panóplia de episódios lamentáveis e que agora se comprovam como desprovidos de qualquer sentido e sentido de respeito e ética pelos trabalhadores e Lei.
Os trabalhadores adstritos à prestação de serviços mínimos foram nomeados e são aqueles que integram as escalas de turno (com ou sem disponibilidade), as folgas rotativas (com ou sem disponibilidade) e o horário normal com disponibilidade.
Todas as situações que se mostrem como de dúvida devem ser alvo de comunicação à Coordenadora da Greve, pois existe Despacho de serviços mínimos que determina as obrigações dos trabalhadores em greve. Neste contexto, não deve ser alimentada qualquer conversa sobre esta matéria, pois, como sempre, nunca procurámos confusão, conflitos e a prepotência levada aos extremos.
Contactos da Coordenadora
93 819 03 77 ● 96 013 61 79 ● 91 821 08 39 ● 91 821 06 03 "
"Regimes Especiais de Trabalho (Turnos, folgas rotativas e h. normal com disponibilidade)
Comunicado sobre greve de 23 e 24
As razões que decorrem da luta que os trabalhadores dos regimes especiais de trabalho têm travado são indiscutíveis e a empresa continua, pura e simplesmente, a procurar esconder o seu acto de desrespeito por quem trabalha.
Todo o diálogo que temos procurado esbarra num silêncio confrangedor e revelador de que apenas se procura o conflito. Tudo tentámos, mas a EDP, particularmente a Distribuição, sempre esteve mais interessada em calar as vozes e não em as ouvir.
Sempre assumimos as responsabilidades que decorrem do exercício da greve. Por sua vez, a empresa atuou sempre na procura de intimidar e reprimir, argumentando sem razão e principalmente sem sustentação.
A greve de dia 23 e 24 de Abril (terça e quarta-feira), por todas as razões conhecidas não permitiu um acordo quanto aos serviços mínimos. Assim, de acordo com a lei, os serviços mínimos foram alvo de Despacho do Governo.
Este contém determinações com as quais não concordamos e que terão de ser alvo de tratamento. No entanto, deitam por terra o estafado argumento da EDP de que é tudo e que tem sustentado uma panóplia de episódios lamentáveis e que agora se comprovam como desprovidos de qualquer sentido e sentido de respeito e ética pelos trabalhadores e Lei.
Os trabalhadores adstritos à prestação de serviços mínimos foram nomeados e são aqueles que integram as escalas de turno (com ou sem disponibilidade), as folgas rotativas (com ou sem disponibilidade) e o horário normal com disponibilidade.
Todas as situações que se mostrem como de dúvida devem ser alvo de comunicação à Coordenadora da Greve, pois existe Despacho de serviços mínimos que determina as obrigações dos trabalhadores em greve. Neste contexto, não deve ser alimentada qualquer conversa sobre esta matéria, pois, como sempre, nunca procurámos confusão, conflitos e a prepotência levada aos extremos.
Contactos da Coordenadora
93 819 03 77 ● 96 013 61 79 ● 91 821 08 39 ● 91 821 06 03 "
Serviços mínimos/Designação de trabalhadores
Carta do SIESI à EDP:
"Assunto: Greve de 23 e 24 de Abril de 2013/Serviços mínimos/Designação de trabalhadores
Exmos. Senhores,
De acordo com a Lei e o Despacho 7/2013 do Governo de Portugal sobre os serviços mínimos e meios para os assegurar na greve de dia 23 e 24 de Abril de 2013, vimos pelo presente e para efeitos do n.º 7 do Artigo 538.º do Código do Trabalho e número 3 do referido Despacho, designar como trabalhadores adstritos à prestação daqueles serviços os que integram as escalas de turnos, com e sem disponibilidade, folgas rotativas e disponibilidade e horário normal e disponibilidade.
A comunicação só nesta altura, sem possibilidade de cumprimento do prazo previsto na lei, decorre da recepção do Despacho 7/2013, do Governo de Portugal, apenas hoje, dia 22 de Abril de 2013, pelas 13 horas e 06 minutos."
sexta-feira, 19 de abril de 2013
SIESI marca greve para 23 e 24 de Abril
Hoje já não subsiste qualquer dúvida que a redução violenta do pagamento o trabalho suplementar e a anulação quase total do descanso compensatório não resultou de qualquer imposição legal, mas da vontade própria da EDP assumindo um ataque intencional aos direitos que assumiu aquando da assinatura do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT).
Caiu o argumento estafado da “imperatividade da lei” e assiste-se, em inúmeros casos, à manutenção do acordado e a recuos nas práticas por parte das empresas, sendo de realçar o caso mais recente da TAP.
