sábado, 30 de dezembro de 2017

Prémio inabilidade comunicacional

Atribuído à Administração da EDP Comercial
Sem comentários, para bom entendedor meia palavra basta!


sábado, 23 de dezembro de 2017

Défice de 2017 tem uma ajuda da EDP

Artigo do jornalista Luís Reis Ribeiro, em https://www.dinheirovivo.pt/
"Quase 500 milhões de euros em receita adicional de IRC podem ser o segredo para a redução do défice para níveis históricos.
Duas datas marcam de forma feliz a execução orçamental deste ano: 27 de março e 22 de novembro. São as datas em que a EDP fez vendas massivas de défice tarifário, antecipando receita corrente e, com isso, pagando mais imposto ao Estado (IRC), uma receita extraordinária que pode chegar aos 467 milhões de euros, no total.
Em março, num comunicado à CMVM, a elétrica anunciou a venda de 592 milhões de euros de défices futuros, o que terá gerado uma receita fiscal adicional e inesperada de 235 milhões de euros.
Este valor foi já confirmado pelo Ministério das Finanças (MF) ao Conselho das Finanças Públicas (CFP) e à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), mas sem nunca revelar o nome do contribuinte em causa por razões de sigilo fiscal.
O nome EDP – Energias de Portugal foi, entretanto, confirmado pelo Dinheiro Vivo junto de várias fontes como sendo a fonte geradora de tal receita extra, tendo sido referido, pela primeira vez, pelo Jornal de Negócios. O CFP é o que vai mais longe, diz que se trata de uma “empresa privada”.
“Essa entidade não foi identificada pelo MF no pedido de esclarecimentos adicionais solicitado pelo CFP. No entanto a comunicação social referiu-a como sendo a EDP”, assumiu a entidade presidida por Teodora Cardoso na análise que fez à proposta de Orçamento do Estado para 2018.

Novo impulso
No entanto, a EDP não se ficou por aí. Em novembro, vendeu mais 584 milhões de euros, o que, de forma proporcional, poderá gerar mais 232 milhões de euros em receita de IRC.
O Dinheiro Vivo perguntou ao ministério de Mário Centeno se espera algum incremento adicional na receita de IRC do último trimestre deste ano na sequência de operações financeiras (as vendas de défice tarifário são assim classificadas pelo CFP e UTAO) realizadas por empresas e qual o valor envolvido.
Fonte oficial das Finanças respondeu que “não pode comentar”, remetendo eventuais respostas à questão para a síntese da execução orçamental apurada até final de novembro, a divulgar na próxima quarta-feira, 27 de dezembro.
Seja como for, o encaixe extra com impostos cobrados à EDP (somando as duas operações podemos estar a falar de 467 milhões de euros em coleta adicional de IRC) perfila-se como sendo a maior receita extraordinária de 2017 (uma medida one-off, defende Mário Centeno), ultrapassando inclusive os 450 milhões de euros da recuperação da garantia prestada ao falido BPP (receita de capital)".
Todo o artigo pode ser lido aqui

domingo, 17 de dezembro de 2017

Avaliação de ativos - onde é que já ouvimos isto? Dá milhões?!

Segundo notícias da Agência Lusa e do site abrilabril "as maiores empresas portuguesas vão poupar 242 milhões de euros em impostos nos próximos dez anos através do regime de reavaliação de activos criado pelo Governo em 2016, de acordo com a UTAO.
A pedido da comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) analisou o regime facultativo de reavaliação de activos e o impacto orçamental líquido que se espera que a medida venha a ter nos próximos dez anos, um documento que chegou hoje às mãos dos deputados e a que a Lusa teve acesso.
Em causa está uma medida prevista no Orçamento do Estado para 2016 (através de uma autorização legislativa) que foi vertida em lei em Novembro do ano passado e que permitiu ao Estado cobrar impostos antecipadamente às empresas aderentes entre 2016 e 2018, com a contrapartida para as empresas de pagarem menos IRC nos oito anos seguintes.
No relatório, os técnicos que apoiam o Parlamento concluíram que «o valor actualizado líquido que resulta do regime facultativo de reavaliação dos activos será negativo» em termos de arrecadação de receita fiscal num valor que «deverá situar-se em menos cerca de 242 milhões de euros», ou seja, mais 179 milhões de euros do que o Governo tinha previsto.
De acordo com a edição de hoje [13-07-2017] do Jornal de Negócios, a principal beneficiada será a EDP, que há dez anos que não lucra menos de 800 milhões de euros ao ano. No entanto, a lista estende-se a outras das maiores empresas cotadas: os CTT, a NOS e os gigantes das celuloses e do papel (Altri e Navigator).
A explicação para o impacto orçamental estimado da medida pelo Governo e pela UTAO ser «significativamente diferente» é também apresentada no relatório dos técnicos, que refere que «uma parte menos expressiva da diferença resulta de se terem assumido hipóteses distintas relativos à taxa e ao momento de desconto».
No entanto, a principal diferença reside no facto de «o Ministério das Finanças não ter considerado o efeito na despesa fiscal futura que decorre da aplicação da derrama estadual, da derrama municipal e dos respetivos efeitos de majoração».
«Em termos práticos, ao invés de considerar uma taxa global a aplicar aos benefícios fiscais, entre 29,5% e 31%, incluindo taxa de IRC, derramas e majoração, o exercício disponibilizado pelo Ministério das Finanças considerou apenas a taxa de IRC de 21%, uma opção incompleta que contribuiu para minorar o efeito global negativo para o Estado», argumentam os economistas..."

sábado, 16 de dezembro de 2017

Regulador confirma primeira descida da factura da electricidade em 18 anos

Notícia André Cabrita / Jornal de Negócios
"A factura da electricidade no mercado regulado vai mesmo descer 0,2% em 2018. A descida já tinha sido anunciada em Outubro e foi confirmada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) esta sexta-feira, 15 de Dezembro.
A descida de 0,2% da electricidade vai descontar nove cêntimos numa factura média mensal de 45,7 euros de uma família. A medida vai beneficiar os 1,2 milhões de consumidores no mercado regulado de electricidade, onde o único comercializador é a EDP Serviço Universal.
A última descida tinha tido lugar no ano 2000 (-0,6%). Nos últimos 10 anos as tarifas de electricidade subiram sempre anualmente. A subida mais acentuada das tarifas teve lugar no ano de 2009 (+4,3%), com a subida menos acentuada a pertencer a ano de 2017 (+1,2%).
Mas porque é que a electricidade vai descer no próximo ano? A contribuir para este recuo está o impacto do valor do ajustamento final dos contratos CMEC da EDP (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual), segundo as contas da ERSE. As contas finais dos CMEC ainda precisam de ser aprovadas pelo Governo até ao final deste ano, e a ERSE inclui este valor a "título previsional". O montante diz respeito ao segundo semestre de 2017 e ao ano de 2018.
Até agora, os contratos CMEC pesavam 250 milhões de euros por ano na factura dos consumidores, mas este valor vai descer a partir do próximo ano, tal como previsto na lei. A ERSE propôs que a EDP venha a receber cerca de 85 milhões de euros por ano, mas o grupo de trabalho da EDP/REN defende um valor a rondar os 95 milhões, incluindo a componente variável e a fixa.
Sobre este alívio na factura, a ERSE diz que "importa registar que o término dos ajustamentos anuais dos CMEC levará a uma redução da volatilidade e montante deste Custo de Interesse Económico Geral (CIEG)".
Também a criação de um leilão para as garantias de potência, um incentivo para as centrais eléctricas estarem sempre prontas a produzir, ajudou a uma redução de 50% neste custo para os 8,4 milhões de euros. O leilão para 2018 já deveria ter tido lugar, mas as dúvidas da Comissão Europeia sobre o modelo adoptado pelo Governo português levou à suspensão do leilão, até que Lisboa e Bruxelas estejam em sintonia neste dossiê.
Outra medida que contribuiu para a descida da tarifa foi a revogação de um despacho do Governo de Pedro Passos Coelho que permitiu à EDP e à Endesa repercutir os custos com a tarifa social e com a taxa da energia CESE nas facturas dos consumidores. Ao mesmo tempo que revogou o despacho, o Governo reverteu para as tarifas os valores decorrentes desta revogação. Esta medida aliviou as tarifas em cerca de 90 milhões de euros."

