sábado, 29 de dezembro de 2012

Bolivia nacionaliza empresas de electricidade da Iberdrola

O presidente boliviano, Evo Morales, decretou hoje a nacionalização de duas empresas de distribuição de electricidade da espanhola Iberdrola, devido, segundo alegou, à diferença de preços cobrados entre a zona urbana e a rural.
As nacionalizações, anunciadas através de um decreto assinado por Evo Morales, afectam a Electropaz, sediada em La Paz, e a Elfeo, em Oruro. Além das duas distribuidoras de electricidade, a medida engloba também uma empresa de serviços e uma outra ligada aos investimentos da empresa espanhola, que fica assim sem qualquer presença no país.
De acordo com jornal espanhol El País, Morales considera que a nacionalização, que implicou a ocupação das instalações das empresas por parte de forças militares, vai “garantir o direito humanitário à electricidade” por parte das populações rurais. "Somos obrigados a tomar este passo para que as tarifas de electricidade sejam uniformizadas”, referiu Morales numa cerimónia que decorreu no palácio presidencial, citado pela AFP. Conforme descreve o El País, as zonas rurais pagam o equivalente a mais 0,10 euros por cada Kilowatt hora (kWh), além do serviço ser mais irregular.
O governo de Morales diz agora que irá indemnizar a Iberdrola, no prazo de 180 dias, após uma avaliação independente. No entanto, como relata o El País, ainda não houve qualquer compensação económica desde que a Colômbia chamou a si, em Maio, as acções que a Red Eléctrica Española detinha na Transportadora de Electricidad (TDE). Neste momento, todo o sistema de serviços de electricidade, desde a produção à distribuição final, é controlado pela boliviana Empresa Nacional de Electricidad (ENDE).
Desde que chegou ao poder em 2006, Morales já nacionalizou várias empresas, em vários sectores, desde o petróleo às telecomunicações, passando pela indústria mineira e energia.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

comunicado da EDP sobre fim de tarifas reguladas

" A partir do dia 1 de janeiro de 2013, serão extintas as tarifas reguladas de venda de energia a clientes finais domésticos (pequenos clientes de Eletricidade com potência contratada < 10.35kVA / pequenos clientes de Gás com consumo anual < 500 m3).
Na prática, a partir de janeiro, se um cliente final doméstico fizer um novo contrato, terá de escolher um operador do mercado livre. Para os clientes que, neste momento, se encontram no mercado regulado, não será obrigatório fazer nenhuma mudança (podendo estes permanecer no mercado regulado até dezembro de 2015).

De 1 de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, serão aplicadas, pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços de Energéticos), tarifas reguladas transitórias com agravamento, para que os clientes que permanecem no mercado regulado sejam incentivados a migrar para o mercado livre. A primeira tarifa transitória propõe um aumento de 2,8% e entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2013. Em março, a ERSE deverá propor um novo agravamento.
As dúvidas sobre estas mudanças, a acontecer a 1 de janeiro, estão a causar uma grande afluência às lojas e 'contact centers' da EDP, como explica Miguel Stillwell, administrador da EDP Comercial: "Verificámos nesta primeira quinzena de dezembro 360 mil clientes nos 'contact centers' e 60 mil nas lojas, um aumento médio de 30% no país e que está entre os 50% e 100% nos centros urbanos face ao mesmo período do ano passado".
Miguel Stilwell deixa uma "nota de tranquilização aos consumidores" e garante que "todos os clientes continuarão a ser fornecidos durante 2013, 2014 e 2015". Sublinha que "podem calmamente esperar para fazerem a passagem para o mercado livre" e que “não é preciso fazê-lo até ao final deste ano".
Saiba mais sobre a liberalização do mercado."

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lojas da EDP estão a receber inundações de clientes


Chegam-nos notícias de que várias lojas da EDP estão a receber inundações de clientes. O acesso, aparentemente inusitado, parece ter a ver com a circulação de informações erradas sobre o fim das tarifas reguladas.
A confusão estará relacionada com a ideia de que as tarifas obrigatoriamente acabariam este 31 de dezembro. Assim parece ser da front page da ERSE, nomeadamente porque o primeiro parágrafo da notícia induz a confusão: “As tarifas reguladas de venda a clientes finais acabam no final de 2012 para a totalidade dos consumidores portugueses de eletricidade e gás natural, que devem começar a procurar um comercializador de mercado, tendo um período transitório de três anos para o fazer”.
Leia a restante informação no site da ERSE

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Boas Festas e um ano novo com mais cidadania pelo ACT


20-dez. comunicado do sindel sobre negociações

... "Como temos vindo a afirmar nos plenários, uma das questões mais importantes na discussão deste anexo e do próprio ACT, prende-se com o facto de existirem posições antagónicas entre as partes (SINDEL e EDP) relativamente ao sistema de evolução na carreira, automatismos entre Br e a evolução somente pelo mérito. O SINDEL/FETESE e a EDP têm vindo a discutir as bases de um novo modelo que concilie as posições...
"leia toda a informação aqui

21-dez: EDP chega à Austrália e ao Chile à boleia dos chineses da Three Gorges

Austrália, Chile, Perú ou China são apenas alguns dos mercados onde a EDP pode estar prestes a investir em novos projetos de energia renováveis, sejam parques eólicos em terra ou em alto mar ou ainda centrais solares fotovoltaicas. 

De acordo com o presidente executivo, António Mexia, a EDP e China Three Gorges, a maior acionista da empresa portuguesa com 21,35%, estão neste momento a analisar um total de 15 novos projetos de investimento em vários pontos do mundo. 
"Este primeiro ano de parceria teve resultados muito positivos. Vamos fazer mais juntos que sozinho e já estamos a estudar mais de 15 projetos em conjunto nos EUA, América Latina, Europa, África, Ásia e Austrália", disse Mexia no evento de balanço da parceria entre as duas empresas que decorreu esta tarde no Museu da Electricidade em Lisboa.
De acordo com a apresentação de Mexia nesse evento, em análise estarão oportunidades nos Países de Leste, no Chile, Brasil, África do Sul ou China.
Estes investimentos serão, maioritariamente em parques eólicos, mas António Mexia adiantou ainda, já à margem da cerimónia, que estão outras tecnologias renováveis em estudo, no entanto, deixou novos comentários para quando os negócios estiverem fechados.
Estes 15 projetos em análise fazem parte do compromisso, firmado aquando da privatização, da Three Gorges investir dois mil milhões de euros em parques eólicos da EDP em  todo o mundo, tanto já existentes como novos.
notícia do site dinheirovivo.pt