No entanto, a EDP contra tudo e contra todos insiste na sua prática inadmissível de reduzir os direitos dos trabalhadores, penalizar a vida familiar e o descanso imprescindível para a recuperação física e psíquica, particularmente agravada pelo risco inerente a muitas das tarefas desempenhadas.
Lamentavelmente, estas acções contrastam de uma forma gritante com os muitos milhões gastos com as Administrações e outros que com reformas milionárias ainda vêm buscar mais umas centenas de milhares de euros. É um escândalo e a demonstração evidente da falta de respeito, ética e responsabilidade social.
Sem alternativas…Nova Greve a 23 e 24 de Abril
Certos de que a alternativa não existe, por única e exclusiva responsabilidade da empresa, o caminho não pode ser outro do que a continuação da luta, de uma forma séria, responsável e com um objectivo incontestável: a reposição do quadro de direitos. Outra posição seria a de aceitar que estes e outros direitos, como a EDP pretende na revisão do ACT, fossem reduzidos quase a nada.
Leia, clicando aqui, a versão integral do comunicado.domingo, 14 de abril de 2013
Comunicado Sindel sobre reunião negociações ACT
" ... Nesta reunião a CNS SINDEL/FETESE não deu acordos de principio no clausulado ou anexos, porque para já não existem avanços significativos nas reuniões intercalares.
No entanto, a CNS SINDEL/FETESE tendo em conta a negociação das matérias da Saúde e o carácter complementar ao SNS do actual sistema, apresentou hoje a seguinte declaração:
“O ACT EDP em vigor, contém no seu Anexo VIII - Saúde, um conjunto de direitos complementares ao SNS, cuja matriz desses complementos assenta precisamente na base da sua existência no serviço publico de saúde, que agora pode ser substancialmente colocado em causa, tendo em conta o conjunto de propósitos enunciados e alguns já concretizados pelo Governo.
Nesse sentido, o SINDEL/FETESE pergunta se a EDP está ou não disponível para encarar a possibilidade de encontrar e negociar uma solução alternativa ou diferente da actual que, mantenha as características principais do actual sistema nomeadamente o seu carácter vitalício, a sua abrangência aos trabalhadores no activo, familiares, pré-reformados, reformados e pensionistas e com salvaguarda da posição dos trabalhadores do actual prestador.
A CNS SINDEL/FETESE
A EDP sem prejuízo de uma análise mais profunda e de uma resposta mais concreta sobre este assunto, respondeu-nos que estava aberta à discussão.
Ficou combinado que, na próxima reunião Plenária, se iria discutir somente a questão da energia eléctrica a preços reduzidos. "
Carlos dos Santos Ferreira, renunciou ao cargo de membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP
Notícia
Dinheiro Vivo
"O ex-presidente do BCP, Carlos dos Santos
Ferreira, renunciou ao cargo de membro do Conselho Geral e de Supervisão da
EDP, informou hoje a elétrica ao mercado. Em comunicado, a EDP não indica, no
entanto quem será o seu substituto ou quando o irá nomear.
Carlos dos Santos Ferreira era o
representante do BCP, que é accionista da EDP, naquele orgão onde figuram o
chairman, que é Eduardo Catroga, e ainda elementos independentes escolhidos
pelos acionistas e também os representantes dos acionistas.
Santos Ferreira é membro do Conselho Geral
e de Supervisão desde 2006, ou seja, este seria o terceiro mandato que iria
acompanhar.
O Conselho de Supervisão é onde figuram o chairman, elementos independentes escolhidos pelos acionistas e os representantes dos acionistas. "
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Negociações ACT, informação SIESI nº 13
" Na reunião formal plenária de hoje (10/04/13), no seguimento do trabalho que se tem vindo a realizar, demos acordo as clausulas 8ª (Deveres do empregador), 10ª (Garantias dos trabalhadores), 37ª (Princípios gerais das condições especiais de trabalho) e 39ª (Contagem de antiguidade), bem como da nossa disponibilidade para encontrar soluções para as matérias ainda pendentes.
A próxima reunião ACT será no dia 24 de Abril de 2013.
Lisboa, 10/Abril/2013
A CNS/FIEQUIMETAL "
terça-feira, 9 de abril de 2013
Avaliação de desempenho:
A forma de levar a malta é dar-.lhes 100 ou 105%. Ficam satisfeitos e os que recebem sempre os bons prémios levam 115 ou 120%. Chiu... É segredo!
domingo, 7 de abril de 2013
Enquanto se pretende reduzir-nos salário, Mexia e Catroga...
DN e CM: " O presidente da EDP
recebe por ano o equivalente a 6391 salários mínimos nacionais. Além de António
Mexia, também o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da elétrica
portuguesa, Eduardo Catroga, tem um vencimento milionário.