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Bons negócios continuam na EDP

O Jornal de Negócios anuncia que a EDP já conseguiu atingir o valor previsto na operação de recompra de dívida que tinha em curso no valor total de 500 milhões de dólares.
Artigo de Sara Antunes eNuno Carregueiro
"A EDP tinha em curso uma operação de recompra de dívida, no valor total de 500 milhões de dólares em dívida. E já conseguiu atingir o valor previsto.
A EDP anunciou que a oferta de recompra de dívida de até 500 milhões de dólares em dívida está fechada, uma vez que já foram atingidos os montantes desejados, de acordo com o comunicado emitido esta quarta-feira, 13 de Dezembro, para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O alvo da oferta eram duas emissões. Uma com maturidade em Outubro de 2019, com uma taxa de cupão de 4,9% e que tem 969 milhões de dólares dispersos pelos investidores. E uma segunda, de 750 milhões de dólares, que foi emitida com uma taxa de cupão de 4,125% e chega à maturidade em Janeiro de 2020.
A EDP vai recomprar 332,9 milhões de dólares da emissão cuja maturidade era atingida em 2019, mais cerca de 167 milhões da emissão com maturidade em 2020. No primeiro caso, a eléctrica liderada por António Mexia (na foto) vai recomprar o valor total que os investidores disponibilizaram. Já no caso da dívida com maturidade em 2020, a EDP só recomprará 45% do valor disponível, uma vez que com estes dois valores atinge o limite de 500 milhões de dólares estipulado na oferta.
"Esta oferta enquadra-se nas iniciativas destinadas a optimizar a carteira de passivos da EDP e aumentar a maturidade média da sua dívida, utilizando liquidez disponível para reduzir o montante da dívida bruta", explica a eléctrica no comunicado.
A EDP chegou a Setembro com uma dívida líquida de 15,1 mil milhões de euros, abaixo dos 15,97 mil milhões de euros registados um ano antes."

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Eduardo Catroga pode estar de saída da EDP

Notícia Jornal Observador
Foto Inácio Rosa/LUSA
"A poucas semanas do final de mandato, a administração da EDP prepara-se para algumas mudanças. A começar pelo ‘chairman’, Eduardo Catroga, que já não deverá continuar no próximo ano, noticia o Eco, citando fontes próximas dos acionistas. Entre os nomes falados para substituírem o histórico gestor do grupo elétrico — que já soma quatro mandatos consecutivos — estão Luís Amado (ex-ministro e atual vice-presidente do Conselho Geral e de Supervisão) e Diogo Lacerda Machado(advogado, antigo membro do conselho geral da EDP, que se sabe ser muito próximo dos chineses e amigo do primeiro-ministro António Costa), avança o mesmo jornal.
A decisão de afastar Catroga da presidência do grupo EDP deriva de uma diretiva comunitária de 2015 que obriga empresas com um modelo de governação dualista (com um conselho geral e um conselho de administração executiva) a terem um presidente independente dos acionistas. Como o atual ‘chairman’ já cumpriu quatro mandatos na administração, dois deles como presidente executivo, perdeu esse estatuto de independente e não poderá manter-se.
Ainda assim, explica o Eco, Catroga terá pedido um parecer a uma sociedade de advogados para confirmar se teria mesmo de abandonar a administração ou se haveria condições para ficar. E o certo é que, mesmo que a nova legislação o obrigue a deixar a cadeira de ‘chairman, o antigo ministro das Finanças poderá manter-se na estrutura do grupo, com novas funções – uma possibilidade é ficar como representante do acionista chinês, a empresa China Three Gorges, que já representa.
A continuidade de António Mexia é que se mantém uma incógnita. Os acionistas chineses têm defendido publicamente o gestor, afirmando que estão “satisfeitos” com o seu trabalho, mas não se comprometeram ainda com a sua permanência. Também Mexia não se manifestou ainda sobre a sua vontade de ficar ou sair do grupo – um cenário que também não tem sido consensual dentro do grupo de energia e de fontes próximas dos acionistas."

domingo, 26 de novembro de 2017

Impostos sobrecarregam fatura elétrica

Extrato do artigo do jornalista Miguel Prado, jornal Expresso 
"No ano passado 47,3% da conta da eletricidade das famílias portuguesas eram impostos e taxas, contra 36% na média da UE. Um desafio que Portugal ainda tem para resolver no contexto do mercado energético europeu. 
O terceiro relatório da Comissão Europeia sobre os desenvolvimentos da “União da Energia”, publicado esta sexta-feira, confirma que Portugal apresenta um desempenho positivo na incorporação de fontes renováveis, mas persistem desafios ao nível do custo da energia. Incluindo a fiscalidade que incide, por exemplo, na fatura da eletricidade. 
Num contexto em que a dependência energética do exterior é de 77,4% (substancialmente superior à média de 54,1% da União Europeia), a fatura da eletricidade em Portugal continua a ser particularmente onerada pelos impostos e taxas. 
Em 2016 o peso das taxas e impostos na fatura elétrica dos consumidores residenciais ascendeu a 47,3% em Portugal, contra 36% na média da UE. Em 2013 a carga fiscal na conta da eletricidade era de 41,7% em Portugal e de 31,4% na média europeia."

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Como reparar lâmpadas led

EDP vendeu mais 584 milhões de euros em défice tarifário

EDP continua a faturar:
Artigo do jornalista do JN Diogo Cavaleiro
"A EDP vendeu mais 584 milhões de euros em défice tarifário. Este ano, já foram mais de mil milhões de euros alienados neste défice, por custos que a empresa enfrenta e que não são compensados nas tarifas pagas pelos consumidores, e portanto pelos quais fica um passivo do sistema eléctrico perante a empresa. A eléctrica desfaz-se destas parcelas, recebendo no imediato o montante do défice e passando para terceiros os recebimentos futuros.
"A EDP Serviço Universal, S.A. ("EDP SU"), comercializador de último recurso do sistema eléctrico português, detido a 100% pelo Grupo EDP, acordou ceder, de forma plena e sem recurso à Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. ("Tagus"), uma parcela do défice tarifário de 2017, no montante de 584 milhões de euros, e respectivos juros", anuncia a eléctrica liderada por António Mexia em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Tagus, uma sociedade de titularização de créditos, financia a compra dos 584 milhões de euros de défice tarifário através da montagem de um veículo à volta do qual são emitidos 600 milhões de euros de instrumentos de dívida sénior. Estes instrumentos são adquiridos por investidores, sendo que a EDP Serviço Universal, para respeitar as regras europeias e americanas, fica com 5% dos mesmos".

Todo o artigo do Jornal de Negócios aqui.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Agora também a ENEL / Endesa quer comprar a EDP?

Parece que há uma corrida ao bolo!
As notícias sobre interessados em comprar a EDP continuam. Agora é a italiana ENEL a anunciar investimentos de 5 mil milhões na Ibéria. 
A dona da Endesa não exclui a possibilidade de comprar a EDP, com participações nas centrais a carvão e de gás natural localizadas no Pego a Endesa Portugal também comercializa electricidade e gás natural.
A ENEL está a ser assessorada por três poderosos bancos: Deutsche Bank, Credit Suisse e o JP Morgan.
Vejam as notícias mais relevantes aqui e aqui.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Aos reformados da EDP: Solidariedade geracional tem que funcionar

O SIEAP dirigiu um comunicado aos trabalhadores reformados.
Na missiva pode ler-se: "Temos recebido variadas comunicações, mesmo através das redes sociais, dos mais diversos lugares onde estão os nossos colegas, agora reformados ou pré-reformados da EDP mas não da vida.
Apraz-nos registar pela positiva, a confiança que detêm neste Sindicato e nas pessoas que estão na Direção, mesmo não sendo sindicalizados na sua maioria. Pela negativa, verificamos que as suas queixas, protestos e reclamações não são infundadas. Há de facto razão para o sentimento de
insegurança quem toda a sua vida viveu e trabalhou para uma empresa que criou estruturas seguras e que agora vão falhando por variados lados..."
Leia todo o comunicado clicando aqui

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PREÇOS DE ELETRICIDADE EM PORTUGAL MAIS ELEVADOS DO QUE NA UNIÃO EUROPEIA GERAM LUCROS EXORBITANTES À EDP