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

desconto na luz vai entrar no próximo IRS


“ Na reunião formal plenária de hoje (19/12/2012), continuaram a estabelecer-se mais alguns acordos que não divergem do atual ACT. Assim, a CNS/FIEQUIMETAL, deu acordo de princípio às cláusulas 11ª, 47ª, 75ª, 78ª (salvaguardando o período de 5 dias úteis para apresentação ao trabalho), 91ª, 93ª, 115ª e 119ª.
Nesta reunião a EDP informou que, na Declaração de Rendimentos referentes a 2012, vai aparecer como um dos rendimentos auferidos o valor correspondente ao desconto efetuado no consumo de eletricidade.
Como já foi explicado nos plenários de trabalhadores realizados, esta situação é mais um rombo no rendimento disponível dos trabalhadores promovido pelo governo.
Estaremos atentos à aplicação desta medida e da sua forma de cálculo.
Por outro lado, considerando que na próxima reunião de negociação estará esgotado o prazo para resposta à proposta de revisão salarial/2013, apresentada pela CNS/FIEQUIMETAL, aguarda-se que a CN/EDP proponha o início dessa negociação, sem o que esta CNS o exigirá.
A próxima reunião será no dia 9 de Janeiro de 2013.
Lisboa, 19-12-2012”

domingo, 16 de dezembro de 2012

ERSE continua a trabalhar para destruir o serviço público de energia

"Os preços da electricidade vão aumentar 2,8% a 1 de Janeiro de 2013 para a maioria dos consumidores domésticos em baixa tensão normal. A nova tarifa é transitória – em Abril poderá haver um novo aumento – e aplica-se a quem continua no mercado regulado, ou seja, aos consumidores que ainda não escolheram um fornecedor de energia do mercado liberalizado.

O agravamento foi fixado nesta sexta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), depois de ouvido o Conselho Consultivo deste regulador e abrangerá cerca de 5,6 milhões de consumidores.
Para quem paga, em média, 46,5 euros de electricidade por mês, o aumento da tarifa é de 1,24 euros.
O mercado de electricidade (e o do gás) está em fase de transição – deixará de haver tarifa regulada, passando o mercado ser liberalizado. Nesta fase transitória, em que os consumidores escolhem um fornecedor de electricidade no mercado concorrencial, continuará a haver tarifas reguladas (até ao final de 2014).
Neste período, e ao contrário do que acontecia até aqui, a tarifa passa a ter um carácter transitório e passa a ser revista a cada três meses. A tarifa que entra em vigor no primeiro dia de Janeiro dura, por isso, até ao final de Março, podendo haver um novo aumento do preço da electricidade.
No Conselho Tarifário, um órgão consultivo, estão representadas entidades do sector eléctrico, empresas de produção e distribuição e consumidores industriais e domésticos."

notícia Jornal Público

sábado, 15 de dezembro de 2012

EDP vende direito a receber rendas do Estado e encaixa 141 milhões

13/12/2012 | 21:24 | Dinheiro Vivo

A EDP vendeu o direito a receber as rendas que Estado lhe irá pagar em 2013 referentes aos contratos de produção de energia, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado enviado ao mercado, a elétrica adianta que "a EDP Distribuição, entidade concessionária e operadora da rede  nacional de distribuição de energia eléctrica, detida a 100% pela EDP, vendeu hoje o  direito a recuperar o valor do ajustamento anual referente a 2010, da compensação devida pela cessação antecipada dos contratos de aquisição de energia, que foi  objecto de diferimento para 2013, no montante de 141.480.094 euros, acrescido de juros".
Quer isto dizer que, com esta operação, a EDP encaixa já este montante em vez de o receber só em 2013, mas nessa data terá de o devolver porque o Estado lhe irá pagar.
Os cerca de 141 milhões de euros são referentes às rendas que a EDP tinha a receber do Estado pela produção de eletricidade de 2010 mas, este ano, o Governo decidiu diferir esse pagamento para 2013 para permitir que os preços da eletricidade não subissem tanto. 
De acordo com a proposta do regulador de energia, os preços da eletricidade para 2013 deverão subir apenas 2,8%, o aumento mais baixo dos últimos dez anos. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Fiequimetal convoca greve na EDP

"Às zero horas de dia 15, inicia-se um período de greves, na EDP Distribuição e EDP Produção, que se prolonga até às 24 horas de 3 de Janeiro. Em causa está o pagamento do trabalho suplementar e em dias feriados a valores inadmissíveis, a par de outros ataques aos trabalhadores, num grupo empresarial que não pode alegar qualquer crise, já que continua a apresentar lucros milionários."
Veja o pré-aviso e toda a notícia clicando aqui.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

comunicado do sindel sobre negociações ACT

"A CNS SINDEL/FETESE dá a conhecer através do quadro abaixo, essas matérias para que não existam dúvidas no seio dos trabalhadores. Os associados e os trabalhadores da EDP podem assim consultar os textos acordados (base - a proposta da EDP) que já foram distribuídos via email."
clique aqui e veja o comunicado em pdf.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Reunião negociações ACT de hoje dia 5

"Na reunião formal plenária de hoje (05/12/2012) estabeleceram-se mais alguns acordos a cláusulas cujo conteúdo não diverge do actual ACT. Mantiveram-se em suspenso outras que aguardam clarificação e/ou resposta da empresa. Não existiu abordagem das matérias, que como temos informado, se constituem como alvo de profundas discordâncias, por introduzirem alterações substanciais nos direitos detidos. Assim, a CNS/FIEQUIMETAL deu acordo de princípio as clausulas 67ª, 68ª, 77ª, 94ª e 95ª. A próxima reunião será no dia 19 de Dezembro de 2012.
Lisboa, 5/Dezembro/2012 A CNS/FIEQUIMETAL"

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Carta aberta aos nossos colegas da EDP

Seis apontamentos breves sobre os argumentos para a denúncia do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT)
Este é um breve e rápido olhar sobre apenas alguns dos argumentos invocados pela Administração na denúncia do ACT. Está construído no sentido da defesa dos nossos direitos, da partilha, informação e divulgação aos nossos colegas de trabalho.
Clica aqui e lê em pdf este trabalho elaborado pelo grupo promotor da ex.lista B à CT da Distribuição. DIVULGA!