O Correio da Manhã
dá conta na edição de hoje que o presidente executivo da EDP, António Mexia,
"segundo um relatório e contas da Empresa enviado à CMVM, recebeu 1,2
milhões de euros em 2012, mais o prémio plurianual relativo ao mandato de três
anos anteriores, o que dá um total de 3,1 milhões de euros". Ou seja, nota
o diário, "Mexia recebe o equivalente a 6391 salários mínimos
nacionais".
O jornal refere que em
situação semelhante se encontra Eduardo Catroga, que preside ao Conselho Geral
e de Supervisão da empresa. Catroga "recebeu 430 mil euros em remunerações
em 2012", escreve que o Correio da Manhã.
O diário, citando
documentos da EDP, escreve que o "montante global bruto das remunerações
pagas aos membros dos órgãos de administração e fiscalização, em 2012, rondou
os 18 milhões. A EDP fechou o ano de 2012 com lucros de 1012 milhões, menos 10%
do que em 2011".
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Comunicado do SIESI sobre a greve nos turnos
Assim, sendo esta matéria de aplicação geral, há, no entanto, sectores que pelas suas características e exigências regulares foram acrescidamente espoliados da remuneração do trabalho prestado. De facto, no caso dos turnos, os cerca de 330 trabalhadores de turnos a nível nacional viram desaparecer, em média, cerca de 75% do pagamento daquele trabalho em situações que lhe são obrigatórias pelo horário de trabalho, acrescendo o desaparecimento do trabalho noturno nas horas suplementares e os descansos compensatórios. Estes, nomeadamente os abrangidos pelo tecto de turnos, vêm também negada sucessivamente a sua abolição, o que, embora os esforços na mesa negocial, continua a corresponder a uma perda média de 90 euros/mês (1120 euros/ano).
Como acima se refere, todos estão prejudicados por esta afronta aos direitos, bem como pela necessidade de lutar pela sua reposição e contra as tentativas de alargar esta ofensiva expressa nas propostas de revisão do ACT que a EDP apresentou.
Esta é uma luta com um objectivo claro e inequívoco nas suas motivações. Esta greve e as anteriores não visam, como é óbvio, uma instalação em especial como algumas "vozes" pretendem fazer passar para tentar desmobilizar. Ela destina-se a todas as instalações onde este acto escandaloso está a produzir efeitos e aí é natural que a sua expressão se estreite nos locais e nos trabalhadores abrangidos. Claro que se tal se passasse com algumas benesses e mordomias outro galo cantaria e as "vozes" se calariam!
Por estes motivos, mais que justos, queremos apelar à participação de todos os trabalhadores nesta jornada de luta, exigindo que seja reposta a legalidade.
4 de Abril de 2013 A Direcção "
terça-feira, 2 de abril de 2013
Electricidade: Preços no mercado subiram após fim das tarifas reguladas
O Jornal de Negócios está hoje a divulgar a informação de que a extinção das tarifas reguladas de electricidade não é vantajosa para o consumidor. "Os primeiros dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os preços dos vários comercializadores indicam que, após a extinção das tarifas reguladas (Junho de 2012), o que se seguiu foi o aumento dos preços médios no mercado.
No seu primeiro relatório do mercado retalhista de electricidade, a que o Negócios teve acesso em primeira mão, a ERSE analisou as tendências de 2012 " ...
Por seu lado, a Entidade que finge que é reguladora e que aumenta o preço da energia regulada de 3 em 3 meses - expulsando de lá os consumidores -, diz:
" Os portugueses pagaram menos pela fatura de eletricidade no ano passado pelo facto de uma boa parte das famílias ter deixado a tarifa regulada e ter aderido ao mercado livre, refere um relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Segundo o relatório do mercado retalhista de eletricidade de 2012, os preços praticados em mercado livre "estão cerca de 10% abaixo das tarifas reguladas em vigor", sendo que "os comercializadores no mercado liberalizado começaram a apresentar ofertas de tarifa bi-horária no quarto trimestre de 2012".
Por seu lado, a Entidade que finge que é reguladora e que aumenta o preço da energia regulada de 3 em 3 meses - expulsando de lá os consumidores -, diz:
" Os portugueses pagaram menos pela fatura de eletricidade no ano passado pelo facto de uma boa parte das famílias ter deixado a tarifa regulada e ter aderido ao mercado livre, refere um relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Segundo o relatório do mercado retalhista de eletricidade de 2012, os preços praticados em mercado livre "estão cerca de 10% abaixo das tarifas reguladas em vigor", sendo que "os comercializadores no mercado liberalizado começaram a apresentar ofertas de tarifa bi-horária no quarto trimestre de 2012".
Subscrever:
Mensagens (Atom)