As prioridades da política de coesão da União Europeia passam pela inovação, baixas emissões de carbono ou competitividade empresarial, segundo o relatório divulgado pela Comissão Europeia.
Baixas emissões de carbono, inovação, competitividade das pequenas e médias empresas (PME), emprego e inclusão social estão no centro das prioridades da política de coesão da União Europeia até 2020, segundo o relatório divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia. Na base da estratégia de crescimento para a União Europeia, está a criação de postos de trabalho e a redução das disparidades na Europa.
Até 2020, a Comissão disponibiliza um investimento superior a 38 mil milhões de euros para apoiar a transição para uma economia mais ecológica, mais 21,4 mil milhões do que disponibilizou entre 2007 e 2013. Às PME cabe uma fatia de 33 mil milhões de euros, para reforçar a sua competitividade europeia. Este investimento aumentou quase 10 mil milhões de euros, face ao período anterior. O Fundo Social Europeu e da Iniciativa para o Emprego dos Jovens vai investir 80 mil milhões de euros em capital humano.
“Os tempos dos avultados subsídios destinados à construção de estradas e pontes estão a tornar-se uma coisa do passado, na medida em que muitos Estados-Membros estão a reduzir os atrasos a nível das infraestruturas. Investimentos centrados na inovação e no crescimento verde criarão empregos de qualidade e sustentáveis e reforçarão a competitividade das nossas regiões”, afirmou Johannes Hahn, comissário para a Política Regional, em comentário ao relatório.
Os fundos devem ser gastos, segundo o comissário, de “forma sensata para garantir os melhores resultados, especialmente nas regiões e nas cidades onde as necessidades são mais prementes”.
Boa governação, investimento no capital humano, criação de oportunidades e inclusão social são algumas das prioridades até 2020.
László Andor, comissário para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, acrescentou que o Fundo Social Europeu é o principal instrumento da UE para investir nas competências das pessoas e criar oportunidades, apoiando investimentos em matéria de emprego, inclusão social e educação, mas também em matéria de boa governação e reforma da administração pública.
Sem uma boa governação, não é possível alcançar elevadas taxas de crescimento e uma convergência económica regional, de acordo com o relatório, que refere que são as cidades que mais sofrem com a crise, por causa do desemprego. O relatório adianta que, em muitos Estados-Membros, os habitantes são expostos a um maior risco de pobreza e exclusão social. É por isso que as novas regras prevêem que pelo menos 20 % do Fundo Social Europeu sirva para reforçar a inclusão social lutar contra a pobreza.