Comunicação enviada aos Sindicatos e CTs

Aos Sindicatos e Comissões de Trabalhadores 
Boa tarde. 
Como é do conhecimento geral, um grupo de trabalhadores promoveu a petição “UNIR PARA DEFENDER OS DIREITOS”. 
A petição recolheu mais de 1150 assinaturas. Parece-nos que esta elevada participação é um sinal claro dos subscritores pela defesa da Unidade em torno de propostas concretas, de uma informação envolvente e contínua e da participação decisória dos trabalhadores. 
Desejamos que tenham isso em consideração no decorrer dos processos negociais e colocamo-nos à disposição do vosso sindicato ou CT para quaisquer esclarecimentos e encontros. 
Pela defesa do ACT, da unidade e dos direitos dos trabalhadores." 
Cumprimentos. 
Vítor Manuel Carvalho Franco
José das Neves Filipe
(http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28421) 

Proposta de tabela salarial 2013 da Fiequimetal

O Plenário de Delegados Sindicais da EDP e da REN reuniu no passado dia 30 de Novembro, tendo analisado e decido sobre a proposta de revisão salarial para 2013 e sobre o ACT/EDP e REN, com particular incidência na defesa dos direitos.
Clica em aqui e lê o comunicado

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Continua greve nos regimes especiais de trabalho

Comunicado do Siesi:
"O feriado de 1 de Dezembro conheceu resultados extremamente significativos de adesão à Greve que decorre aos dias normais que coincidem com feriados no regime de turnos, a qual tem origem na redução de cerca 75% no valor do seu pagamento, após a EDP adoptar a política contra os direitos expressa no Código do Trabalho.
A Central de Sines registou uma adesão elevada e afectação da instalação.
Nos Despachos da Distribuição e nos Piquetes de reparação de avarias continua também a demonstração inequívoca de rejeição desta inaceitável posição da empresa e exigência de cumprimento do ACT.
A luta vai continuar e acentuar-se. É inaceitável que se retire nos direitos dos trabalhadores e se agrave as condições de vida e de trabalho! "
Leia todo o comunicado clicando no link abaixo:
https://docs.google.com/open?id=0B26PflHxSf2DczZ2dnZjUkRlalk

sábado, 1 de dezembro de 2012

EDP quer cinco eólicas de alto mar perto da Nazaré


EDP quer cinco eólicas de alto mar perto da Nazaré


25/11/2012 | 21:20 | Dinheiro Vivo
A EDP, que tem a única eólica de alto mar em operação em Portugal, quer instalar mais cinco novas torres de produção de energia, desta vez no mar perto da Nazaré. "Com grande probabilidade será desenvolvido na zona-piloto [de energia das ondas] em São Pedro de Moel", referiu ao Dinheiro Vivo fonte da empresa.
O objetivo é instalar até um máximo de cinco torres eólicas Windfloat (flutuantes), ou seja, iguais ao protótipo que está na Aguçadoura, na Póvoa do Varzim, com uma capacidade de 25 MW. Ou seja, o suficiente para abastecer mais de 5000 famílias.
Ler mais aqui: http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO073402.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Comunicado do Sindel sobre o ACT

Realizou-se dia 21 mais uma reunião plenária da negociação do ACT EDP.
Foram dados mais acordos de principio a clausulas ou artigos de Anexos que foram entretanto discutidas e acertadas nas reuniões intercalares.
Novas reuniões plenárias marcadas para os dias 5 e 19 de Dezembro de 2012.
Entretanto e no âmbito das reuniões intercalares, a CNS SINDEL/FETESE já colocou a questão dos valores a pagar pela prestação do trabalho suplementar e em dia feriado, face às alterações da Lei, vincando a nossa posição de que a EDP tinha condições para continuar a proceder de acordo com o ACT ainda em vigor.
Esta nossa convicção, que nos levou igualmente a decretar um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar por tempo indeterminado, assume hoje mais relevância face ao parecer do Inspector Geral do Trabalho (ACT), em que este afirma que as alterações à lei devem ser entendidas como “mínimos”.
Assim, a CNS SINDEL/FETESE entende que a EDP deve reflectir novamente sobre esta questão e repor as condições em vigor no ACT. A não se verificar tal alteração, o SINDEL ver-se-á forçosamente na contingência de endurecer as formas de luta em curso.
Relativamente ao processo negocial, a CNS/SINDEL continua a apelar às sugestões dos associados através dos emails lisboa@sindel.pt ou contratacao@sindel.pt.
Lisboa, 23 de Novembro de 2012 
A CNS SINDEL/FETESE

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

comunicado da Fiequimetal sobre ACT


Na reunião formal plenária hoje (21/11/2012) realizada, a CNS/FIEQUIMETAL deu acordo para uma das onze cláusulas que estão pendentes por ausência de resposta da CN/EDP.
A CNS/FIEQUIMETAL entregou três contrapropostas:
- Para a cláusula 30ª da proposta da EDP, sobre o registo dos tempos de trabalho;
- Para o Horário Especial Continuo, de forma a garantir aos trabalhadores os direitos consignados (horários, remuneração e dias de dispensa ao serviço);
- Para a Concessão de Energia Eléctrica ou Gás a preços reduzidos.
Não encontramos nada na legislação ou regulamentos que colidam com a manutenção do direito nos termos em que está definido no ACT e porque a CN/EDP não foi, até agora, capaz de demonstrar o contrário.
A contraproposta formulada alarga o direito, por opção dos trabalhadores, ao Gás e contém alterações para responder à liberalização do tarifário.
A contraproposta vai de encontro às posições manifestadas pelos trabalhadores no decurso dos plenários realizados pelos Sindicatos.
A próxima reunião será no dia 5 de Dezembro de 2012.
Lisboa, 21/Novembro/2012
A CNS/FIEQUIMETAL

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os preços da eletricidade para os domésticos deverão subir, em média, 15% até 2035