"A EDP acabou de apresentar os seus resultados referentes aos 9 primeiros meses de 2017. E os lucros obtidos até setembro de 2017 atingiram já 1.385,9 milhões € quando, em idêntico período de 2016, tinham sido 794,3 milhões €, portanto um aumento de 74,5% em 2017, embora uma parcela resulte de mais-valias obtidas pela venda da empresa NED. Até Setembro de 2017, a EDP já teve mais lucros que em todo o ano de 2016, que foram 1.200 milhões €."
Pequeno extrato de artigo de Eugénio Rosa que pode ser lido clicando aqui.

domingo, 5 de novembro de 2017

Isto é que vai uma crise na REN e na EDP ! ! ! Por isso é que não querem pagar os campos de férias às crianças

Lucro da REN aumenta 26% para 88,9 milhões de euros até setembro
A REN teve lucros de 88,9 milhões de euros de janeiro até setembro. A empresa justificou o crescimento com o "sólido desempenho financeiro".
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EDP Renováveis com 468% de aumento de lucros para 165 milhões de euros
A EDP Renováveis registou lucros de 165 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 468% em relação ao período homólogo de 2016, quando obteve 29 milhões de euros.
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Sustentabilidade: EDP celebra dez anos na liderança mundial Grupo EDP reforça lugar de destaque no Dow Jones Sustainability Index, tendo obtido em 2017 a melhor pontuação de sempre.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

domingo, 15 de outubro de 2017

Fusão EDP - Gás Natural: não há fumo sem fogo?

Ou porque é que há tanto entusiasmo na bolsa com as ações?
A notícias já tem um mês, mas... Anda por aí tanto susurro...
Notícia: www.jornaldenegocios.pt 
"As acções da EDP fecharam a sessão desta quarta-feira, 13 de Setembro, a subir 0,69% para 3,344 euros, tendo chegado a subir durante a sessão um máximo de 1,66% para 3,376 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 11 de Setembro de 2015.
A negociação das acções da EDP foi acompanhada também por um volume elevado, tendo trocado de mãos mais de 8,7 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é de 6,7 milhões.
A contribuir para esta evolução estão as notícias em torno do alegado interesse da Gas Natural numa fusão com a eléctrica nacional.
Já em Julho tinha sido noticiado que a Gas Natural estava interessada neste cenário. As empresas desmentiram a existência de qualquer negociação.
Mas esta quarta-feira, 13 de Setembro, o jornal espanhol Expansíon, revelou que o presidente executivo da espanhola esteve na China, onde manteve contactos com o maior accionista da EDP, os chineses da China Three Gorges, no âmbito da análise de opções de desenvolvimento futuro da gasista.
Também o Eco revelou hoje que a Gas Natural esteve em Lisboa onde se terá encontrado com o primeiro-ministro, António Costa, com o intuito de o convencer das mais-valias desta fusão.
Estas notícias estão a aumentar a atractividade das acções da eléctrica nacional.
Para o Haitong Research, numa nota a que o Negócios teve acesso, notícias desta natureza, apesar de terem sido desmentidas, são "naturalmente positivas para a EDP", na medida em que uma união entre as empresas poderia fazer algum sentido em termos do negócio de geração de electricidade uma vez que são complementares na Península Ibérica.
"Contudo, e isto é um tema chave para nós, não acreditamos que as autoridade portuguesas aceitassem facilmente tal negócio potencial, que provavelmente enfrentará uma oposição política feroz em Portugal," refere a mesma nota, assinada pelo analista Jorge Guimarães.
"Além disso, não é claro para nós de que forma a China Three Gorges estaria disponível para trocar a sua posição na EDP por uma posição na nova companhia fusionada, onde a sua influência seria menor (a menos que aumentasse a sua posição) e onde o negócio hidroeléctrico seria muito menos importante do que é na EDP," finaliza o documento."

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Atenção trabalhadores de turnos, leiam este artigo: Como funciona o nosso relógio biológico?


Artigo do jornal Público
Como funciona o nosso relógio biológico? Três cientistas ganharam o Nobel da Medicina com a sua resposta

Cientistas norte-americanos terão sido acordados ao meio da noite para receber a notícia da conquista do Prémio Nobel da Medicina de 2017. Por causa do sono, perderam o sono.
ANDREA CUNHA FREITAS 
2 de Outubro de 2017, 10:36 
actualizado a 2 de Outubro de 2017, 19:40

São geneticistas e cronobiólogos. Ou uma espécie de relojoeiros do corpo humano. Michael Rosbash, Jeffrey Connor Hall e Michael Warren Young conquistaram esta segunda-feira o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina por descobertas sobre os mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano. Os trabalhos com mais de duas décadas nesta área mostraram como funcionam genes que estão ligados ao sono e à forma como regulamos o nosso metabolismo nas diferentes fases do dia. Os três cientistas norte-americanos revelaram alguns dos importantes circuitos e peças que fazem a complexa máquina do nosso relógio biológico funcionar. E, claro, perceberam onde e como pode avariar.

Entre milhares de perguntas que podem existir sobre o sono, parecem existir duas que inquietam os cientistas de forma mais insistente. São as mais simples e as mais difíceis de responder: porque dormimos? Quais os mecanismos que regulam o período que dormimos e que estamos acordados? Os três cientistas norte-americanos que esta segunda-feira venceram o Nobel da Medicina procuram respostas para esta segunda questão há vários anos. Pioneiros na exploração das ligações dos genes ao comportamento, conseguiram alguns resultados importantes.

Segundo Anna Weddell, do comité do prémio Nobel, os investigadores mostraram, por exemplo, que “precisamos do relógio biológico para antecipar as mudanças que ocorrem durante um dia, não é só para nos adaptarmos a essas mudanças”. Assim, recorrendo ao modelo da mosca-da-fruta, os investigadores perceberam que o corpo dos animais (incluindo o dos seres humanos) desencadeia uma série de ligações que nos preparam para acordar, mesmo antes de a luz do dia “nos avisar”. Da mesma forma, há uma preparação do organismo para o momento nocturno, do sono.

FotoEPA/CHINESE UNIVERSITY OF HONG KONG

“Até hoje não sabemos por que precisamos de dormir, mas já é claro que a regulação do sono obedece a dois processos: o ciclo circadiano (ou relógio) e o sistema homeostático”, explica ao PÚBLICO Diogo Pimentel, investigador português na Universidade de Oxford que se dedica a esta área. O tal relógio faz com que todos os organismos (incluindo nós) se sincronizem e adaptem a factores do ambiente externo, sendo a luz o factor principal. Sobre os resultados do trabalho dos cientistas agora premiados com o Nobel da Medicina, Diogo Pimental comenta: “É de facto uma história de sucesso fantástica e um excelente exemplo de como genes e moléculas são responsáveis por orquestrar o nosso comportamento.”

Mais: o reconhecimento do comité Nobel responde a quem duvida das implicações destes estudos que usam a mosca-da-fruta para ligar a genética ao nosso comportamento. “O sucesso neste campo é como um ‘conto de fadas’ para a abordagem da genética comportamental porque demonstra o poder e a eficácia deste tipo de investigação, tal como a relevância e impacto das descobertas resultantes.”

O anúncio do Prémio Nobel foi por volta das 10h30 (hora de Lisboa). Poucos minutos, o perfil dos cientistas corria mundo. Ainda antes de termos tempo para procurar informação sobre os premiados, ficávamos a saber que Michael Rosbash foi acordado ao meio da noite com a notícia do prémio. Ficou em silêncio e depois terá dito algo como: “Está a brincar comigo?” A sua mulher, que dormia ao lado, terá apenas dito que era preciso que continuasse a respirar.

FotoMichael Rosbash REUTERS/BRIAN SNYDER

Michael Rosbash e Jeffrey Connor Hall são dois amigos de longa data que trabalham juntos há várias décadas. Actualmente, estão na Universidade de Brandeis, no Massachusetts (EUA). Michael Warren Young é um cronobiólogo que investiga no laboratório de genética da Universidade de Rockefeller, em Nova Iorque. Os três estudam o sono, os mecanismos que o nosso relógio biológico usa para se adaptar ao ambiente cá fora.

