sexta-feira, 6 de junho de 2014

CT da Distribuição volta a denunciar sobre-exploração dos trabalhadores dos PSEs

"... Novos trabalhadores da O&M
Neste momento estão a estagiar 59 trabalhadores e 36 estão em formação em Seia. Sem detalhar profusamente, podemos informar que Guimarães terá uma equipa para manutenção de subestações e serão colocados mais trabalhadores em Tomar, Santarém, Barreiro, S. Sebastião, Algueirão/Mem Martins, Abrantes, Boavista/Portalegre, Évora, Loulé… Estão identificadas as chefias, idas da Distribuição, que a partir de 1 de Junho serão nomeadas. Para a colocação destes trabalhadores estão a ser realizadas obras em várias instalações. A CT coloca-se à disposição destes trabalhadores para eventuais apoios mas solicita que se informem bem antes de assinar o contrato de cedência da Distribuição à O&M.
A CT colocou a questão dos salários baixos dos novos trabalhadores, tendo sido respondido serem “remunerações equilibradas nas regras de mercado” e que os trabalhadores só têm contrato de um ano. Nós, CT, conhecemos o mercado “muito generoso para uns poucos, muito parco para muitos outros”. A realidade é que estes trabalhadores desempenharão um importante papel de transmissão de conhecimento e garantia de funcionamento de um sector estratégico que deve – responsavelmente – ser melhor remunerado. A não ser assim, mesmo nos atuais níveis de desemprego, a empresa poderá não conseguir garantir o seu futuro devido à sangria de trabalhadores qualificados para o estrangeiro.
Futuro da EME2
O CA sobre esta matéria foi muito vago e não afirmou qual seja o futuro desta empresa. A intervenção da CT e dos sindicatos favoreceu a uniformização e o aumento salarial na EME2. Iremos continuar a acompanhar esta situação e tomaremos posição em devido tempo.
Telemóveis
Na DRCN detetaram-se trabalhadores a fazer disponibilidade sem telemóvel fornecido pela empresa e alguns sem plafond. Posta a questão foi visto que a Valor iria avaliar a situação. A CT continuará a acompanhar esta questão
Quiosque
Voltámos a colocar as situações de falta de pagamentos de assiduidade, prémios de condução, faltas injustificadas que reaparecem, marcações que de repente aparecem em duplicado, ausência ou muito atraso na resposta aos e-mails por parte do call-center, descontos salariais de centenas de euros… Colocámos ainda a situação de muitos colegas que mudaram de residência e não estão a ter os direitos de desconto na energia. O CA diz que irá tratar os assuntos. A CT vai continuar a seguir estas situações de inteira responsabilidade da empresa e exigir a sua rápida solução para que não haja prejuízos para os trabalhadores.
Má prestação de trabalho pelos PSEs
Fomos confrontados, na ida à DRCN, com muitas manifestações de desagrado perante múltiplas situações relativas ao trabalho desenvolvido pelos PSE’s quer a nível do trabalho desenvolvido quer em matéria de Segurança e Saúde no trabalho. Desde projetos feitos por PSEs que chegam com inconformidades a trabalhadores sub-sub-contratados a reparar avarias sozinhos em viaturas sem qualquer identificação, viaturas com plásticos a substituir vidros [entregámos fotos] ou trabalhadores sem equipamentos de segurança… Estes assuntos são recorrentes e abrangem o território nacional.
Conheceu-se também a existência de trabalhadores dos PSEs com salários em atraso ou parcialmente pagos, situação a que o CA não se pode continuar a alhear.
Nestas circunstâncias questionamos se o CA estará conformado com esta degradação da qualidade e da segurança no trabalho, assim como desta imagem “terceiro-mundista” que se passa à sociedade? De comum, situações de violação dos direitos dos trabalhadores às quais o dono de obra – EDP Distribuição – não está a responder com determinação! "
Leia aqui todo o comunicado da CT da EDIS

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