Em entrevista ao DN/Dinheiro Vivo/TSF Artur Trindade é claro: "não, não há" perspetiva de baixa de preços.
Toda a entrevista merece ser lida, o governo e a União Europeia insistem na linha política da liberalização energética e num "mercado europeu de energia". Destruir o serviço público em toda a Europa, a energia como lugar de lucro rápido e não de satisfação ao desenvolvimento humano.
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Extrato:
"Já falou do plano que a Europa tem, que vai representar também mais custos a longo prazo para a energia. O défice tarifário impôs um plano que o resolve, se forem cumpridos os pressupostos até 2020, ou seja, chegarmos ao ponto zero em 2020. Mas a verdade é que aqui não há nenhuma perspetiva de baixa de preços de energia nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo em Portugal.Não, não há. O que há é uma necessidade de fazer um esforço permanente contínuo e muito dedicado, para garantir que os fatores estruturais e conjunturais são corrigidos e controlados, para evitar que a subida de custos seja desproporcionada e incomportável. Mas aquilo que conseguimos fazer de forma realista é ter uma subida de custos moderada, o mais baixa possível. E é para isso que devemos lutar e devemos empenhar-nos para que tal aconteça. Agora, dizer às pessoas, no atual contexto de uma Europa que importa 80% da energia que consome, e no contexto geoestratégico a nível mundial, na Europa e em Portugal, que os custos de energia vão baixar não é falar verdade. Falar verdade é: adaptem-se, os custos de energia têm uma tendência de subida e nós, no nosso país, vamos fazer o máximo para que a tendência de subida seja moderada, o mais baixa possível. O nosso compromisso foi inflação mais 1,5%, e que essa subida seja incorporada na sociedade ao menor custo possível, tendo em conta a suficiência energética que é muito importante neste contexto. E também para um país como Portugal tentar que, mesmo numa Europa onde os custos de energia têm uma tendência de subida, fique pelo menos na média ou abaixo da média dos custos de energia da União Europeia".
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