Um dos argumentos para a liberalização da energia (a nível mundial e nacional) era o de que a concorrência iria fazer baixar - a prazo - os preços da energia.  A AIE vem agora dizer o contrário. "Os mentirosos são como os coxos, apanham-se depressa".
notícia em http://www.dinheirovivo.pt/
"Os preços da eletricidade para os domésticos deverão subir, em média, 15% até 2035 em todo o mundo, apontam as mais recentes estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE).  
Este aumento, repara o mesmo relatório, será mais significativo no Japão e na Europa e está ligado a uma maior produção através de renováveis e, consequentemente, aos subsídios pagos aos operadores para investir em tecnologias que ainda são mais caras que as convencionais.
Diz o relatório que, em 2011, estes subsídios atingiram os 69 mil milhões de euros (88 mil milhões de dólares), mais 24% que em 2010 e principalmente devido à expansão dos projetos solares na Alemanha e Itália. 
E a longo prazo, "entre 2012 e 2035 irão gastar-se 2,7  biliões de euros (3,5 biliões de dólares) em subsídios às renováveis em todo o mundo, dos quais dois biliões (2,6 biliões de dólares) referem-se a projetos que já estão em desenvolvimento ou mesmo em operação e a produzir energia", reparou o analista sénior da AIE, Marco Baroni, na conferência da Elecpor que decorreu terça-feira em Lisboa. 
Para este responsável, outra das razões apontadas pela AIE para o aumento dos preços da eletricidade é o aumento dos preços dos combustíveis, consequência de uma subida de 14% na procura devido aos países emergentes. Segundo as previsões a Agência estimam que, em 2035, o preço do barril de petróleo atinja os 125 dólares."

domingo, 11 de novembro de 2012

pagamento de trabalho extraordinário --> ACT dá razão aos trabalhalhadores

importante vitória, divulga-a:
informação da CGTP:
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Enviada: sexta-feira, 9 de Novembro de 2012 9:07
Para: José Luis Pereira Forte
Exmo. Senhor
Inspetor Geral do Trabalho
Assunto: solicitação de informação
Senhor Inspetor Geral,
Algumas empresas têm vindo invocar as disposições da Lei 23/2012, para se eximirem ao pagamento do trabalho suplementar, retribuição do trabalho normal prestado em dia feriado e descanso compensatório por essa mesma prestação, com a alegação de que estão impedidas de o fazer, ainda que por ato de gestão ou acordo celebrado posteriormente à publicação da lei.
A CGTP-IN entende que essas empresas não têm razão, desde logo, porque a lei não as impede, nem poderia impedir, de adoptarem os atos de gestão mais adequados para defenderem os seus interesses, sob pena de intromissão da lei na gestão dessas mesmas empresas.
Acresce ainda que, do disposto no art.º 268.º, n.º 3 de Código do Trabalho, conjugado com o art.º 7.º, n.º 5, da referida Lei 23/2012, extrai-se que as partes não estão impedidas de, por acordo ou ato de gestão, manter o pagamento do mesmo valor de trabalho suplementar constante das convenções coletivas, ou até aumentá-lo, assim como o valor do trabalho normal em dia feriado ou do descanso compensatório.
Tendo em conta que esta matéria, por falta de clarificação, está a gerar situações de conflito, que são evitáveis, vimos solicitar a V. Ex.ª que esclareça qual a posição da ACT o mais brevemente que lhe for possível agradecendo que, se tal for possível, nos preste esse esclarecimento por escrito.
---
Resposta da ACT:
Na sequência da questão formulada no e-mail infra, informa-se o seguinte:
De acordo com o n.º 4 do artigo 7º da Lei 23/2012, de 25 de junho, que altera o Código do Trabalho (CT), encontram-se suspensas pelo prazo de dois anos as disposições de instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho e das cláusulas de contratos de trabalho que dispõem sobre:
“al. a) Acréscimos de pagamento de trabalho suplementar superiores aos estabelecidos pelo Código do Trabalho;
al. b) Retribuição do trabalho normal prestado em dia feriado, ou descanso compensatório por essa mesma prestação, em empresa não obrigada a suspender o funcionamento nesse dia” .
No entanto, o pagamento do trabalho suplementar regulado nas alíneas a) e b) do n.º 1 artigo 268.º do CT e   retribuição e o descanso compensatório previstos no artigo 269º do CT, devem entender-se como valores mínimos, podendo ser praticados outros desde que superiores.
Nada parece impedir, que as empresas paguem valores superiores aos acréscimos atualmente previstos no n.º 1 do artigo 268.º do CT, ou que o descanso compensatório seja superior a metade do número de horas prestadas.
Com os melhores cumprimentos,
O Inspetor Geral
José Luís Forte

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sindicatos da CGTP e UGT já convocaram greve para a EDP

FIEQUIMETAL ( Siesi, SITE Norte, Site Centro e Sul...) FETESE, Sindel, entre outros já convocaram greve geral para a EDP. Na Europa alastram os movimentos de solidariedade e protesto para este dia:
Espanha : Greve Geral
Alemanha : Comícios da DGB em 12 cidades. Mensagens de solidariedade a nível nacional e a nível de empresas transnacionais com filiais nos países mais atingidos pela crise. Reunião do Presidente da DGB, no dia 14, com Angela Merkel (a confirmar).
Áustria: A OGB organiza acções de solidariedade com os trabalhadores europeus confrontados com medidas de austeridade, em Viena, no dia 14 de Novembro.
Bélgica : Concentrações junto a embaixadas de países da UE e acções de sensibilização.
CES : Participação na Jornada Europeia de Acção e Solidariedade através do facebook.
França : CFDT, CGT, FSU, Solidaires e UNSA : Manifestações unitárias em todo o país.
Grécia : Greve Geral de 48 horas (6 e 7) e Greve Geral no dia 14 (ainda por confirmar).
Holanda: A FNV promove uma Conferência no dia 14 de Novembro, para expressar solidariedade aos trabalhadores europeus confrontados com medidas de austeridade.
Itália : A CGIL convocou 4 horas de greve geral e manifestações em todas as regiões para o dia 14 de Novembro. A Administração Pública da CGIL faz greve de 24 horas, também no dia 14. A CGTP participa, nesse dia, na manifestação da CGIL, em Nápoles.
Roménia : Acções em todas as regiões.
Reino Unido : O TUC prevê acções de solidariedade, com actividades na internet, publicação de um blogue, uso de páginas facebook e comunicados de imprensa.
Republica Checa : Manifestações em 17 de Novembro, contra cortes orçamentais.
Eslovénia : Manifestação da ZSSS, no dia 17 de Novembro, contra a austeridade.
Suíça : Acções da USS em conjunto com Sindicatos alemães em empresas transnacionais, de 6 a 14 de Novembro.

