Notícia site Dinheiro Vivo
"Os trabalhadores da EDP abrangidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) têm direito, como benefício extra salário, a um desconto na conta da luz até um determinado nível de consumo de energia. Mas agora a empresa quer alterar a forma como o desconto é pago e, consequentemente, reduzi-lo.
De acordo com Afonso Henrique, presidente do sindicato Sinergia, a EDP quer que os empregados passem a pagar a conta na totalidade, garantido depois a devolução de 80% do valor, mas só até uma determinada quantia. “É esse plafond anual que estamos a negociar e que, para nós, deveria rondar os 1100 a 1400 euros”, disse. Já a EDP, sabe o Dinheiro Vivo, quer que seja menos de mil euros.
O resultado seria uma redução de quase 50% no desconto atribuído, estima Daniel Sampaio, um dos responsáveis da Fiequimetal, outro dos sindicatos da EDP. “Não estamos em sincronia, mas não faremos disto um campo de batalha. Vamos reunir novamente dia 20”, referiu.
Aliás, os dois sindicatos concordam que o desacordo não é dramático. “Estamos em negociações e penso que isto se resolverá de forma equilibrada. Temos hoje uma grande paz social entre a empresa, os trabalhadores e os sindicatos”, garante Afonso Henrique. Até a própria EDP está tranquila. “Essa questão faz parte do processo negocial em curso, que está a decorrer com toda a normalidade”, disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial da empresa.
Para os sindicatos, há questões mais relevantes a resolver na revisão do ACT, um trabalho que já está em curso há cinco anos e que tem de ficar concluído no final de 2013. Um desses temas é a gestão de carreiras e outro está relacionado com a introdução do banco de horas e da flexibilidade horária. “Isto é para evitar as horas extraordinárias e sem estar repercutido nos vencimentos”, referiu Daniel Sampaio, acrescentando que, em breve, começarão a discutir os salários.
No final deste mês, conta, a Fiequimetal irá propôr um aumento de 3,5% porque “é sempre preciso pedir mais”. O ano passado a proposta era de 4,9%, mas os aumentos não foram além dos 1,6%."
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