Assim, sendo esta matéria de aplicação geral, há, no entanto, sectores que pelas suas características e exigências regulares foram acrescidamente espoliados da remuneração do trabalho prestado. De facto, no caso dos turnos, os cerca de 330 trabalhadores de turnos a nível nacional viram desaparecer, em média, cerca de 75% do pagamento daquele trabalho em situações que lhe são obrigatórias pelo horário de trabalho, acrescendo o desaparecimento do trabalho noturno nas horas suplementares e os descansos compensatórios. Estes, nomeadamente os abrangidos pelo tecto de turnos, vêm também negada sucessivamente a sua abolição, o que, embora os esforços na mesa negocial, continua a corresponder a uma perda média de 90 euros/mês (1120 euros/ano).
Como acima se refere, todos estão prejudicados por esta afronta aos direitos, bem como pela necessidade de lutar pela sua reposição e contra as tentativas de alargar esta ofensiva expressa nas propostas de revisão do ACT que a EDP apresentou.
Esta é uma luta com um objectivo claro e inequívoco nas suas motivações. Esta greve e as anteriores não visam, como é óbvio, uma instalação em especial como algumas "vozes" pretendem fazer passar para tentar desmobilizar. Ela destina-se a todas as instalações onde este acto escandaloso está a produzir efeitos e aí é natural que a sua expressão se estreite nos locais e nos trabalhadores abrangidos. Claro que se tal se passasse com algumas benesses e mordomias outro galo cantaria e as "vozes" se calariam!
Por estes motivos, mais que justos, queremos apelar à participação de todos os trabalhadores nesta jornada de luta, exigindo que seja reposta a legalidade.
4 de Abril de 2013 A Direcção "
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