domingo, 28 de outubro de 2012

Privatizações causam mal-estar entre Ulrich e BESI

Continua a polémica sobre a privatização da EDP. Diz o Jornal de Negócios: 

" Líder do BPI afirmou que "quem contestou" a contratação da Perella para assessor do Estado na venda da EDP "teve logo um ajuste directo a seguir". Fonte oficial do BESI, cujo presidente até junto do Governo criticou a escolha da boutique financeira, diz que declarações são "inaceitáveis".
"Quem contestou teve logo outro ajuste directo a seguir. O BPI não entrou nessa discussão. Houve duas contratações do Estado nas privatizações. O primeiro contrato foi para a Perella, o segundo foi entregue a quem protestou" pela escolha da boutique financeira, que "ficou como assessor do Estado nas privatizações da TAP e da ANA".

Foi assim que Fernando Ulrich respondeu aos jornalistas quando questionado sobre a adjudicação directa da venda da EDP à Perella. "

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Denúncia e negociação do ACT, comunicado 4 da FIEQUIMETAL


"Realizou-se hoje, dia 24 de Outubro, a quarta Reunião Formal Plenária do processo negocial do ACT, de acordo com o protocolo.
As reuniões informais são as de trabalho concreto, nesta fase, sobre o Clausulado Geral e as reuniões Plenárias de ponto da situação.
A CNS/FIEQUIMETAL graduou a sua apreciação do Clausulado Geral tendo em conta o ACT em vigor, pelo que os acordos de princípio estabelecido são as cláusulas iguais face a proposta da EDP ou com diferenças sem conteúdo relevante.
Assim nesta reunião a CNS/FIEQUIMETAL deu o acordo de principio a mais um conjunto de clausulas que, somando as já anteriormente dadas, totalizam 33.
DIA 14 DE NOVEMBRO – GREVE GERAL
Tendo em conta a grave situação politica, económica e social a que o governo PPD/CDS tem conduzido o País, os Sindicatos vão realizar Plenários de Trabalhadores.
Apelamos à participação dos trabalhadores nos referidos Plenários, onde serão prestadas informações e esclarecimentos sobre o processo negocial e a natureza da proposta da empresa.
A próxima reunião será no dia 21 de Novembro de 2012.
Lisboa, 24/Outubro/2012
A CNS/FIEQUIMETAL"

Informação/”Feriados” comunicado do SIESI

"Os trabalhadores em regime de turnos continuam com a greve ao trabalho suplementar e aos dias normais de trabalho coincidentes com feriados, exigindo a reposição das remunerações e descansos compensatórios, no respeito integral pelo acordado em sede do Acordo Colectivo de Trabalho.

Relembramos que as escalas de turnos são elaboradas com o número de dias resultantes das horas trabalhadas pelo horário normal (retirados os sábados, domingos, feriados em dia útil e férias).
Supondo que as horas trabalhadas pelo horário normal correspondem a 216 dias (a 8 horas), logo esse é o máximo trabalhável pelo trabalhador de turnos. A elaboração da escala anual, onde os “feriados” a trabalhar se somam aos dias máximos de trabalho, e partindo do pressuposto que neste exemplo seriam 7, daria que o período de trabalho seria de 223 dias. Caso subsistisse o descanso compensatório dos “feriados”, o seu gozo iria originar que o número de dias trabalhados voltaria a 216. Com a prática da empresa, após 1 de Agosto, mas atendendo à forma como os horários estão concebidos, o trabalhador continuará a ter tantos dias de trabalho a mais quantos os “feriados” que trabalhasse, neste caso 7.
Assim, só após o gozo daquelas compensações, ou a retirada, quando possível, de dias de reserva das escalas de turnos, é que o período de trabalho anual estará certo, tendo já sido colocada à EDP a necessidade de serem creditados aos trabalhadores.
Aluta desenvolvida terá de levar a um recuo da EDP, sendo que se, entretanto, forem apresentadas as escalas para 2013, estas não poderão ter mais dias de trabalho do que os encontrados da forma acima referida, pois não se somarão quaisquer outros, nomeadamente os referentes aos dias normais de trabalho que coincidem com feriados.

Pagamento dos dias que coincidem com feriados:
O SIESI volta a informar que a EDP ao assumir como seu o Código do Trabalho, considerando a opção por esta forma, irá pagar o “feriado” nos turnos da seguinte forma:
50% do valor correspondente ao período de trabalho (8 horas = 4 horas) – Ex: valor hora = 13 euros X 8 horas = 104 euros. 50% (4 horas) de 104 euros = 52 euros a receber.
O processamento feito do feriado de 15 de Agosto foi de um valor superior. Tratou-se de uma falha e a empresa vai regularizar, deduzindo a diferença.
No entanto, também se poderá verificar que a empresa reconheça a razão que nos assiste, pagando um valor superior, mesmo assim abaixo do que se reclama."

domingo, 21 de outubro de 2012

Relvas e Ricciardi escutados a falar sobre privatização da EDP

Investigação Monte Branco

Relvas e Ricciardi escutados a falar sobre privatização da EDP

No quadro das averiguações ao caso Monte Branco, a Polícia Judiciária “tropeçou” em conversas telefónicas que envolveram José Maria Ricciardi, do BESI, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e assessores financeiros nas privatizações da EDP e da REN.
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Nos bastidores de um grande negócio

Por Cristina Ferreira
A privatização da EDP, a nona maior operação do ano no sector da energia, em termos mundiais, não escapou a polémicas

Dá-se como certo que nas grandes operações financeiras, em particular quando envolvem autorizações estatais, há sempre uma forte componente de lobbying com os assuntos a serem tratados entre os gabinetes ministeriais e os dos assessores financeiros e jurídicos. Pelo meio circulam os comissionistas. O interesse aumenta quando os negócios têm relevância internacional. Foi o caso da privatização da EDP, classificada pela consultora PWC como a nona maior transacção realizada em 2011 a nível mundial no sector.

O executivo liderado por Pedro Passos Coelho esperava que a primeira privatização do seu mandato, considerada pela troika a mais volumosa das que estão previstas, fosse um sucesso. E foi. A venda à China Three Gorges Corporation de 21,35% do capital da EDP gerou um encaixe de 2,7 mil milhões de euros, mais do que o expectável.