No centro das investigações destes cientistas está o papel de alguns genes que “participam” neste processo de regulação do ritmo circadiano. Michael Rosbash e Jeffrey Connor Hall explicaram como funciona o gene period (PER). Isolaram este gene e descobriram que produzia uma proteína que se acumulava nas células durante a noite e degradava-a durante o dia. Ou seja, os níveis estavam sintonizados com o ritmo circadiano (uma palavra que na sua origem em latim quer dizer algo como “cerca de um dia”, 24 horas).

Este sucesso é “um conto de fadas”


Michael Warren Young descobriu o gene timeles (TIM), outra peça importante nesta máquina. Juntos, os três cientistas perceberam que por trás dos nossos sonos e vigílias estes genes actuam em conjunto formando um sistema de sinais químicos. O investigador da Universidade de Rockefeller identificou ainda um outro gene chamado doubletime (DBT) que era capaz de atrasar a acumulação da proteína PER. Estavam desvendados mecanismos-chave sobre os princípios do relógio biológico.

Encontrar os genes e a sua função fez com que se concluísse também que mudanças (ou mutações) nestes “genes-relógio” (as peças biológicas do relógio circadiano comparáveis às rodas dentadas de um relógio mecânico) estão associadas a uma série de distúrbios do sono em humanos. Mesmo algumas formas de depressão podem estar de alguma maneira ligadas ao controlo do ritmo circadiano. Assim, por causa destes três investigadores, hoje sabemos mais sobre os mecanismos que regulam o nosso ritmo circadiano que, por sua vez, regula muitos dos nossos genes.

“O relógio biológico regula funções críticas, como comportamento, níveis hormonais, sono, temperatura corporal e metabolismo. O nosso bem-estar é afectado quando existe um desajuste entre o nosso ambiente externo e este relógio biológico interno, o que acontece, por exemplo, quando viajamos em diferentes fusos horários e experimentamos jet lag. Há também indícios de que os problemas na sincronização de nosso relógio interno com o ambiente e estilo de vida podem estar associados ao aumento do risco de várias doenças”, refere o comunicado de imprensa do comité do Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia.


Num velho vídeo de Novembro de 2015 que esta segunda-feira acordou para uma nova vida na Internet, Michael Rosbash explica o seu trabalho com Jeffrey C. Hall. Fala neste incrível relógio que temos dentro de nós e que consegue antecipar as mudanças cá fora. “É muito mais vantajoso saber o que vai acontecer do que reagir ao que já aconteceu. E esse é um dos papéis do ritmo circadiano”, diz.

No final do vídeo gravado numa altura em que ainda estava longe de saber que algum dia ganharia o Nobel da Medicina, Michael Rosbash fala sobre o sucesso do seu trabalho. Revela que a sua investigação é o resultado de vários factores: uma boa equipa, bons colegas, financiamento, apoio familiar e também de acasos felizes e sorte. “Independentemente dos talentos que usamos para resolver problemas, esses talentos que herdamos dos nossos pais, esses genes, não fazem uma escolha. Somos vítimas de acasos. No meu caso, sou uma vítima feliz. Na verdade, é mesmo a sorte que está por trás desta história.”

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Reiniciaram-se negociações sindicatos - CAE, informações importantes

1. Informações Sãvida (circuito de reembolsos), 2. Encerramento de postos médicos da medicina no trabalho, 3. Metodologia de negociação dos temas: Subsídio de estudo, Campos de Férias, Energia e Saúde e 4. Instabilidade na EDP Distribuição.

1. Informou hoje a empresa que, a partir do próximo dia 1 de outubro, todos os documentos para reembolsos podem ser entregues nas portarias EDP e ou nos postos médicos Sãvida. Assim, cada utente, deve preencher o documento de reembolso (1 por cada ato médico), juntar sem agrafar os documentos comprovativos, introduzi-los num envelope, endereçá-lo a “REEMBOLSOS MÉDICOS”, identificar remetente (não esquecendo o número de utente Sãvida), fechar e entregar nos locais indicados. (Aconselhamos, que por questões de segurança, devem os documentos a enviar, ser previamente copiados e guardados pelo beneficiário.) 
2. Encerramento de postos médicos da medicina no trabalho: Informou a empresa que brevemente irá encerrar postos médicos que prestam medicina no trabalho nos seguintes locais: Viana do Castelo, transferirá este serviço para Braga; Guarda e Seia para Viseu; Castelo Branco para Abrantes e Aveiro para o Porto. O tempo de deslocação e o exame médico têm que ser realizados em horário de trabalho conforme a lei. 
3. Metodologia de negociação dos temas: Subsídio de estudo, Campos de Férias, Energia e Saúde Ficaram referenciadas reuniões quinzenais. Independentemente da metodologia encontrada, o SIEAP propõe publicamente a todos os Sindicatos, uma reunião para o encontro de uma boa posição conjunta, que seja melhor para todos os trabalhadores. 
4. Instabilidade na EDP Distribuição Fora da ordem de trabalhos desta reunião, o SIEAP apresentou a seguinte declaração: A introdução do JUMP na EDP Distribuição, acompanhada de uma reorganização na estrutura da empresa, merecia uma discussão aberta com todas as estruturas sindicais. A ausência da necessária informação e debate, teve como consequência uma vasta onda de “boatos”, versões de organização futura e ou transferências de local de trabalho ou funções. Objetivamente o CAE está a criar uma situação de instabilidade desnecessária. 
Todo o comunicado original pode ser visto aqui https://www.facebook.com/SIEAPPortugal/  

Super turbina

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A reunião [com o CAE] que foi uma “coisinha assim”

Decorreu esta segunda-feira (21/8) uma reunião plenária de sindicatos com o CAE Grupo EDP. O SIEAP esteve presente.
O Eng. Miguel Setas, Administrador com o pelouro dos Recursos Humanos, em representação do CAE, manifestou alguma surpresa com os documentos enviados à empresa por algumas organizações sindicais, uma vez que a abertura ao diálogo da empresa sempre foi total e essa postura não tinha sofrido alterações. Reafirmou que, como sempre, havia da empresa total disponibilidade para em conjunto se tentar encontrar soluções em relação às diversas matérias em discussão. Não apresentou para nenhum dos assuntos nova proposta. Recordamos nós a todos os trabalhadores que a maioria destes assuntos foi criada na última negociação do ACT (2014) por exclusiva responsabilidade da Administração e dos restantes interlocutores dessas negociações. Portanto há mais de 2 anos que se espera que os diálogos que sempre existiram deem os seus frutos. Temporalmente não é possível, mas, até parece que este processo foi a fonte de inspiração ao famoso sketch dos Gatos Fedorentos…
A posição do SIEAP, transmitida à empresa sobre as matérias da ordem de trabalhos e outras introduzidas no início da reunião foi:
  1. Correção da forma de desconto de energia. O SIEAP reiterou a sua proposta que transforma o desconto financeiro em desconto em espécie para que possa deixar de ser tributado em IVA e IRS. (Proposta entregue empresa em março de 2017 que ainda não obteve resposta).
  2. Pagamento dos campos e colónias de férias. O SIEAP defendeu que nenhum trabalhador deve ter que pagar; aliás, os trabalhadores da REN não pagam e utilizam os campos. O valor que a administração recolhe é diminuto e só tem significado como “coima” sobre nós.
  3. Subsídio de Estudo. Informámos a empresa que no mais curto espaço de tempo iremos entregar uma proposta própria sobre esta matéria.
  4. Saúde e Sãvida.
  • O CAE diz ser um trabalho “estruturante” e afirma que a Comissão de Acompanhamento vai passar a reunir de três em três meses, ou seja, o CAE aceita cumprir o que já está escrito no ACT! O SIEAP vai defender que existam eleições dos representantes para a Comissão de acompanhamento pois “a culpa não morre solteira”;
  • Questionado pelo SIEAP, o CAE afirmou não ter conhecimento da previsão de encerramento de postos médicos;
  • O SIEAP reitera a degradação da qualidade de serviços e recorda que a Sãvida tem 3 milhões de euros de lucros anuais.
Informamos também a empresa, que pretendemos apresentar um conjunto de propostas sobre esta matéria no mais curto espaço de tempo possível.
5. Mudança de nome e símbolo da Distribuição, Comercial e Universal. O CAE não vê impacto sobre os funcionários. Esperam-se conclusões da ERSE
O SIEAP, criado em descontentamento com as injustiças e discriminações, participará em reuniões bilaterais com o CAE e fará propostas concretas para a resolução dos problemas que outros criaram ou deixaram arrastar.
Defendemos um consenso plenário com todos os sindicatos mas que seja positivo para nós trabalhadoras e trabalhadores da EDP.
Associa-te ao SIEAP. Descarrega a tua ficha no site: www.sieap.pt

Inspectores alertam para perigos de facilitar instalações eléctricas

Jornal Público / Luisa Pinto

Governo quer simplificar o regime de certificações. Mas estatísticas de segurança preocupam: em 2015, os 74 incêndios com origem nas instalações eléctricas provocaram dez mortes.

