"Em maio de 2012, a EDP apresentou um plano de negócios no qual iria investir dois mil milhões de euros por ano até 2015. Mas o CEO, António Mexia, alertou que se as condições externas mudassem, esse montante poderia ser revisto em baixa.
É isso que vai acontecer em 2014 e 2015, e que vai levar a que o grupo apresente, no segundo semestre do próximo ano, um nova estratégia até 2017, disse ontem António Mexia, numa conferência com os analistas do mercado.
“Por causa do impacto das medidas regulatórias é necessário este corte para manter os objetivos assumidos”, explicou Mexia. Além disso, segundo as contas divulgadas quinta-feira, a redução ajuda também a abater a dívida, que mesmo tendo recuado 100 milhões, ainda é de 18,1 mil milhões de euros.
No total, a EDP vai cortar o investimento em 800 milhões, não só porque vão construir menos parques éolicos, mas porque também já anteciparam alguns deles para 2013, por via da melhoria das condições do negócio nos EUA. Inclui ainda, disse Mexia, “o desenvolvimento mais lento das barragens em Portugal. Há atrasos de um a dois anos em algumas obras por questões de licenciamento e que representam menos 100 milhões de euros”.
Mesmo com este corte no investimento e com as medidas do Governo, que mexem no valor da empresa, Mexia garante que manterá a política de dividendos de 18,5 cêntimos por ação e a estratégia de rotação de ativos. “Até ao final do ano vamos vender à Three Gorges mais 600 milhões em participações minoritárias em barragens no Brasil e eólicas na Europa”, rematou."
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