Aparentemente, a operação tinha tudo para correr bem. Mas a saída do Estado da EDP não foi consensual: trata-se da maior empresa portuguesa associada à ideia das reservas nacionais de energia. Porém, a discussão não se esgotaria entre adeptos e opositores da privatização. A venda do controlo da operadora a uma empresa chinesa em detrimento de uma europeia, a decisão tomada a favor de um outro Estado, ainda por cima não democrático, e os termos em que se concretizou o negócio estatal, sem os critérios seguidos em anteriores privatizações, sujeitas a um júri e a uma Comissão de Acompanhamento das Reprivatizações (extinta assim que o Governo tomou posse), geraram controvérsias.

A 30 de Agosto de 2011 os mercados foram confrontados com uma decisão ministerial cuja legitimidade alguns juristas consideraram duvidosa. Vítor Gaspar anunciou a contratação, por ajuste directo, da Perella Weinberg Partners para assessorar o Estado nas privatizações da EDP (21,35%), da REN (40%) e da Galp (10%). Decisão que arredou do negócio de 16 milhões as instituições que constavam da short list que manifestara interesse na operação, onde não estava a Perella. Gaspar justificou-se com a falta de tempo para lançar um concurso público.

O jurista Bacelar Gouveia veio, então, suscitar a questão: "Se a empresa não está pré-qualificada, é óbvio que o contrato é ilegal e qualquer um dos outros interessados pode impugnar a decisão do Governo. E qualquer cidadão pode pedir ao Ministério Público para investigar."

Os bancos preteridos lembraram que a escolha dos assessores do Estado na privatização da Galp foi feita com base num concurso limitado, cujo vencedor foi anunciado ao fim de uma semana. A Procuradoria-Geral da República admitiu, até, avançar com averiguações. Para esvaziar a discussão, as Finanças impuseram à Caixa BI a subcontratação da Perella, o que desencadeou os protestos de dois gestores da CGD, Nogueira Leite e Nuno Fernandes Thomaz.

Por vezes, as grandes surpresas surgem quando menos se espera. A 16 de Julho, seis meses depois do desfecho da privatização, a Caixa Banco Investimento (BI), o Espírito Santo Investment Bank (BESI) e a Parpública, que gere as participações do Estado, foram alvo de buscas policiais sustentadas em tráfico de influências e abuso de informação. O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) explicou, em comunicado, que actuava no âmbito do processo Monte Branco, para "esclarecer e investigar a intervenção e conduta de alguns dos assessores financeiros do Estado" nas privatizações da REN e EDP. O DCIAP afastou dúvidas: "Não está em causa o sentido da decisão final assumida naquelas privatizações [venda aos grupos chineses]."

As grandes transacções geram sempre múltiplos interesses. Vários grupos mostraram vontade de estudar o dossier EDP: a alemã E.ON, as chinesas Three Gorges e China Power, as brasileiras Eletrobras e Cemig, a EDF e a Gas Natural Fenosa.

É nessa altura que os candidatos começam a seleccionar os assessores financeiros, jurídicos e de comunicação, na expectativa de que possam, de algum modo, influenciar o decisor. A dimensão do negócio EDP e a sua relevância internacional, não podiam, portanto, deixar de animar o mercado nacional das fusões e aquisições.

No campo jurídico, os alemães da E.ON. apareceram com o escritório Linklaters, liderado por Jorge Bleck conotado com o PSD, a Three Gorges contratou o gabinete Serra Lopes, Cortes Martins, a Electrobras a PLMJ, ligada a outro social-democrata, José Miguel Júdice. Já a EDF contratou a Uría Menedez/Proença de Carvalho, bloco central, e a Gás Natural Fenosa, Campos Ferreira-Sá Carneiro, que abandonaram a corrida à partida. Por seu turno, a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva (MLGTS) manteve-se a apoiar o Estado/EDP.

O BESI surgiu envolvido na concepção da proposta económica e financeira da candidatura que viria a vencer - a Three Gorges. Já a E.ON escolheu o Deutsche Bank.

A temperatura subiu nos bastidores do negócio assim que o conselho geral de supervisão da EDP elegeu a E.ON e a ChinaThree Gorges como as propostas mais interessantes para ficar com a EDP e deixou cair as brasileiras Eletrobras e Cemig. Nos meses que antecederam o anúncio do vencedor o Governo dividiu-se: Gaspar e Passos Coelho inclinavam-se para a oferta alemã (2,54 mil milhões), por ser europeia, e Relvas para a brasileira Eletrobras (2,56 mil milhões).

Foi neste quadro de disputa que se intensificaram os contactos entre banqueiros, advogados e políticos nas vésperas do Conselho de Ministros que ia tomar a decisão final. Por exemplo, o Financial Times revelou que a chanceler alemã Angela Merkel promoveu a oferta da E.ON junto de Passos Coelho.

No universo das grandes operações há outros jogadores que se movem. São os "comissionistas" ou intermediários, na gíria norte-americana conhecidos por lobistas. Em Lisboa, a oferta alemã era dada como bem posicionada. António Moura Santos, cunhado de António Guterres, surgiu a defender a proposta germânica. E foi neste contexto que se deslocou à Alemanha onde se cruzou com o presidente da EDP, António Mexia (ex-presidente da Galp). Os dois conhecem-se desde os anos 1990, quando Moura Santos apresentou Mexia a Pina Moura.

Na comunicação social surgiram informações, não confirmadas, a dar conta de uma denúncia entregue no Ministério Público por suspeitas de que os candidatos à EDP tivessem tido conhecimento prévio da oferta alemã. Mas a proposta estratégica e o valor atirado para cima da mesa pela China Three Gorges, 2,69 mil milhões de euros, retirou importância à queixa. 

Lá fora, como cá dentro, as grandes operações, envolvendo privados, alimentam múltiplos contactos com o poder político. Os banqueiros de investimento consideram naturais as ligações, pois numa sociedade livre todos têm o direito de lutar pelos seus interesses.