As alterações introduzida pelo Governo no Regime das Instalações Eléctricas Particulares, que foi publicado em Diário da República no passado dia 10 de Agosto, provocaram um clima de preocupação generalizada entre as entidades que até agora eram responsáveis pela fiscalização às instalações eléctricas. Ao eliminar a obrigatoriedade de certificação de todas as instalações, e estabelecendo que os termos de responsabilidade assinados pelos autores dos projectos são “título bastante para a entrada em exploração e para efeitos dos procedimentos municipais relativos à realização de obras ou utilização de edifícios”, há uma automática diminuição de custos – pelo menos os cerca de 50 euros que custava a emissão do certificado. Porém, alerta o director-geral do Instituto Electrotécnico Português (IEP), uma das entidades que faz fiscalizações às instalações eléctricas, esta alteração “vem essencialmente introduzir sérios riscos na vida de todos aqueles que no futuro irão utilizar instalações eléctricas executadas sem qualquer supervisão”.
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Numa carta que endereçou aos grupos parlamentares, e que assinou em conjunto com os responsáveis do Instituto Soldadura e Qualidade (ISQ) e do Laboratório Industrial da Qualidade (LIQ), Jorge Serra alerta para “o previsível retrocesso qualitativo de todo um percurso de 18 anos, em que se demonstrou inequivocamente o forte incremento da qualidade e fiabilidade das instalações eléctricas, com o consequente aumento da segurança de pessoas e bens”. “Não é desejável que os cidadãos estejam expostos a acidentes provocados por falta de segurança resultante da deficiente execução das instalações ou da aplicação de materiais de qualidade duvidosa ou inapropriados para o fim em causa”, escrevem os responsáveis de todas estas entidades a quem, até agora, a Certiel – Associação Certificadora de Instalações Eléctricas contratava a fiscalização das instalações eléctricas.

Governo flexibiliza inspecções de gás e electricidade
Esta certificação era obrigatória e custava ao particular cerca de 50 euros - uma receita da Certiel, que encomendava a fiscalização a outras entidades do sector, como o Instituto Electrotécnico Português, o Instituto da Soldadura e Qualidade ou o Laboratório Industrial da Qualidade.
O facto de a Certiel contratar a fiscalização destas instalações por amostragem é um dos argumentos esgrimidos pelo Governo para a necessidade de alterar a lei. Assim, todos os projectos têm de pagar para ter uma certificação mas na realidade apenas entre 30% a 40% é que são de facto analisados e fiscalizados. Fernando Mendes, membro da direcção da Certiel, explicou ao PÚBLICO que tal assim foi acordado há mais de uma década e que a amostra é realizada com critério. “Num edifício de apartamentos todos iguais, não fiscalizamos todos os projectos. Mas fiscalizamos, imagine, a sala de um, a cozinha de outro, o quarto de banho de outro. E também temos um sistema que identifica os técnicos que tem tido reprovações. Andamos sempre em cima desses”, explicou.
O orçamento da Certiel, confirmou o PÚBLICO junto da associação, ronda os dois milhões de euros num ano. “Uma certificação devia custar muito mais do que 50 euros. Por esse preço não poderíamos fazer todas as inspecções. Mas o nosso orçamento serve também para concretizarmos os nossos planos de formação contínua, que são fundamentais. Tenho pena de dizer isto, enquanto engenheiro electrotécnico, mas a taxa de reprovação dos projectos ainda é demasiado elevada”, afirmou Fernando Mendes, membro da direcção da Certiel.
É precisamente essa estatística mais negra que os responsáveis do LIQ, IEP e ISQ querem levar aos grupos parlamentares. “Nos últimos 10 anos foram chumbadas, em média, 2430 habitações por ano, pelas diversas entidades inspectoras, por estas apresentarem defeitos graves nas suas infra-estruturas eléctricas, potencialmente causadores de eletrocussões mortais ou de incêndios graves”, diz Jorge Serra. Por exemplo? A ausência de condutor de terra ou ligações mal feitas em banheiras de hidromassagens, que potenciam risco de choque eléctrico, ou a utilização de condutores com secções inferiores aos valores regulamentares e circuitos sem protecção contra sobreintensidades, ambos potenciadores do risco de incêndio.

Governo impõe auditorias externas às instalações eléctricas
“Mais de 60% dos incêndios de origem comprovadamente eléctrica ocorrem nas instalações habitacionais que ficam agora isentas de inspecção, sendo que só em 2015 os 74 incêndios com origem nas instalações eléctricas provocaram 47 feridos, 14 graves, e 10 mortes. São números que nos devem preocupar”, afirmou Jorge Serra.
De acordo com o decreto-lei, o primeiro argumento usado pelo Governo para efectuar estas alterações legislativas foi reduzir o tempo e o custo de investimento que era exigido cada vez que se fazia uma instalação eléctrica, “eliminando as situações de burocracia injustificada e geradora de consumos de tempo e dinheiro que prejudicam o investimento e os cidadãos”. É por isso que a medida está inserida no relançamento do programa Simplex e vai entrar em vigor no próximo dia 1 de Janeiro – o Governo de António Costa decidiu que todas as medidas que imponham alterações ao dia a dia dos cidadãos e das empresas só devem entrar em vigor no dia 1 de Julho ou no dia 1 de Janeiro.
De acordo com a nova lei, é a Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) quem verá as suas competência de segurança reforçadas, uma vez que lhe competirá promover auditorias e verificações técnicas, através dos respectivos serviços ou de entidades exteriores independentes. De acordo com um despacho do secretário de Estado da Energia, publicado nesta terça-feira, a DGEG deverá aproveitar este período de vacatio legis para, até dia 1 de Janeiro, “promover os actos necessários para a aquisição de serviços de auditoria e verificação técnica”, isto é, lançar um “procedimento concorrencial transparente e aberto” que seja celebrado num prazo que garanta o início da prestação de serviços a partir do dia em que entrar em vigor o novo regime.
Notícia corrigida às 12h15 do dia 23 de Agosto: Fernando Mendes não é o presidente da Certiel, mas sim membro da direcção da associação. Pelo lapso pedimos desculpa aos leitores e aos visados

O que vai mudar com a nova lei

Como é actualmente?
Com a actual lei, cada projecto de instalação eléctrica tem aprovação obrigatória pela entidade licenciadora ou certificadora. No caso dos clientes domésticos (com ligações iguais ou inferiores a 10,35 KwA) este pedido é normalmente feito ainda na fase de obra, sendo o construtor civil quem contrata um técnico responsável pela execução e por instruir o processo de licenciamento municipal - e que tem um custo de mercado, regulado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Esse projecto de instalação é sujeito ao pagamento dos 51,23 euros que estão tabelados como custo da inspecção obrigatória - mesmo que ela não se verifique, uma vez que a fiscalização e a certificação é feita por amostragem. Pelo menos desde 2003 que a Certiel e a Direcção geral de Energia e Geologia entenderam como mais adequado estabelecer em 30% o nível de amostragem das inspecções das instalações eléctricas.

O que vai mudar?
A partir do dia 1 de Janeiro o termo de responsabilidade dos técnicos que assinam o projecto passa a ser suficiente para garantir o cumprimento dos requisitos legais. A consequência imediata é a poupança dos 51,23 euros que eram pagos à Certiel, a Associação Certificadora de Instalações Eléctricas, que contratava várias entidades inspectoras em todo o país.

