Iniciou-se hoje (15/01/2014), a negociação da tabela salarial para 2014.
Recorda-se que a CNS/Fiequimetal apresentou uma proposta à administração da EDP no final de novembro de 2013, depois da mesma ter sido aprovada pelos trabalhadores nos muitos plenários realizados. O valor apresentado para negociação (3,8%) atenta os diversos fatores que determinam a exigência de atualização dos salários dos trabalhadores.
Este valor sustenta-se na necessidade de anular a perda salarial verificada em 2012 e 2013 (3,04%) face ao somatório do aumento de preços (6,39%) e o valor obtido em negociação ter apenas somado 3,35% nos dois últimos anos.
Depois de aprovado o Protocolo da negociação, a empresa apresentou às CNS's presentes um conjunto de reflexões sobre o momento económico difícil que enfrenta (défice tarifário e rendas excessivas) que, associadas a um período de inflações baixas, não lhe permite ter abertura para apresentar uma proposta salarial elevada.
No seu (repetido) discurso, a empresa esqueceu-se de referir as sérias dificuldades que os trabalhadores enfrentam: pressão enorme sobre os impostos do trabalho, aumento dos bens de primeira necessidade, os custos agravados na saúde e na educação, o ataque aos direitos e redução dos salários, aumento dos tempos de trabalho, etc., o que deveria levar a maior abertura para subir salários. Mas não parece ser essa a sua preocupação.
A proposta que a CN/EDP apresentou à Mesa, sustentada no facto de a inflação de 2013 não ter chegado aos 0,3%, não foi além de 0,25%, o que evidencia incompreensão e falta de sensibilidade.
A CNS/Fiequimetal criticou a posição EDP, informando que iria analisar melhor o assunto e que na reunião seguinte, que se realiza na próxima 4ª feira, 22, responderá à posição insatisfatória da empresa.
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