A Goldman Sachs é um caso paradigmático. Este ano, Marc Roche, que contou a história da Goldman Sachs, responsabilizou o banco pela actual crise da dívida soberana. Foi da GS que saíram o ex-secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson (ex-CEO), Mario Draghi, BCE, o primeiro-ministro italiano, Mário Monti, ou o ex-primeiro-ministro grego Lucas Papademos. António Borges, convidado por Passos Coelho, em Março, para liderar e acompanhar as privatizações, foi um dos vice-presidentes da GS em Londres, antes de ser nomeado director do departamento europeu do FMI.

O dossier Perella não escapa a uma análise mais fina. Criticada pela falta de curriculumno sector da energia, a empresa fundada em 2006 tem ligações relevantes à banca de investimento. Entre os sócios, estão ex-quadros de topo da Goldman Sachs e da Merrill Lynch. O partner português, Paulo Cartucho Pereira, esteve 20 anos na Morgan Stanley.

Usar conhecimentos para atingir certos objectivos pode ser feito de modo legítimo, ou ilegítimo se a influência privada for usada para introduzir opacidade na decisão pública. A fronteira é ténue e a grande questão é a de sempre: em que ponto o diálogo normal entre banqueiros, advogados, lobbistas e o Estado se transforma em troca de favores, tráfico de influências e corrupção?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

António Mexia: PSD e CDS "devem procurar mais o que os junta"


18/10/2012 | 20:12 | Dinheiro Vivo 
“Há uma diferença entre a crispação e o debate. Temos de saber manter essa fronteira [de forma] suficientemente inteligente. O debate é sempre bom, a crispação deve ser minimizada”, garantiu hoje António Mexia numa análise à atual crise na coligação.
Numa resposta por escrito ao Jornal de Negócios, o CEO da EDP garante que “Portugal precisa de trabalhar em conjunto” e que todos os intervenientes devem “neste momento procurar mais o que os junta do que o que os separa”. António Mexia, que foi ministro do Governo de Durão Barroso pediu ainda aos dois partidos no Governo que mantenham uma "fronteira suficientemente inteligente" entre o debate e a crispação.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

relatório da qualidade de serviço no sector eléctrico

A EDP Serviço Universal falhou em 2011 o padrão mínimo estipulado pela ERSE para atender as chamadas dos seus clientes em menos de um minuto, o que a empresa justificou com a dificuldade de mudar de operador de "call center". O regulador quer que a EDP "rapidamente volte a cumprir". 
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Electricidade vai subir 2,8% para quem continua no mercado regulado

As tarifas da luz deverão aumentar 2,8% a partir de Janeiro, para os consumidores domésticos, de acordo com a proposta hoje apresentada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
notícia jornal Público
Em 2013, será o primeiro ano em que deixa de haver tarifa regulada, excepto para os consumidores economicamente vulneráveis. Isso significa que, para quem se mantém no mercado regulado (ou seja, com a EDP Serviço Universal), as novas tarifas serão transitórias e podem alterar-se novamente no final do primeiro trimestre de 2013.
A entidade reguladora indica que para esta decisão tiveram principalmente influência os custos da energia, os apoios à produção em regime especial (que inclui além das renováveis a cogeração), e diversas medidas legislativas no âmbito do sector que já entraram ou vão ainda entrar em vigor.
Já no que respeita aos consumidores domésticos que passaram para o mercado liberalizado e não estão sujeitos à tarifa transitória, as variações sentidas no início do próximo ano poderão ser diferentes. Todavia, a verdade é que as ofertas em mercado têm acompanhado de perto os preços definidos pela ERSE, sendo calculadas com base num desconto face aos primeiros.
Os valores hoje apresentados serão ainda analisados pelo Conselho Tarifário, que representa os consumidores de electricidade e empresas do sector, e a decisão definitiva será anunciada a 15 de Dezembro. 
Quanto à tarifa social, que se aplica aos clientes economicamente vulneráveis, está previsto um acréscimo de 23%, de acordo com o comunicado divulgado pela entidade reguladora.
As novas variações de preços para a electricidade, hoje anunciadas, aplicam-se também aos Açores e à Madeira. Mas no caso das regiões autónomas, mantém-se a tarifa regulada e estes valores só irão ter alterações no início de 2014.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

eletricidade: importação sobe, consumo desce para nível de 2006

11/10/12, 09:02
OJE/Lusa


A importação de eletricidade duplicou nos primeiros nove meses do ano, em relação ao período homólogo, compensando a queda na produção hídrica, com as barragens portuguesas a responderem apenas a 8% do consumo nacional.
De acordo com dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, o saldo importador mais do que triplicou para os 6.315 GWh (gigawatt/hora) até setembro, quando em igual período do ano passado era de 1.855 GWh.
Ao mesmo tempo que a importação comercial disparou - de 3.223 GWh para 6.487 GWh -, representando cerca de 17% do consumo de eletricidade, a exportação de eletricidade, ainda que residual, caiu 87%, para 172 GWh.
Nos primeiros nove meses do ano, a produção hídrica caiu 59%, para 3.863 GWh, abastecendo apenas a 8% do consumo, o que resulta do período de seca prolongado.
Até setembro, as afluências aos aproveitamentos hidroelétricos representaram 35% dos valores normais, sendo que desde 1992 que não se registavam valores tão baixos.
No mesmo período, a produção eólica aumentou 12%, para 7.096 GWh e as centrais a carvão também intensificaram em 55% a produção, para 9.437 GWh, de acordo com os dados da gestora da rede elétrica nacional. 
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10/10/12, 15:32
OJE/Lusa

O consumo de eletricidade caiu 4,2% nos primeiros nove meses do ano, em relação ao período homólogo, o que antecipa um recuo do consumo em 2012 para os valores de 2006.
De acordo com os dados disponibilizados pela REN - Redes Energéticas Nacionais, o consumo de energia elétrica até setembro foi de 36.699 GWh (gigawatt/hora), o que representa uma queda de 3,2% face ao mesmo período do ano passado, que sobe para os 4,2% com a correção dos efeitos de temperatura e dias úteis.
Se a quebra no consumo se mantiver até ao final do ano nos valores atuais, 2012 vai fechar com um consumo de eletricidade com um valor aproximado ao de 2006, o que significa um recuo de seis anos, resultante da contração da atividade económica.
Em setembro, o consumo apresentou uma contração homóloga de 4,2%, com a referida correção dos efeitos da temperatura e do número de dias úteis, em linha com a média dos primeiros nove meses do ano, um cenário que se deverá manter inalterado nos próximos meses.
Nos primeiros nove meses do ano, a produção hídrica registou uma queda de 59% face ao período homólogo, enquanto a produção eólica aumentou 12%.