Vai deixar de haver inspecções?
Não. O Governo não esconde que a sua intenção foi reduzir “o tempo e o custo do investimento em matéria de instalações eléctricas de serviço particular” alimentadas pela rede eléctrica de serviço público (RESP) em média, alta ou em baixa tensão. No caso do licenciamento, tudo passará a ser mais simples através de uma plataforma electrónica que terá de ser montada pela Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), que é também responsável pela elaboração de manuais de procedimentos e por uma listagem de técnicos responsáveis. É também a DGEG que sairá com competências reforçadas na área da fiscalização, uma vez que é ela que passará a ficar incumbida de assegurar “o sistema de controlo, supervisão e regulação” das actividades associadas a este novo regime de instalações eléctricas de serviço particular.  E, não tendo nos seus quadros meios técnicos e humanos suficientes para o garantir, terá de encontrar uma entidade que lhe preste serviços de auditoria e de verificação técnica através de um “procedimento concorrencial transparente e aberto”, de acordo com despacho já publicado em Diário da República. Um concurso a que a Certiel, entidade que até agora fazia a certificações, poderá, naturalmente, concorrer.


segunda-feira, 31 de julho de 2017

Avanço na luta contra a precariedade - uma boa notícia!


Combate à Precariedade – Uma Causa Pública
De facto, a lei 55/2017 que entra amanhã em vigor, trata a precariedade laboral e o seu combate como uma causa pública, uma causa de todos nós, uma causa cidadã! Com esta Lei a precariedade generalizada tem um revés e pode, se todos ajudarmos com o nosso ativismo, conferir mais esperança principalmente aos mais jovens, a esperança perdida com as sucessivas políticas das maiorias anteriores.
O que esta nova Lei estabelece? 
No rescaldo da manifestação da “geração à rasca” em 2012, a recolha de mais de 40 mil assinaturas levou, apesar da existência duma maioria de direita, a Assembleia da República a legislar em 2013 (Lei 63/2013) contra os falsos recibos verdes, garantindo novo procedimento do reconhecimento do contrato de trabalho e quase duas mil pessoas viram os seus contratos de trabalho regularizados.
Mais recentemente, numa nova iniciativa parlamentar foi expandido o âmbito aos falsos estágios, ao falso voluntariado, às falsas bolsas e ao trabalho informal.
Agora, o Ministério Público e a Autoridade para as Condições de Trabalho têm poderes reforçados, interligando-se entre si nas situações referidas, mas também nas situações de precariedade conhecidas de todos nós, onde os vínculos não são respeitados. Insistimos para que se apliquem esses poderes!
O trabalhador ficará mais protegido contra despedimentos abusivos porque o Ministério Público pode automaticamente avançar com procedimento cautelar para a sua suspensão, evitando-se a chantagem muitas vezes verificada sobre os trabalhadores. Assim, o combate à precariedade passa a ser considerado uma causa pública.
A grande diferença 
A partir de 1 de agosto, a sentença do tribunal é comunicada automaticamente à ACT e à Segurança Social para que, no caso de se provar uma relação laboral (contratos de trabalho temporário, contratos de cedência e outros onde há relações diretas entre o trabalhador e o beneficiário da sua atividade), o empregador seja notificado para regularizar todas as contribuições devidas desde a data de início da relação laboral.
“É PRECISO ASSEGURAR OS DIREITOS E SUA ESTABILIDADE” 
Sines, 31 de julho 2017
A Direção
www.sieap.pt

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Credibilidade sem medo! - comunicado do SIEAP

O SIEAP tem vindo a reforçar a sua credibilidade e apoio na EDP. A EDP bem tentou protelar a adesão e publicação do Sindicato ao ACT... Mas lá teve que aceitar!
"Neste mês de julho foi finalmente publicado, em Boletim de Trabalho e Emprego, o acordo de adesão entre o grupo EDP e o SIEAP. Esta adesão, que a Administração do Grupo vinha protelando, torna o SIEAP incontornável no grupo EDP.
Ao crescimento contínuo em associadas e associados acresce a boa votação* alcançada pela lista que apoiámos ao Fundo de Pensões, lista D, que suplantou até a votação de listas apoiadas por algumas associações sindicais ditas tradicionais.
O nosso querer está reforçado na resolução de temas “pendentes” como descontos na energia, subsídios de estudo, colónias de férias... para além da exigência clara da revogação e/ou alteração de normas e cláusulas perdidas no ACT 2014.
As injustiças que existem, como os direitos diferentes e discriminações dos mais jovens, a instabilidade sobre os trabalhadores com mais antiguidade ou a que se está a provocar nas térmicas, têm no SIEAP um oponente pró-ativo.
A introdução de novos sistemas informáticos como o JUMP que automatizam tarefas, as reestruturações faladas como estando em curso, mas “escondidas”, colocam na agenda o tema da necessária redução do horário de trabalho. Se diminuem as horas de trabalho necessárias à mesma produção deve reduzir-se o horário semanal de trabalho." ...
Leia todo o comunicado aqui

quarta-feira, 19 de julho de 2017

EDP distinguida na relação com os investidores / cada vez pior na relação com os trabalhadores

Segundo o site do Grupo a EDP está "entre os 10 melhores da Europa na Relação com Investidores Energética e lidera o ranking das empresas portuguesas avaliadas nos IR Magazine Awards 2017.
A EDP foi distinguida na edição de 2017 dos IR Magazine Awards ao conquistar o 7º lugar a nível europeu na Relação com Investidores. A energética lidera ainda o ranking das empresas portuguesas analisadas.
Em termos de setor de atividade, a EDP ocupa o 2º lugar na edição deste ano, tendo ainda sido reconhecida, igualmente com a 2ª posição na lista, a qualidade das reuniões que organiza com investidores.
A EDP Renováveis garantiu a 3ª classificação no ranking de empresas de pequena e média capitalização bolsista, tendo a equipa de gestão sénior sido distinguida com o mesmo lugar pela relação que mantém com os investidores. Rui Antunes, diretor da área de Relação com Investidores da EDP Renováveis foi reconhecido com a 5ª posição no ranking dos IR Magazine Awards."
Não é de estranhar tão elevada qualificação, tão elevados são as retribuições dadas aos investidores.
Já na relação com os trabalhadores a EDP segue em sentido contrário: cada vez pior!

domingo, 16 de julho de 2017

Resultados eleições Fundo de Pensões, SIEAP continua a crescer e suplanta já a Fiequimetal

A lista D, apoiada inequivocamente pelo SIEAP, alcançou um excelente resultado nas eleições para a Comissão de Acompanhamento do Fundo de Pensões. 

O programa da lista D mostrou a qualidade e reflexão dos ativistas apoiados pelo SIEAP refletindo-se na votação. Com 731 votos, a lista elegeu o Eng. João Afonso como 1º suplente. 

A crescente confiança que as e os trabalhadores nos dão [a D teve mais votos que as listas apoiadas pela Fiequimetal, Asosi, Sinergia, Sinovae], reforçam a nossa energia e o propósito de tentar juntar forças para defender os direitos e a estabilidade na EDP. 

Lista A: 1085 votos, 24,6% 
Lista B: 236 votos, 5,3% 
Lista C: 1403 votos, 31,7% 
Lista D: 731 votos, 16,5% 
Lista E: 559 votos, 12,6% 
Lista F: 276 votos, 6,2% 
Nulos: 100 votos, (2,3%) 
Brancos: 29 votos, (0,7%) 
Aplicando o método de Hondt, são eleitos os colegas: 
Efetivos: Lista C - Rui Miranda; Lista A - Virgínia Santos e Suplentes: Lista D - João Afonso e Lista C - Rosa Fernandes.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

SIEAP toma inovadora posição sobre a Proposta de Revisão Regulamentar do Setor Elétrico e do Regulamento da Qualidade de Serviço do Setor Elétrico e do Setor do Gás Natural

Muito interessante a posição do SIEAP. Abrangendo questões técnicas, direitos dos trabalhadores, direitos de pessoas invisuais e surdas, direitos dos consumidores, questões legais. Muito bem. 
Assim merece mais a pena ser sindicalizado!
Todo o documento entregue na ERSE pode ser lido no facebook do Sindicato ou aqui: https://drive.google.com/file/d/0B-B70VVZo3BUY0RUZHF3RVlYUE0/view

Reuters avança que Gas Natural quer fusão com a EDP. Espanhola nega conversações



Notícia http://www.jornaldenegocios.pt


"A agência noticiosa avança que a companhia espanhola já abordou a eléctrica portuguesa para criar um campeão ibérico de produção de energia avaliado em 35 mil milhões de euros. A Gas Natural já negou conversações.
A espanhola Gas Natural quer fundir-se com a EDP, numa operação avaliada em 35 mil milhões de euros. Este negócio daria origem à quarta maior companhia de gás e electricidade na Europa.
A notícia está a ser avançada pela Reuters esta segunda-feira, 3 de Julho. A agência adianta que o presidente da companhia espanhola, Isidre Fainé, já terá inclusivamente abordado o líder da EDP, António Mexia.
A Gas Natural já reagiu à notícia, dando conta que não existem conversações com a EDP com vista a uma fusão. Fontes oficiais citadas pelo CincoDias desmentem mesmo uma aproximação à eléctrica portuguesa, enquanto a Bloomberg cita a Gas Natural a dizer que a noticia da Reuters não está correcta.
Segundo a notícia da Reuters, o objectivo seria criar um campeão ibérico da energia para competir com grandes empresas europeias como as francesas Engie e EDF, a espanhola Iberdrola e a italiana Enel.
O interesse de Gas Natural na EDP surge porque a portuguesa tem vindo a desenvolver o seu negócio na área das energias renováveis, um sector que falta no portefólio da empresa espanhola, mais focada na produção de electricidade a partir de gás natural e de carvão.
Contactada pelo Negócios, a EDP não faz comentários à notícia avançada pela Reuters.
A notícia da Reuters surge numa altura em que as acções da EDP têm apresentado uma tendência negativa na bolsa, devido sobretudo à investigação das autoridades às rendas excessivas que a eléctrica eventualmente beneficiou.
Além da forte presença na Península Ibérica, as duas empresas também estão focadas em desenvolver negócios nas Américas. A Gas Natural está presente no Chile e no México, enquanto a EDP está no mercado brasileiro e é uma das maiores empresas de produção de energia eólica nos Estados Unidos.
A EDP conclui hoje uma série de 10 sessões consecutivas de perdas, período em que desvalorizaram 6,5%, estando agora a negociar em mínimos de 20 de Março.
Esta queda atirou a capitalização bolsista da eléctrica liderada por António Mexia para 10,44 mil milhões de euros. Um valor que corresponde a quase metade do valor de mercado da Gas Natural, que ascende a 20,56 mil milhões de euros. As acções da cotada espanhola acumulam uma subida de 14,7% este ano na bolsa de Madrid. No mesmo período a EDP desce 1,31% na praça portuguesa.
(notícia actualizada às 21:19 com reacção da Gas Natural)"

segunda-feira, 26 de junho de 2017

EDP Distribuição em Pedrogão Grande



Parabéns aos trabalhadores da EDP!

(Não são colaboradores porque não estavam a colaborar, estavam a trabalhar e a dar o seu melhor)

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Esquerda e CDS dão luz verde a recomendação do Bloco para “eliminar as rendas excessivas” nos contratos de compensação da EDP.

Jornal Público:
"O PS votou favoravelmente, esta quarta-feira, a proposta comunista que pretende que os consumidores possam optar pelo regresso à tarifa regulada da electricidade, caso considerem que tem melhores condições que as ofertas existentes em mercado. PSD e CDS votaram contra.

“Vamos trabalhar para garantir a solução mais segura do ponto de vista jurídico para que os consumidores possam ter uma redução nos preços e para que venham a beneficiar, no futuro, da devolução das rendas excessivas” que vier a ocorrer, garantiu o deputado comunista Bruno Dias, a seguir às votações na Assembleia da República, esta tarde.

PS aberto ao regresso às tarifas reguladas, mas “sem beneficiar a EDP” O socialista Luís Moreira Testa adiantou ao PÚBLICO que o PS tenciona levar a discussão na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas algumas propostas sobre a metodologia para que esta medida se concretize. Moreira Testa já tinha explicado na segunda-feira que um dos objectivos é evitar que a EDP Serviço Universal (a operadora do mercado regulado) saia beneficiada com o regresso de clientes de outros operadores à sua carteira.


Os socialistas juntaram-se ao resto da esquerda e ao CDS para aprovar uma recomendação do Bloco de Esquerda ao Governo para tomar as iniciativas necessárias para eliminar as rendas excessivas na energia (nos contratos de custos de manutenção do equilíbrio contratual, conhecidos por CMEC, que garantem compensações anuais à EDP) e fazer reflectir esse corte nas tarifas já em 2018. O PSD absteve-se.

No final das votações, o deputado bloquista Jorge Costa enalteceu esta “posição importante” do Parlamento onde “quase todos os partidos votaram a favor do corte destas rendas”. “O Governo ficou assim com um mandato e com compromisso político mais forte”, vincou. E salientou que esta eliminação das rendas pode ser feita por renegociação directa do Governo ou por imposição de uma taxa específica às eléctricas que se reflicta na formação das tarifas já para o ano de 2018.

Já para o projecto de lei do PCP, tendo em vista a eliminação dos CMEC e dos CAE (contratos de aquisição de energia) com a EDP e outras empresas do sector electroprodutor (a Tejo Energia e a Turbogás) até 2019, o voto socialista foi negativo. Tratando-se de um projecto de lei, se fosse aprovado seria vinculativo, mas o PS sublinha que "tem de haver alguma concertação com o Governo, que também tem particular atenção a esta matéria". O PSD também votou contra, mas os centristas apoiaram os comunistas.

Os comunistas criticaram a “opção política do PS por não dar um passo mais decidido e imediato”. Sem querer dizer se a recomendação é apenas um “meio caminho”, o deputado do PCP Bruno Dias afirmou que com um projecto de lei o Governo “teria outra força e outra garantia” para fazer a renegociação com as empresas.

Foi rejeitado também o projecto de lei do Bloco que propunha o controlo público da gestão técnica do sistema eléctrico nacional e a sua separação da actividade de exploração da rede de transporte de electricidade (estas actividades estão concentradas na REN), com os votos contra do PSD, PS e CDS.

LER MAIS
Preocupações com fórmula dos CMEC já vêm de longe

Os comunistas pediram a baixa à comissão de Economia, por 60 dias, do seu projecto de resolução que recomenda a eliminação do sobrecusto do investimento nas redes de energia e o controlo público da central de despacho da REN. “Tal como está, teríamos que votar contra, mas achamos que há ideias boas que se podem aproveitar e tencionamos apresentar propostas sobre a matéria” em sede de comissão, adiantou o deputado do PS Luís Testa.

Aprovada foi também a recomendação socialista para que “o montante que vier a ser determinado no ajustamento final dos CMEC reverta para abatimento às tarifas de electricidade do ano 2018 e seguintes”.