EDP e Galp deixam de informar clientes da tarifa social


09/10/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
A EDP e a Galp vão deixar de informar os clientes abrangidos pela tarifa social. De acordo com o diploma hoje publicado - que transpõe as directivas comunitárias do terceiro Pacote Energético - será o Governo, através da Direção Geral de Energia, a ter esse papel e a decidir se o consumidor é elegível para ter o desconto.
“A tarifa social é paga pelos comercializadores e por isso não faz sentido que sejam eles a fazer as campanhas. Além de que não é um cliente atractivo em termos comerciais", disse Artur Trindade.
De acordo com este dirigente há ainda muita falta de informação, até porque nunca se cruzaram os dados da EDP Distribuição e da Galp com os da Segurança Social, e por isso é que hoje ainda só existem 100 mil clientes com tarifa social num universo que se previa de 700 mil.
No entanto, diz Artur Trindade, o Governo está ainda a apurar se são de facto os 700 mil clientes a poderem ser abrangidos por esta tarifa com desconto. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

info 3 da fiequimetal

"Na reunião Formal Plenária de 10/10/2012, foi feito o ponto de situação das reuniões informais realizadas.
A CNS/FIEQUIMETAL deu acordo de princípio a um conjunto de cláusulas do Clausulado Geral iguais ao ACT em vigor, que, recordamos, foi a contraproposta enviada em tempo útil à CN/EDP por esta CNS.
A próxima reunião será no dia 24 de Outubro de 2012."

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Empresas de luz e gás vão ter acesso a dados pessoais de clientes

Dados pessoais "devassados" por empresa privada: "A legislação que cria esta base de dados foi aprovada ontem e entra em vigor em 2013. A sua gestão será feita por uma empresa privada".Leia mais aqui: http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO064338.html

PCP propõe preços máximos para eletricidade, gás e combustíveis.


O PCP vai apresentar uma proposta no Parlamento para a fixação de preços máximos para a electricidade, gás e combustíveis, atendendo às "dificuldades" das empresas e à "baixa brutal de rendimento" da generalidade da população.leia aqui o resto da notícia: http://www.noticiasaominuto.com/politica/14105/pcp-prop%C3%B5e-aos-deputados-pre%C3%A7os-m%C3%A1ximos-para-eletricidade-g%C3%A1s-e-combust%C3%ADveis#.UHSEji6eCJo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

governo anuncia brutal aumento de impostos

Clique em cima do nome dos jornais e veja as notícias no DN. PÙBLICO, JN, ExpressoDinheiro Vivo. CGTP marca greve geral, (leia aqui a resolução da CGTP). Movimento "que se lixe a troika" já convocou manifestações para 13 de Outubro (evento no facebook).

Apoio extraordinário

Petição ultrapassou as 1100 assinaturas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Greve ao trabalho suplementar alarga-se ao trabalho de turnos em feriados


Comunicado da Fiequimetal:
"O imediato aproveitamento das alterações introduzidas ao Código do Trabalho, por parte da EDP, com efeitos a 1 de Agosto, através da qual pretende remunerar este trabalho a pataco e eliminar quase na totalidade o descanso compensatório (...) mereceu a imediata declaração de greve ao trabalho suplementar pela FIEQUIMETAL, cujo pré-aviso se prolonga até 31 de Dezembro".
O comunicado dá "um pequeno exemplo" bem elucidativo:
Base: trabalhador na BR 14 com 20 anos de empresa = €2017.80 – Valor Hora = €12.25
1.ª hora – €18,37 (ACT); €15,31 (CT)
2.ª Hora – € 21.43 (ACT); €16,84 (CT). A partir da segunda hora todas serão remuneradas por este valor. Pelo ACT, se prestadas depois das 20 passariam a ser remuneradas a €24.50 (100%). O trabalho prestado em dia útil não tem qualquer descanso compensatório. No caso do trabalho em Sábado, Feriado e Domingo (HN) o trabalho prestado será apenas acrescido de 50% e não 100% (125% se prestado entre as 20 e as 07 horas) como determinado no ACT. Apenas o trabalho prestado ao domingo dá direito a um dia de descanso. No caso dos turnos, com base no mesmo exemplo de BR e antiguidade, o feriado seria remunerado com €220.48. Com o pretendido pela empresa passa a ser pago com o acréscimo de 59,71, sem descanso compensatório.
Informe-se junto da Fiequimetal.

domingo, 30 de setembro de 2012

comunicado do SINDEL

Pode ser lido, em pdf, clicando aqui: http://sindel.4porquatro.com/doc.php?co=163

Perguntas que nos enviaram, respostas que damos.

P. A petição quer que os sindicatos deixem de assinar o ACT?
R. Não quer e não pode, os sindicatos são os únicos intervenientes com poderes legais para assinar o ACT.

P. A petição não enfraquece os sindicatos?
R. A petição fortalece os sindicatos. Ela faz uma sugestão de unidade e participação dos trabalhadores, trabalhadores unidos e participativos dá sindicatos mais fortes e com maior poder negocial.

P. A petição não surge cedo demais?
R. A petição surge na hora certa: o começo do processo de negociação do ACT. As coisas começam no começo e não no fim onde já não há nada a alterar.

Quase, quase nas 1.000...

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28421

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

800 assinaturas

Prossegue a extraordinária adesão à vontade de unidade e participação dos trabalhadores. http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28421

FIEQUIMETAL - INFORMAÇÃO Nº 2 – Reunião de 26 de Setembro de 2012

Damos a conhecer o comunicado que esta Federação tem em distribuição:
Denúncia e negociação do ACT
Na reunião de hoje foi analisada e aceite a versão final do Protocolo, já com as propostas feitas pela FIEQUIMETAL e respondidas positivamente pela EDP.
Foi feito algum debate sobre os dados que nos foram entregues pela empresa.
Foi ainda reafirmada a necessidade urgente da entrega da documentação já solicitada e que até ao momento não nos foi disponilizada, de forma a possibilitar uma análise mais fundamentada que nos permita uma tomada de posição nas próximas reuniões.
A próxima reunião será no dia 10 de Outubro de 2012.
Lisboa, 26 de Setembro de 2012
A CNS/FIEQUIMETAL