sábado, 3 de junho de 2017

António Mexia indiciado por corrupção nas rendas excessivas da EDP


"As suspeitas sobre os contratos estabelecidos em 2007, que estão na fonte das rendas excessivas da EDP, remontam a uma investigação de 2012 que agora se desenvolveu.
notícia: esquerda.net/TVI
António Mexia e João Manso Neto, respetivamente presidente e administrador da EDP, foram esta sexta-feira constituídos arguidos por suspeitas de corrupção no âmbito de uma investigação sobre contratos que estão na base das rendas excessivas da empresa desde 2007.
Tanto a EDP como a REN foram algo de buscas da Polícia Judiciária, com o objetivo de recolher informação sobre os chamados “contratos de manutenção e equilíbrio contratual” (CMEC), contratos sobre os quais a comissão europeia lançou uma investigação em 2013, concluindo serem abusivos.
O caso remonta a 2012. Revelava a TVi que o Departamento Central de Investigação Criminal e Ação Penal (DCIAP), então liderado por Cândida Almeida, tinha lançado uma investigação sobre os contratos de extensão entre o Estado e a EDP, relativos a exploração de barragens, celebrados por ajuste direto em 2007. A investigação centrava-se nos contratos de manutenção e equilíbrio contratual (CMEC) que, agora, se encontram sob suspeita.
António Mexia chega à presidência da EDP em 2005 depois de, no governo de Pedro Santana Lopes como ministro das Obras Públicas, lançar o Decreto-Lei 240/2004 que definia precisamente as condições de cessação dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE).
Segundo o diploma, “a cessação de cada CAE confere a um dos seus contraentes, (…) o direito a receber, a partir da data da respetiva cessão antecipada, uma compensação pecuniária, destinada a garantir a manutenção do equilíbrio contratual entre as partes contraentes, subjacente ao respectivo CAE, e a obtenção de benefícios económicos equivalentes aos proporcionados por esse contrato que não sejam adequadamente assegurados através das receitas expectáveis em regime de mercado.”
O objetivo de eliminação dos CAE surge por força das diretivas europeias de 2003 (Diretiva 2003/54/CE) que determinaram a liberalização do mercado de energia, incompatível com os contratos então em vigor.
Segundo a lógica da Comissão Europeia, que avaliou e aprovou os CMEC em 2004, a compensação justificava-se porque, “na falta de compensação dos custos em questão [manutenção de centrais da EDP], atendendo à sua dimensão, a Comissão concluiu que a viabilidade da EDP poderia estar em perigo”, refere o documento oficial da investigação da comissão europeia.
Segundo as justificações apresentadas à Comissão Europeia, o ajuste direto da concessão prendeu-se com a necessidade, criada pelo próprio Decreto de 2004 e por força da Diretiva de 2003, de garantir o fim dos CAE antes de 2008. Sendo uma uma justificação dúbia, ela parece ser atendida favoravelmente pelas autoridades europeias. No entanto, o valor pago pela EDP ao Estado pela nova concessão levanta dúvidas sérias.
A Comissão Europeia lançou uma investigação em 2013 onde concluiu que, entre 2007 e 2011 “os CMEC pagos à EDP ascendem a 1 496,5 milhões de euros”. Ora, foi em 2007 que o governo anunciou a extensão dos contratos de concessão de 27 barragens, pelo período de 26 anos, o que representou um encaixe de 759 milhões de euros para o Estado. Sucede que este valor foi, segundo a investigação a decorrer, decidido de forma discricionária.
Os três estudos encomendados pela EDP para calcular o valor da extensão da concessão apresentaram valores substancialmente diferentes. A Caixa Banco Investimento concluiu algo entre os 650 e os 750 milhões de euros; o Crédit Suisse definiu 704,1 milhões; mas a REN apresentou 1 672 milhões de euros.
O que explica essencialmente as diferenças de cálculo prende-se com a previsão sobre o “custo médio ponderado de capital” - a degradação das infraestruturas e consequente necessidade de manutenção. Se a REN prevê a uma taxa de 6,6%, já a Caixa BI atira para os 7,72% e o Crédit Suisse para os 7,89%.
Sucede que os dois últimos calculam esta variável não com base no custo de capital real registado pela própria EDP em 2007 (6,6%), mas sim numa “estimativa indireta, construída artificialmente a partir de dados de outros eletroprodutores com diferentes rádios de dívida face ao capital e estimativas de risco”.
Assim, a Comissão Europeia considerou que “não está em condições de discernir a razão de ser e a justificação objetiva das regras estabelecidas [no diploma] que, pelos vistos, as autoridades portuguesas seguiram para chegar ao valor de 703 milhões de euros que a EDP pagou.”
E acrescentavam, de forma taxativa que, “se tivesse sido utilizada uma taxa de desconto única para o valor residual e os fluxos de caixa livres (…) a EDP teria pago 1340 milhões de euros, o que corresponde a 582 milhões de euros mais do que efetivamente pagou.”

quinta-feira, 18 de maio de 2017

EDP: a falácia da responsabilidade social

Enquanto decide medidas como o pagamento das colónias de férias das crianças a Administração da EDP está em fase de distribuir milhões pelos accionistas.
Notícia eco.pt
"A elétrica liderada por António Mexia destacou o dividendo. São 19 cêntimos por ação, num total de 690 milhões. Os chineses são os que recebem a maior "fatia" do prémio da EDP.
A Energia de Portugal (EDP) vai começar a pagar o dividendo relativo aos resultados do ano passado. São, ao todo, 690 milhões de euros — a EDP lucrou 961 milhões — que chegam nos próximos dias às contas dos acionistas da elétrica nacional, com grande parte destes milhões a saírem do país. Qual é o destino? A China recebe um quarto do total.
A China Three Gorges, a maior acionista da elétrica liderada por António Mexia, é quem fatura mais com o jackpot dos dividendos da EDP. A posição de 21,35% no capital, representativa de 780 milhões de ações, vai permitir encaixar 148,3 milhões de euros com o dividendo de 19 cêntimos por ação que foi aprovado pelos acionistas da cotada portuguesa.
Mas o “bolo” da China com os dividendos da EDP não se fica por aqui. Engorda para 169,3 milhões com os quase 21 milhões de euros que serão depositados na conta da CNIC Co., referente à posição de pouco mais de 3%.

Estrutura acionista da EDPEDP

Logo a seguir à China surgem os EUA como destino dos milhões que vão levantar voo da elétrica. A Capital Group, que detém mais de 14%, prepara-se para receber 97,8 milhões de euros, enquanto a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, encaixará mais 34,7 milhões para entregar aos seus investidores. O total é de 132,5 milhões.
Espanha fecha o pódio com quase 50 milhões de euros referentes aos 7,2% da Oppidium. Para os Emirados Árabes Unidos vão mais 28 milhões, 16,5 para a Argélia e 15,7 para o Qatar. A Noruega, através do Norges Bank, o maior fundo soberano do mundo, vai encaixar 14 milhões de euros com os dividendos da empresa portuguesa.
Quem também “comprou” o bilhete premiado dos dividendos da EDP foi o BCP, tanto o banco como o fundo de pensões da instituição liderada por Nuno Amado. Vai receber quase 17 milhões de euros.
Estes grandes investidores vão encaixar um total de 443 milhões de euros, o equivalente a 64% do total a distribuir pela empresa. O remanescente vai para outros investidores, muitos deles pequenos aforradores que mantêm ações da EDP em carteira. Este ano, essas ações estão a oferecer um retorno de 7,3%, isto mesmo contando com a queda resultante do destaque do dividendo".

terça-feira, 25 de abril de 2017

FUNDO DE PENSÕES, VOTE LISTA D

EM DEFESA DOS DIREITOS E ESTABILIDADE DO FUNDO DE PENSÕES

PROGRAMA 

O Plano de Pensões do Fundo tem no seu objetivo: 
- O pagamento, aos Beneficiários, de complementos de pensão por invalidez, pensão de reforma por velhice, sobrevivência, supletivas de sobrevivência, subsídio por morte e o pagamento de pré-reformas, de acordo com o Plano de Pensões, que constitui o Anexo 1... 
- O Fundo poderá ainda (…) assegurar também o pagamento das Contribuições para a Segurança Social (…) de pré-reformados… O Plano de Benefícios de Saúde Pós-Emprego tem por objetivo o pagamento ou reembolso de despesas de saúde (…) que constitui o Anexo 2… 
Estamos a tratar de tarefas de elevada responsabilidade. 
 Estamos a tratar de um elevado número de trabalhadores que deram o melhor de si e muitos dos seus anos de vida para construir uma Empresa e um Sistema Elétrico Nacional. 
Estamos num momento em que muitos de nós poderão estar em breve na pré-reforma ou reforma. A transição para uma nova situação em que estamos afastados da Empresa mas na qual a saú- de e os nossos direitos precisam de garantir estabilidade! 
ESTAMOS A TRATAR DE PESSOAS. 
RAZÃO E CORAÇÃO! 
Por isso, É PRECISO ASSEGURAR OS DIREITOS E SUA ESTABILIDADE, num momento de “areias movediças” em que as notícias nos inquietam e acontecem coisas que nós trabalhadores / beneficiários nunca esperávamos ver acontecer. 
Assim, a nossa participação passará a ser: 
 Pró-ativa, atenta e vigilante na Comissão de Acompanhamento; 
 Dialogante com a Comissão de Acompanhamento do Anexo VIII – Saúde do ACT que não cumpre as próprias regras mínimas definidas de funcionamento; 
 Dialogante e pressionante para com todas as estruturas envolvidas no processo de revisão do próximo ACT, que poderá impactar profundamente nos nossos Direitos e na sua Estabilidade. 

COLEGA, VOTE LISTA D 
Fale no assunto aos colegas que já estão reformados e motive-os a participar!